segunda-feira, 31 de maio de 2010

O BRASILEIRO POR ARNALDO JABOR


De Arnaldo Jabor-

Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca. Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida; pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza; aceitar que ONG´s de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade; não protestar cada vez que o governo compra um colchão para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão. Fazer piadinha com as imundícies que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada. Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema. Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira. Brasileiro é vagabundo por excelência.

O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe – lá no fundo – que se estivesse no lugar dele faria o mesmo. Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

Brasileiro é um povo honesto. Mentira. Já foi, hoje é uma qualidade em baixa. Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente você irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas. O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

O Brasil é um pais democrático. Mentira. Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente. Num país onde todos tem direitos, mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que tem como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar. Democracia isso? Pense nisso!!!

O famoso jeitinho brasileiro. Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um “gato” puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar. No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto…malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né? Grande coisa…

O Brasil é o país do futuro. Caramba, meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram… Brasil, o país do futuro. Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro. Puxa, essa eu não vou nem comentar… O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória no primeiro turno do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse comentário, meus sentimentos amigo, continuemos fazendo nossa parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente, aí sim teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta. Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão. Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: água doce!

Só falta boa vontade. Será que é tão difícil assim?

domingo, 30 de maio de 2010

COMO ESTÁ O PROGRAMA NUCLEAR DO BRASIL?


A primeira consequencia do acordo estapafúrdio com o Irã, patrocinado pelo Governo Lula, começa a acontecer, na forma de desconfiança da comunidade internacional com relação ao programa nuclear brasileiro. Há, desconfianças, que no governo e no PT exista quem aprove a emergência de um Irã nuclear como relativizante da influência americana naquela região. O que abriria espaço para o Brasil deixar o Tratado de Não Proliferação.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão de auditoria da Organização das Nações Unidas, iniciou em segredo neste mês uma força-tarefa para avaliar as atividades nucleares do Brasil. A operação ocorre após o acordo firmado entre os governos brasileiro e iraniano sobre a transferência de urânio do Irã para a Turquia. A AIEA reclama de áreas secretas no programa nuclear do Brasil. As informações são do jornal Le Monde.

Segundo o diretor da Agência de Energia Atômica, Yukiya Amano(foto), que visitou o Brasil em março, é "frustrante" que seus inspetores não possam acessar todas as atividades de enriquecimento de urânio realizadas no país. O governo brasileiro justifica a parte secreta de suas centrífugas por razões de concorrência comercial. O importante papel desempenhado pelo Exército - em especial a Marinha - no programa nuclear brasileiro reforça as preocupações apresentadas pela AIEA. Algumas fontes do Le Monde consideram que o Brasil é um país "em risco" porque tem garantias suficientes e nunca mencionou a posse da bomba como um elemento crucial do poder por sua própria conta.

TADINHO DO SUPLICY


Marta Suplicy não quer saber mesmo de Eduardo, coitado.
Já teria combinado com Dilma Rousseff e Antonio Palocci, na viagem da semana passada aos EUA, que o ex-ministro da Fazenda seria seu suplente.

Dirigentes do partido acreditam que, para concretizar seu projeto político pessoal, Marta aposta na seguinte conjuntura: ela será eleita senadora (tem aparecido com mais de 40% nas pesquisas), será convidada para compor o Ministério de Dilma, e precisará de um nome forte para deixar no Senado em seu lugar.

Se não for ministra, tentará voltar à Prefeitura de São Paulo em 2012. O certo, dizem os contrariados com a ex-prefeita, é que, se faz tanta questão de indicar seu suplente, Marta não deve ter intenção de completar seu mandato de senadora.

Essa posição estaria incomodando boa parte do partido e de aliados da base. Em nota, Marta garantiu que sua insistência não criou um racha: "O PT tem trabalhado as questões das coligações com os partidos com muita harmonia interna. Sobre a suplência ao Senado, observo que é uma questão que tem de ter a participação do partido, dos coligados e da candidata ao Senado".

Eduardo Suplicy, dono do estigma de "bonzinho" principalmente depois do divórcio com Marta, não se diz incomodado. Em novembro de 2009, quando quis ser o pré-candidato ao governo de São Paulo e já tinha colhido 3.530 assinaturas de petistas que o apoiavam - quando só precisaria de 2.970 -, conversou com Marta a respeito. Ele lembra do diálogo.

"Você não quer que eu seja candidata ao Senado?", cobrou a ex-mulher, deduzindo que, se Suplicy concorresse ao governo, Aloizio Mercadante naturalmente seria o candidato a senador na coligação e ela ficaria de fora. "Só quero o que é melhor para o PT", respondeu, resignado.

Seu nome como titular na chapa foi perdendo força. Em reunião com 20 dirigentes do PT paulista, uma semana depois da conversa com Marta, 12 deles pediram que Suplicy desistisse. Foi o que fez, mesmo aparecendo, em pesquisa daquele mesmo dia, com 19% das intenções de voto, contra 13% de Mercadante.

Só que, no começo de maio, Emidio de Souza, coordenador da campanha de Mercadante, convidou o senador para a chapa. "Fui muito aplaudido nos eventos em que se falou disso", conta Suplicy.

O que mais animou o senador foi a promessa que recebeu de que teria o mesmo tempo na TV que Mercadante e Marta. "Prometeram que eu poderia falar do renda básica de cidadania", empolga-se com sua bandeira-mór. "Mas se o PT avaliar que a candidatura vai se fortalecer mais com o Palocci na suplência do que comigo na vice, tudo bem. Fico feliz no Senado, numa boa."

Não é certo se Palocci aceitaria abrir mão de sua candidatura à reeleição para o Congresso para ser suplente de Marta. Nem se o PT cederia à pressão do presidente do PDT-SP. Paulinho da Força, que indicou para vice de Mercadante Major Olímpio, deputado estadual pelo PDT-SP, ex-policial militar, formado em ciências sociais.

Paulinho diz que o PDT não voltará mais atrás. Edinho Silva responde que a prioridade é manter o campo partidário em torno de Mercadante unido, mas que ainda há espaço para negociar. "Não adianta termos um nome que amplie o número de votos, como o de Suplicy, se a aliança não ficar de pé", argumenta.

Enquanto isso, Suplicy espera. Dessa vez, ele não falou com Marta a respeito de política. "Só tratamos de assuntos familiares ultimamente". Ele garante que se sente prestigiado ao ser cogitado para a vice, depois de ter sido rejeitado como nome principal na chapa. "O sentimento meu e de muitos é que isso foi um sinal de reconhecimento e respeito para comigo."

sábado, 29 de maio de 2010

LULA E AMORIM, OS ABELHUDOS












Os EUA qualificaram ontem o acordo mediado por Brasil e Turquia com o Irã de "inaceitável" e informaram que a carta enviada pelo presidente Barack Obama ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se consistia em "instruções para negociação".

Contradizendo o Itamaraty, o governo americano afirmou ainda que o chanceler Celso Amorim "sabia perfeitamente" que o acordo de troca de combustível com o Irã, fechado no dia 17, não levaria os EUA a desistirem das sanções contra Teerã.

O Itamaraty sustenta que o Brasil fez tudo o que Obama recomendava na carta enviada a Lula em 20 de abril. "Ninguém nos disse: olha, se eles não pararem com o enriquecimento a 20%, esqueça o acordo", disse Amorim nesta semana.

Washington convocou uma entrevista para "esclarecer" pontos sobre o acordo e desmentiu Amorim. "O ministro das Relações Exteriores do Brasil sabia perfeitamente da importância dessa questão (do enriquecimento)", disse um dos três altos funcionários do governo que participaram da entrevista. "Em fevereiro, o subsecretário Bill Burns reuniu-se com Amorim e discutiu esse assunto longamente, e a secretária Hillary Clinton também falou disso com Amorim e com Lula", disse outro funcionário.

Os americanos disseram também que "nunca pediram aos brasileiros que saíssem negociando em nome dos americanos". A carta de Obama a Lula, segundo eles, era apenas uma reação à ideia proposta pelos brasileiros e turcos. "Não sentimos a necessidade de sermos abrangentes em relação a tudo o que seria necessário para um acordo aceitável com o Irã. A carta não continha instruções para negociação."

Celso Amorim se comporta como aqueles meninos bobos que quando são pegos na arte dizem: "Ha, mas ninguém avisou que isso era errado!"

Alfredo Valadão, do Instituto de Estudos Políticos (Sciences-Po), de Paris, adverte que a diplomacia brasileira interveio em um tema desconhecido do país, provocando mal-estar parceiros históricos, como os EUA. "No Irã, o Brasil foi além da retórica e atrapalhou toda uma estratégia internacional e uma manobra diplomática importante dos EUA", disse. "Por que demonstramos mais confiança em Mahmoud Ahmadinejad do que em Obama, na democracia americana ou francesa?"

Talvez porque Lula tenha inveja das ditaduras.

QUE SE DANE A COPA DE 2014


O presidente da CBF, Ricardo Teixeira mostrou toda sua arrogancia em audiencia pública na Câmara dos deputados.

Durante a audiência, Teixeira se irritou com as perguntas feitas pelo deputado Sílvio Torres (PSDB-SP). Principalmente quando o parlamentar insistiu em saber o que aconteceria caso o projeto do governo federal que concede isenção de impostos à Federação Internacional de Futebol (Fifa) e às empresas por ela contratadas para organizar a Copa não seja aprovado ainda este ano. "Se a isenção de impostos não for aprovada o Brasil não poderá realizar a Copa do Mundo", afirmou Teixeira que, ao final da audiência, se negou a falar com a imprensa para esclarecer o assunto.

Todos nós, brasileiros, pagamos uma carga imensa de impostos e vem esse sujeito, querendo privilégios para seus parceiros de negócios. Ainda pressiona com arrogancia para obter privilégios a estrangeiros, que só virão aqui buscar dinheiro. Que se dane ele e a Copa, precisamos nos desligar dessa porcaria de futebol, temos coisas mais importantes para fazer nesse país.

A CBF teria que ser objeto de uma CPI que investigasse todos os negócios dela e de seu presidente, que usam o nome do Brasil e as cores nacionais com o objetivo único e exclusivo de obter lucros, já que é uma entidade privada com esse fim.

Não existe seleção brasileira, existe um time de futebol da CBF e os títulos que ela ganha ou deixa de ganhar não devem dizer respeito à nação brasileira. É preciso deixar essa bobagem de confundir uma entidade privada com a pátria, principalmente uma entidade obscura, que não se abre para a sociedade.

"O país vai investir cerca de R$ 100 bilhões no evento e todos os brasileiros têm o direito de obter esclarecimentos que ele [Ricardo Teixeira] não vem prestar", disse o deputado Sílvio Torres.

"O presidente do comitê organizador veio aqui para passar a ideia de que tudo está correndo as mil maravilhas, mas quem está falando lá fora que não está é o secretário geral da Fifa [Jerome Valcke], que [no início do mês] disse que o país está no caminho errado. As obras, especialmente nos aeroportos, estão atrasadas e agora há esta questão do projeto de lei das isenções, que dificilmente será aprovado em um ano eleitoral e que ele mesmo está dizendo que abre uma possibilidade de o país não sediar a Copa", afirmou Silvio Torres.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

SERRA PÕE O DEDO NA FERIDA




"É impossível a Bolívia exportar 60% ou 70% da sua cocaína para o Brasil sem que o governo lá faça corpo mole", disse Serra. A Bolívia é "cúmplice pelo narcotráfico no Brasil", acrescentando que a gestão de Morales é tratado como um "governo amigo" pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois das afirmações de Serra, Lula se abraça ao governante boliviano para tirar foto e comenta:
“Vamos posar aqui; vamos fazer inveja no Serra”. Pouco antes, a confirmação das denúncias de Serra, vieram numa operação da Polícia federal.

Na madrugada desta sexta-feira, 28, a Polícia Federal (PF) apreendeu no Mato Grosso do Sul (MS) dois caminhões transportando uma grande quantidade de cocaína procedente da Bolívia. Foi uma das maiores apreensões do gênero ocorrida até hoje no País.

Por enquanto a PF informa apenas tratar-se de meia tonelada. A droga está sendo pesada pela PF de Três Lagoas, região leste de MS, na divisa com São Paulo.

Evo Morales está no Brasil para o 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, incensado e defendido por pessoas como Zé Dirceu, Marco Aurélio Garcia e Dilma Rousseff.

A primeira foto é de hoje, na visita de Evo ao país, já a segunda foi na Bolívia numa visita de Lula, e os colares no pescoço dos dois é feito de folhas de coca, matéria prima da cocaína.

Gostaria de saber de Lula e Dilma, onde entra a Bolívia no seu programa de combate ao crack, subproduto da cocaína, que por sua vez é produto das folhas de coca plantadas pelos cocaleiros bolivianos, por sua vez chefiados como entidade classe por Evo Morales.

EMPATE NAS ATITUDES


Os políticos brasileiros gostam de se copiar e não está sendo diferente com Serra e Dilma. A Dilma usou um programa partidário do PT na televisão para fazer propaganda política antecipada.

E o que Serra fez em seguida? Usou o programa partidário do DEM para fazer propaganda política antecipada! A mediocridade é tão grande que ninguém consegue ter originalidade.

O que se viu foi um compacto da solenidade de lançamento da pré-candidatura à presidência da República de José Serra, do PSDB. A solenidade aconteceu em Brasília, lá se vai mais de um mês.

A lei dos partidos, de número 9096 de 1995, é clara. Está dito no seu artigo 45, parágrafo 1, que fica "vedada a participação [no programa] de pessoas filiadas a partidos que não são responsáveis pelo programa".

Serra não poderia ter aparecido no programa. Muito menos estrelado o programa como o fez.

Eleitoralmente, creio que esse programa nada acrescentou a Serra, além de requentar as imagens do lançamento da sua candidatura e portanto nada de novo.

Agora, Serra e Dilma, além de estarem empatados na pesquisa, empataram também no desrespeito à Lei Eleitoral. Além das multas, já aplicadas no caso da Dilma e que vão ser aplicadas no caso de Serra, estarão sujeitos a pedidos de representação no TSE pedindo impugnação de registro de candidatura.

O PT já anunciou que vai entrar hoje com representação pedindo punição ao DEM e a Serra. É o sujo falando do mal lavado, reclama exatamente do crime que praticou antes. Porém nenhum dos dois fala em pedir impugnação de registro de candidatura um do outro porque nessas alturas seria suicídio eleitoral mútuo.

Bom para Marina Silva, que pelo menos até agora não tem copiado seus colegas e fica com a razão do seu lado. Se quiser, pode usar os fatos para impugnar seus adversários.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O QUE É GOVERNO E O QUE É CAMPANHA?


A pré-candidata Dilma Rousseff (PT) e o Planalto promovem uma ação casada na montagem das principais propostas da pré-campanha, estratégia evidenciada no lançamento do plano nacional de combate ao crack.

"Veja o caso do crack. Ele é hoje o inimigo número 1 de toda a sociedade brasileira. (...) Não devemos, não podemos e não vamos permitir que nossa juventude seja destruída", discursou Dilma em 8 de abril.

No dia seguinte, o presidente Lula determinou a cinco ministérios a criação de proposta de combate às drogas, com ênfase no crack, plano lançado na última quinta-feira.

Outras duas das propostas apresentadas por Dilma até agora também representam uma "sintonia" com o Planalto --como a criação de um ministério para pequenos e médios empreendedores.

"Se tem um único ministério que eu acredito que é importante, era um ministério para os pequenos e médios empresários", disse Dilma no início de maio.

Na semana passada, Lula disse a prefeitos: "Uma coisa que eu deixei de fazer e não quis fazer este ano, por causa da questão eleitoral, era criar o Ministério da Micro e Pequena Empresa".

Desde que deixou a Casa Civil, em março, Dilma participou de cinco eventos públicos com Lula. Também tem tido encontros com integrantes do primeiro escalão, como Franklin Martins (Comunicação Social) e Guido Mantega (Fazenda).

Alexandre Padilha (Relações Institucionais) integra o conselho político da pré-campanha. Marco Aurélio Garcia (assessor especial da Presidência) coordenou o programa prévio de governo.

Segundo os assessores da pré-candidata, "não há nenhuma combinação entre governo e pré-campanha". Seria então, tudo coincidencia? Fala sério!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A LEI DEVE SER PARA TODOS



Todos os abusos cometidos por Lula e sua candidata Dilma contra a Lei Eleitoral, não se esgotaram com a aplicação das multas. De acordo com a Lei Complementar 64, os dois, Lula e Dilma, na posição de presidente da República e ex-ministra do mesmo governo, respectivamente, estariam sujeitos a punição grave por abuso de poder político. Comprovados os crimes, pode haver impugnação de registro de candidatura e inelegibilidade por 3 anos.

O Ministério Público Eleitoral está reunindo informações sobre os eventos dos quais a ex-ministra Dilma tem participado para pedir ao TSE(Tribunal Superior Eleitoral) a abertura de uma AIJE (Ação de Investigação Judicial-Eleitoral) por abuso de poder econômico e
político.

Em tese, a Aije poderá resultar na negação do registro ou no cancelamento da diplomação pela Justiça Eleitoral, como já falou, há dez dias, o ministro Marco Aurélio Mello, do TSE.

Há abusos suficientes para ameaçar o registro da candidatura de Dilma, admitem dois ministros do Tribunal Superior Eleitoral ouvidos por este blog. Mas falta ao tribunal coragem para tomar qualquer medida mais drástica a esse respeito.

A aplicação da lei não deve ser uma questão de coragem, deve ser normal e rotineira, afinal, vivemos ou não num estado democrático de direito?

terça-feira, 25 de maio de 2010

SAMBA DO BRÁS


Se a Dilma vai dançar o rebolation como tem prometido, eu não sei, mas com certeza, hoje, ela sambou feio na sabatina promovida pela CNI aos candidatos a presidencia da República.
E quem deu o tom do tamborim, foi um José Serra afiadíssimo, conciso e seguro nas suas afirmações.

Segundo ele, há "loteamento político" no governo federal. "A Infraero está loteada. Hoje, as agências reguladoras estão divididas entre partidos. Tudo está loteado."

O tucano afirmou que o governo federal não solucionou problemas de infraestrutura do país, apesar do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Estão sendo resolvidos? Não duvido que haja boa intenção, mas está complicado", disse.

"Falta planejamento, qualidade de gestão e falta capacidade para fazer sequenciamento dos investimentos segundo a ordem de prioridade", reiterou.

Serra rebateu Dilma no que diz respeito à alta dos juros no país. "Não entendi a explicação da Dilma quando ela defende a política cambial e de juros. Entra governo, sai governo, continuamos com os maiores juros do mundo", disse. O tucano afirmou que o Brasil é "campeão" por ter a maior taxa de juros do mundo.

O tucano disse ainda que "sem desenvolvimento industrial poderoso, o Brasil nunca vai ser um país desenvolvido".

Segundo ele, a indústria perde espaço por distorções na política macroeconômica brasileira. "Indústria já está com R$ 7 bilhões de deficit. E não me venham dizer que é porque a economia está crescendo muito."

Serra afirmou não ter entendido o que Dilma disse a respeito de tributação. Na Constituição, se consagrava a insenção de ICMS nas importações de manufaturados e qualquer coisa. "A ex-ministra falou contra isso, mas estava no projeto que ela apoiava."

"Se a ex-ministra está preocupada com esse assunto [indústria] quando fala de estaleiros, deveria se preocupar com as indústrias já existentes. Tem desnacionalização. A indústria vai ficando cada vez mais montadora, se liquidando por causa do câmbio."

"Temos 30% a mais de alunos no ensino técnico em São Paulo do que no governo federal", disse. Ao longo de sua explanação, o tucano abusou de comparações entre as duas gestões.

NUNCA NA HISTÓRIA DESSE PAÍS

Veja como o governo Lula rejeitou uma solução brasileira para a saúde alimentar de crianças subnutridas em troca de compostos multinacionais 120% mais caros.

Há mais de três décadas Clara Brandão criou um composto alimentar que revolucionou a nutrição infantil.
O vice-presidente José Alencar preparava-se para plantar uma árvore em Brasília quando foi abordado por uma nissei de 65 anos e 1,60 m de altura.

A mulher começou a mostrar fotografias de crianças esqueléticas, brasileiros com silhueta de etíopes, mas que tinham sido recuperadas com uma farinha barata e acessível, batizada de "multimistura". Alencar marejou os olhos. Pobre na infância no interior de Minas, o vice não conseguiu soltar uma palavra sequer.

Apenas deu um longo e apertado abraço naquela mulher, a pediatra Clara Takaki Brandão. Foi ela quem criou a multimistura, composto de farelos de arroz e trigo, folha de mandioca e sementes de abóbora e gergelim.

Foi esta fórmula que, nas últimas três décadas, revolucionou o trabalho da Pastoral da Criança, reduzindo as taxas de mortalidade infantil no País e ajudando o Brasil a cumprir as Metas do Milênio.

E o que a pediatra foi pedir ao vice-presidente?

Que não deixasse o governo tirar a multimistura da merenda das crianças.
Mais do que isso, ela pediu que o composto fosse adotado oficialmente pelo governo.

Clara já tinha feito o mesmo pedido ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão -mas ele optou pelos compostos das multinacionais, bem mais caros.
"O Temporão disse que não é obrigado a adotar a multimistura", lamenta Clara.

Há duas semanas a energia elétrica da sala de Clara dentro do prédio do Ministério da Saúde foi cortada. Hoje, ela trabalha no escuro.
"Já me avisaram que agora eu estou clandestina dentro do governo", ironiza a pediatra.
Mas ela nem sempre viveu na escuridão.

Prova disso é que, na semana passada, o governo comemorou a redução de 13% nos óbitos de crianças entre os anos de 1999 e 2004 - período em que a multimistura tinha se propagado para todo o País.
Desde 1973, quando chegou à fórmula do composto, Clara já levou sua multimistura para quase todos os municípios brasileiros, com a ajuda da Pastoral da Criança, reduto do PT.
Os compostos da multimistura têm até 20 vezes mais ferro e vitaminas C e B1 em relação à comida que se distribui nas merendas escolares de municípios que optaram por comprar produtos industrializados.
Sem contar a economia:

"Fica até 121% mais caro dar o lanche de marca", compara Clara.

Quando ela começou a distribuir a multimistura em Santarém, no Pará, 70% das crianças estavam subnutridas e os agricultores da região usavam o farelo de arroz como adubo para as plantas e como comida para engordar porco. Em 1984, o Unicef constatou aumento de 220% no padrão de crescimento dos subnutridos.
Dessa época, Clara guarda o diário de Joice, uma garotinha de dois anos e três meses que não sorria, não andava, não falava. Com a multimistura, um mês depois Joice começou a sorrir e a bater palmas.

Hoje, a multimistura é adotada por 15 países.

No Brasil só se transformou em política pública em Tocantins. Clara acredita que enfrenta adversários poderosos. ( alguém tem alguma dúvida ???)

Segundo ela, no governo, a multimistura começou a ser excluída da merenda escolar para abrir espaço para o Mucilon, da Nestlé, e a farinha láctea, cujo mercado é dividido entre a Nestlé e a Procter & Gamble "É uma política genocida substituir a multimistura pela comida industrializada", ataca a pediatra.

A antiga Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, reconheceu que a multimistura foi importante para diminuir os índices de desnutrição infantil.
"A multimistura ajudou muito", diz. "Mas só ela não é capaz de dizimar a anemia; também se deve dar importância ao aleitamento materno."

"O multimistura é um programa que não existe mais", limitou-se a informar a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, quando procurada para se manifestar.

Site do multimistura - http://www.multimistura.org.br/

segunda-feira, 24 de maio de 2010

CONTRA ATAQUE


Em resposta ao crescimento da adversária petista Dilma Rousseff nas últimas três pesquisas eleitorais, o núcleo de campanha do pré-candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, pretende assegurar a presença de todos os diretórios no evento e fazer uma "superexposição" de Serra no mês de junho. Na tarde desta segunda-feira (24) a coordenação da campanha se reúne para discutir a agenda do ex-governador de São Paulo e a organização da convenção nacional da legenda no dia 12 de junho em Salvador (BA).

Os coordenadores da campanha consideram o crescimento de Dilma nas últimas pesquisas eleitorais uma consequência direta da presença "muito forte dela na televisão". Segundo o deputado federal Jutahy Magalhães (BA), articulador de Serra, "Dilma teve uma exposição gigantesca para conseguir empatar". O parlamentar afirma ainda que haverá uma "superexposição" de Serra em junho.

"Teremos a convenção em junho e nosso horário eleitoral já terá Serra anunciado candidato", afirmou o parlamentar, para depois destacar que "então, ele terá a superexposição que a petista teve em maio". "A superexposição é como se fosse um anabolizante", acrescentou.

O ex-governador mineiro Aécio Neves retorna nesta segunda da Europa. Embora o PSDB negue ansiedade para a definição de quem ocupará o cargo, os aliados DEM e PPS deixam claro que vêm no mineiro a melhor opção. Em abril, o PSDB pretendia definir o vice de Serra em maio. Agora, pretende postergar a decisão para até o dia 30 de junho sob o argumento de que ainda é preciso - e possível - avaliar melhor o cenário e pesquisas eleitorais.

domingo, 23 de maio de 2010

LULA ENTENDERIA ISSO?


Tem gente, como o nosso presidente, que brinca com fogo sem perceber o perigo. Temos o privilégio de viver num país sem tensões (por enquanto pelo menos, a não ser que Lula estrague isso também) que nos parece confuso o universo do conflito permanente do Oriente Médio, mas só quem está envolvido direta ou indiretamente, pode compreender, por exemplo as razões das sanções contra o Irã. Apresento a seguir uma parábola desse universo, para reflexão de todos.

No mês de agosto de 2001, Moshê, um bem sucedido empresário judeu, viajou para Israel a negócios.


Na quinta feira, dia nove, entre uma reunião e outra, o empresário aproveitou para ir fazer um lanche rápido em uma pizzaria na esquina das ruas Yafo e Mêlech George no centro de Jerusalém.

O estabelecimento estava superlotado. Logo ao entrar na pizzaria, Moshê percebeu que teria que esperar muito tempo numa enorme fila, se realmente desejasse comer alguma coisa - mas ele não dispunha de tanto tempo.

Indeciso e impaciente, pôs-se a ziguezaguear por perto do balcão de pedidos, esperando que alguma solução caísse do céu.

Percebendo a angústia do estrangeiro, um israelense perguntou-lhe se ele aceitaria entrar na fila na sua frente.

Mais do que agradecido, Moshê aceitou.

Fez seu pedido, comeu rapidamente e saiu em direção à sua próxima reunião.

Menos de dois minutos após ter saído, ele ouviu um estrondo aterrorizador.

Assustado, perguntou a um rapaz que vinha pelo mesmo caminho que ele acabara de percorrer o que acontecera.

O jovem disse que um homem-bomba acabara de detonar uma bomba na pizzaria Sbarro`s...


Moshê ficou branco.

Por apenas dois minutos ele escapara do atentado.

Imediatamente lembrou do homem israelense que lhe oferecera o lugar na fila.

Certamente ele ainda estava na pizzaria.


Aquele sujeito salvara a sua vida e agora poderia estar morto.


Atemorizado, correu para o local do atentado para verificar se aquele homem necessitava de ajuda. Mas encontrou uma situação caótica no local.

A Jihad Islâmica enchera a bomba do suicida com milhares de pregos para aumentar seu poder destrutivo.

Além do terrorista, de vinte e três anos, outras dezoito pessoas morreram. Cerca de outras noventa pessoas ficaram feridas, algumas em condições críticas.

As cadeiras do restaurante estavam espalhadas pela calçada. Pessoas gritavam e acotovelavam-se na rua, algumas em pânico, outras tentando ajudar de alguma forma.


Entre feridos e mortos estendidos pelo chão, vítimas ensangüentadas eram socorridas por policiais e voluntários.

Um dispositivo adicional já estava sendo desmontado pelo exército.

Moshê procurou seu "salvador" entre as sirenes sem fim, mas não conseguiu encontrá-lo.


Ele decidiu que tentaria de todas as formas saber o que acontecera com o israelense que lhe salvara a vida. Moshê estava vivo por causa dele.


Precisava saber o que acontecera, se ele precisava de alguma ajuda e, acima de tudo, agradecer-lhe por sua vida.

O senso de gratidão fez com que esquecesse da importante reunião que o aguardava.


Ele começou a percorrer os hospitais da região, para onde tinham sido levados os feridos no atentado.

Finalmente encontrou o israelense num leito de um dos hospitais. Ele estava ferido, mas não corria risco de vida.

Moshê conversou com o filho daquele homem, que já estava acompanhando seu pai, e contou tudo o que acontecera.

Disse que faria tudo que fosse preciso por ele. Que estava extremamente grato àquele homem e que lhe devia sua vida.

Depois de alguns momentos, Moshê se despediu do rapaz e deixou seu cartão com ele. Caso seu pai necessitasse de qualquer tipo de ajuda, o jovem não deveria hesitar em comunicá-lo.


Quase um mês depois, Moshê recebeu um telefonema em seu escritório em
Nova Iorque daquele rapaz, contando que seu pai precisava de uma operação
de emergência.

Segundo especialistas, o melhor hospital para fazer aquela delicada cirurgia fica em Boston, Massachussets.

Moshê não hesitou. Arrumou tudo para que a cirurgia fosse realizada dentro de poucos dias.

Além disso, fez questão de ir pessoalmente receber e acompanhar seu
amigo em Boston, que fica a uma hora de avião de Nova Iorque.


Talvez outra pessoa não tivesse feito tantos esforços apenas pelo senso de
gratidão.

Outra pessoa poderia ter dito "Afinal, ele não teve intenção de salvar a minha vida: apenas me ofereceu um lugar na fila " ... Mas não Moshê. Ele se sentia profundamente grato, mesmo um mês após o atentado.

E ele sabia como retribuir um favor.

Naquela manhã de terça-feira, Moshê foi pessoalmente acompanhar seu amigo - e deixou de ir trabalhar.
Sendo assim, pouco antes das nove horas da manhã, naquele dia onze de
setembro de 2001, Moshê não estava no seu escritório no 101º andar do World
Trade Center Twin Towers.


FUMAÇA NO AR


Estamos acostumados a ver Lula sempre otimista com a economia brasileira, prevendo saltos que nos deixam apreensivos quanto à realidade. Mas começam a aparecer opiniões contrárias ao pensamento de Lula quanto ao futuro próximo da economia.

Para a The Economist, revista britanica, o fato de a economia brasileira poder estar
crescendo em uma velocidade comparada ao crescimento chinês é um problema, pois “o Brasil não é a China”."Pelo fato do Brasil economizar e investir pouco, a maioria dos economistas acredita que a velocidade de crescimento deve ser limitada a 5% no máximo, para nãoentrar em colapso". O problema é que grande parte dos gastosadicionais do governo está se transformando em gasto permanente, e a economia está começando a "ficar parecida com um carro com o acelerador preso ao chão”.

O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, juntou-se ao coro dos economistas preocupados com o superaquecimento da economia brasileira. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S.Paulo, desdobrou-se em elogios à condução da economia do País durante a crise. “É impressionante ver como o país conseguiu lidar com a crise mundial e ser tão pouco afetado por ela.”

Mas, prestes a desembarcar para uma série de reuniões, em Brasília e em São Paulo, o diretor-gerente do Fundo admite certa apreensão. “O superaquecimento é uma preocupação, as metas de inflação, outra medida de temperatura, o excesso de fluxos de capitais - todas essas são preocupações.”

Strauss-Kahn ressaltou o papel do país na consolidação do G-20 como principal foro econômico multilateral. Mas adverte que o G-20 precisa de apoio para se manter vivo e não cair na irrelevância do G-7. Ele faz um alerta ao governo Lula, que reluta em aceitar o imposto sobre bancos desenhado pelo FMI a pedido de vários países, para lidar com crises futuras: “A não ser que um país seja imune a qualquer crise financeira para o resto da vida há boas razões para adotar esse imposto”.

Junte-se a isso, a penúria que vivem a maior parte das prefeituras do país em consequencia de queda na arrecadação e o próprio corte na carne que o governo federal diz que vai fazer, cortando despesas. Onde tem fumaça, pode ter fogo e periga virar incendio.

sábado, 22 de maio de 2010

EMPATADOS NO DATAFOLHA

Fonte: Folha on line

A pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, atingiu sua melhor marca até hoje numa pesquisa Datafolha e está empatada com José Serra (PSDB). Ambos estão com 37%.

O levantamento foi realizado ontem e anteontem com 2.660 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Marina Silva (PV) aparece com 12%. Os que votam em branco, nulo ou em nenhum somam 5%. Indecisos são 9%.

Na comparação com a última pesquisa Datafolha, realizada em 15 e 16 de abril, Dilma teve uma alta de sete pontos percentuais --de 30% para 37%. Já Serra caiu cinco pontos, saindo de 42% para os mesmos 37%.

Essa é a primeira vez que ambos aparecem empatados no Datafolha, que traz outros números positivos para a petista.

TV e Lula

"O principal fato que pode ser apontado como responsável por essa alta da candidata é o programa partidário de TV que o PT apresentou recentemente", diz Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha.

Na semana passada, o PT foi à TV com vários comerciais de 30 segundos e com seu programa mais longo, de dez minutos. A estrela dessa investida de marketing foi Dilma Rousseff, com Lula como cabo eleitoral.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados não são apresentados a uma lista com os nomes dos candidatos, a curva da intenção de voto de Dilma continuou a descrever uma sólida curva ascendente.

Ela tinha 8% em dezembro. Em abril, estava com 13%. Agora, foi a 19% e está isolada em primeiro lugar. José Serra pontuou 14% --ele também vem subindo nesse quesito, mas em ritmo mais lento.

Ainda na pesquisa espontânea, há também 5% que dizem ter intenção de votar em Lula, que não pode ser candidato.

Outros 3% declarar querer votar no "candidato do Lula". E 1% respondem "no PT" ou no "candidato do PT".

Em tese, portanto, o potencial de voto espontâneo em Dilma pode ser de 28% --os seus 19% e mais outros 9% dos que desejam votar em Lula, em quem ele indicar ou em um nome apresentado pelo PT.

2º turno e rejeição

Quando são colocados na lista de candidatos os concorrentes de partidos pequenos, o cenário não se altera muito. Dilma e Serra continuam empatados, cada um com 36%. Marina tem 10%. E só dois nanicos pontuam: José Maria Eymael (PSDC) e Zé Maria (PSTU).

Dilma também colheu bom resultado na rejeição: seu índice caiu de 24% para 20% enquanto o de Serra subiu de 24% para 27%. Marina também teve um resultado positivo, pois sua rejeição caiu de 20% para 14%.

Na projeção de segundo turno, os dois estão tecnicamente empatados: a petista tem 46% contra 45% do tucano.

Em abril, Serra aparecia dez pontos à frente da petista nesse quesito, com 50% a 40%.


Arte/Folha

sexta-feira, 21 de maio de 2010

VALE A PENA SE A MULTA É PEQUENA


Nunca na história desse país houve um presidente que desrespeitasse tanto a lei eleitoral quanto Lula. Ele e sua candidata Dilma, vem sendo multados seguidamente por infringir as regras eleitorais, isso também é história, isso também vai para o currículo. Para Lula, tudo vale a pena se a multa é pequena.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) de Pernambuco protocolou ontem, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), representação contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva; a ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff; o governador do Estado, Eduardo Campos; e os presidentes da Petrobras, Sérgio Gabrielli; da Transpetro, José Sérgio de Oliveira Machado; e do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos, por prática de propaganda eleitoral antecipada em favor da pré-candidatura de Dilma à Presidência.

A Lei 9.504/97 (Lei das Eleições) somente permite a propaganda eleitoral a partir do dia 6 de julho do ano da eleição. Aquele que descumprir pode ter de pagar uma multa, cujo valor solicitado na representação dos promotores é de R$ 25 mil. Segundo o MPE, os cinco citados no documento teriam feito propaganda eleitoral antecipada durante a solenidade de lançamento do primeiro navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro, realizada em Ipojuca (PE) no último dia 7.

Segundo o MPE, a própria idealização do evento "denuncia a irrecusável configuração de ato de campanha eleitoral antecipada", que estaria confirmada nos discursos proferidos na cerimônia. No documento, o órgão cita um trecho do discurso do presidente Lula, que, ao lado de Dilma, teria dito: "E eu vou dizer uma coisa: eu acho que o que nós fizemos no Brasil não pode mudar. Se a gente deixar este país regredir, nós sabemos que para fazer é difícil, mas para derrubar é fácil. Vocês viram o que aconteceu com a Grécia agora ."

Em seguida, informa o MPE, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco teria discursado afirmando que "aqui, presidente, o seu mandato seria igual ao de Fidel Castro". "Como Vossa Excelência não quer, nós temos a obrigação de votar em quem o senhor indicar. Seu projeto não é só de desenvolvimento, mas de inclusão social. Bom Dilma para todos." O ministro Joelson Dias é o relator da representação no TSE.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

DEMÓSTENES DIZ QUE TEXTO NÃO ALIVIA FICHA SUJA


O relator do projeto Ficha Limpa, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), garantiu que o texto aprovado é "muito bom" e atende perfeitamente às demandas da sociedade. Ele negou que tenha sido aberta qualquer brecha para aliviar punições de quem já foi condenado, conforme interpretações divulgadas nesta quinta-feira (20) pela imprensa.

- Avaliar assim é coisa de quem não leu o texto aprovado na Câmara e nem o que foi votado pelo Senado. Houve apenas uma adequação de linguagem, de tempo verbal - afirmou.

O senador, em pronunciamento na sessão do Plenário realizada na quarta-feira (19), chegou a chamar de "analfabeto" o deputado que teria acusado o Senado de mudar o texto para favorecer políticos já condenados.

Demóstenes explicou que em nenhum país democrático do mundo uma lei pode retroagir para atingir casos que já transitaram em julgado. Conforme observou, havia divergência de tempo verbal na redação de nove incisos que tratam dos casos de inelegibilidade: alguns diziam que são inelegíveis "os que tenham sido..." e outros "os que forem...".

- O que fizemos, com emenda de redação do senador [Francisco] Dornelles, foi transformar tudo em 'os que forem condenados', que é a expressão que consta da lei atual, a Lei Complementar 64/90 - disse.

O senador citou como exemplo políticos cassados pelo Judiciário: segundo ele, os ex-governadores Cássio Cunha Lima, da Paraíba, e Jackson Lago, do Maranhão, são elegíveis, porque suas condenações ocorreram antes da sanção da nova lei. Mas, se fossem cassados depois da promulgação, estariam inelegíveis.

Demóstenes destacou que até mesmo a renúncia ao mandato para evitar a cassação tornará o chefe de executivo ou parlamentar inelegível, o que não acontece pela legislação em vigor. Ele ainda recomendou aos cidadãos que leiam o texto aprovado pelo Senado, a fim de constatar que a futura lei vai mudar os parâmetros das campanhas eleitorais.

- Por exemplo, aquela turma do mensalão alegava que o dinheiro não era fruto de corrupção, sendo apenas 'caixa 2'. Pois o caixa 2 passa a ser crime punido com inelegibilidade - exemplificou.

O senador concorda com a avaliação de que cerca de 25% dos atuais pré-candidatos poderão ser atingidos pela nova legislação, depois de sancionada.

- Há casos de políticos que já tiveram sentença transitada em julgado e que estão em fase de recurso. Se perderem o recurso, ficarão inelegíveis. Vai ter o esperto que será condenado em primeira instância durante a campanha e não vai recorrer, alegando que não foi julgado por órgão colegiado. Pois também esse ficará inelegível, porque o texto fala em sentença transitada em julgado ou condenação por órgão colegiado - explicou.

O artigo 3° do projeto, disse Demóstentes, atende aos casos em que o político foi condenado antes da sanção da nova lei e tem recursos interpostos ainda em fase de julgamento.

- Se o recurso for negado, esse cidadão estará inelegível.

Vamos aguardar se candidatos reconhecidamente ficha sujas conseguirão ou não se candidatar, essa será a prova dos nove da Lei Ficha Limpa.


O SENADO, O VERBO E A FICHA


Uma emenda de plenário ao projeto Ficha Limpa, apresentada pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), estabelece que a proibição para que pessoas com condenações por colegiados se candidatem a cargos eletivos só valerá para sentenças proferidas após a promulgação da lei.

Com essa interpretação, mesmo os poucos casos que seriam atingidos pela proposta poderão se candidatar, como o deputado Paulo Maluf (PP-SP), que é do mesmo partido de Dornelles.

O pulo do gato dos fichas sujas foi dado pelo senador Francisco Dorneles, mas não devemos culpar só ele.

Vejam a manobra: alegando emenda de redação para não ter de retornar à Câmara, Dorneles trocou simplesmente o tempo do verbo. Onde estava escrito: "os que foram condenados", ele trocou para: "os que forem condenados...", só isso liberou todos os ficha sujas para candidatar a essa eleição, inclusive Romero Jucá, que eu vi sem entender, votando a favor do projeto. Porisso eu estava desconfiado ontem e disse que tinha coisa aí. E tem, o Ficha Limpa como está, só vale para processos iniciados a partir da promulgação da lei. Portanto não se preocupem, Lula vai promulgar sem problema!

Todos os 81 senadores devem ser responsabilizados por essa manobra. Será que nenhum desses senhores tão experientes notaram uma manobra tão primária quanto essa?

Isso frustra todo o povo brasileira que colocou toda sua esperança nesse projeto e foi enganado pelo Senado da República.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

BOFETADA NO STE


Mesmo já multada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por campanha antecipada, a ex-ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff participou ontem, em Brasília, de um típico comício eleitoral patrocinado pelo PT.

Na plateia, 1.177 prefeitos, entre eles uma dezena de representantes de partidos de oposição, como PSDB, DEM, PPS e PV. A eles, a pré-candidata petista prometeu um governo "municipalista" e uma reforma tributária que permita o repasse de mais recursos para as prefeituras.

"O governo Lula foi o melhor que o País já teve", afirmou a pré-candidata petista. "Tenho certeza que daqui vai sair um terceiro governo popular e democrático. Preciso de vocês para fazer um governo municipalista."

Em um longo discurso recheado de números e dados, Dilma se associou o tempo todo a conquistas do governo Lula, como o programa Bolsa-Família e o aumento da taxa de emprego.

Disse que o Brasil será a quinta economia do mundo - atrás apenas dos Estados Unidos, China, Índia e Japão - e repetiu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "tirou 24 milhões da miséria".

Prefeitos de oposição participaram do encontro. "Não sei qual será o meu futuro partidário, mas seguirei aquela que é a indicada pelo presidente Lula", disse o prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, do PPS.

No mesmo diapasão, o prefeito de Itamonte (MG), Marcos de Carvalho, do PSDB, disse: "Infelizmente não falo pelo meu partido, mas pela primeira vez prefeitos de cidades pequenas estão sendo tratados com respeito."

Esses prefeitos já aderiram ao aliciamento do governo federal e não estão nem aí para os partidos que os elegeram e tal como a candidata Dilma parecem não se preocupar com a Justiça Eleitoral, que no caso deles, pode tirar até seu mandato por infidelidade partidária.

Mas o principal disso tudo é que de maneira definitiva, esse comício da Dilma em plena Brasília, a poucos metros do STE, coloca em cheque a Justiça Eleitoral. Aliás, onde está ela?

terça-feira, 18 de maio de 2010

E AGORA Mr. LULA?


O Irã tentou se esquivar da pressão de potências mundiais que defendem novas sanções contra o país devido ao seu programa nuclear quando fechou acordo de troca de combustível, disse a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, nesta terça-feira.

"Não acreditamos que tenha sido um acidente o Irã concordar com esse acordo enquanto nós avançamos em Nova York", disse Hillary, referindo-se aos esforços liderados pelos EUA por novas sanções do Conselho de Segurança.

"O fato de que tínhamos a Rússia e China a bordo e que estávamos nos movimentando nesta semana, inclusive hoje, para apresentar o texto da resolução, colocou pressão sobre o Irã, da qual eles (iranianos) estavam tentando se desviar de alguma forma", disse a secretária.

Anteriormente, Hillary havia dito que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU --Reino Unido, China, França, Rússia e EUA-- mais a Alemanha concordaram com uma resolução que seria apresentada hoje aos demais membros do CS.

O anúncio pode ser considerado como uma rejeição ao acordo fechado pelo Irã com mediação do Brasil e da Turquia, apesar de a China -- a principal potência relutante em aplicar sanções ao Irã -- ter saudado o acordo e solicitado mais negociações com Teerã.

A China e a Rússia que aparentemente apoiavam o acordo, parece que reveram sua posição.

Em briga de cachorro grande, vira-lata só leva mordida.

ACORDO SEM ENTUSIASMO


Os principais jornais dos Estados Unidos e Europa em suas edições desta terça-feira veem o acordo nuclear negociado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, com o Irã do presidente Mahmoud Ahmadinejad como uma cartada diplomática de Teerã para evitar uma nova rodada de sanções no Conselho de Segurança da ONU.

O "Washington Post" avalia em editorial que o acordo é "ruim" e "não fará nada para conter o programa nuclear iraniano".

O Independent também examina as razões por trás da figura que chama de "Lula, o negociador".

"Pode ser o prospecto de deixar o poder que o está levando a tentar conquistar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU", diz o jornal. "Mas também se comenta que pode ser sua suposta ambição de se tornar o próximo secretário-geral da ONU."

'El País": "A Turquia e, sobretudo o Brasil, fizeram uma aposta arriscada ao facilitar a Ahmadinejad uma eventual saída como esta. Se a operação for bem-sucedida, terão confirmado o seu papel internacional; se sair mal, terão contribuído para desfazer a labirinto que se tornou a discussão sobre o programa nuclear iraniano, com seu inevitável corolário de maior tensão no Oriente Médio."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

GOL, A FAVOR OU CONTRA?


O governo de Israel foi o primeiro a se manifestar, a respeito do acordo assinado por Irã, Brasil e Turquia a respeito do polêmico programa nuclear iraniano. Para os israelenses, Teerã "manipulou" a Turquia e o Brasil ao "simular aceitar" uma proposta de troca de urânio em território turco.

"Os iranianos já fizeram o mesmo no passado, simulando aceitar tal procedimento para reduzir a tensão e os riscos de sanções internacionais agravadas, mas depois se negaram a passar aos atos", declarou um representante do governo de Israel.

A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse hoje que o acordo nuclear fechado entre Irã, Brasil e Turquia foi "um gol no Oriente Médio". "É uma vitória da diplomacia brasileira, mas sobretudo da política externa do governo Lula", afirmou a ex-ministra da Casa Civil.
Dilma afirmou que o presidente "deixa uma marca" na política externa brasileira, pois "criou na América Latina um outro ambiente", "fez o mesmo pela África e agora marca um gol no Oriente Médio".

Apressados, Lula, PT e Dilma já colocam o acordo como peça da campanha eleitoral. Segundo o presidente Lula, faltava uma conversa "olho no olho" com Ahmadinejad, que ninguém no mundo ainda tinha tido com ele. Pois bem, Lula foi lá e conversou "olho no olho" com o iraniano e saiu com o acordo, acreditem os que quiseram. Porque eu, não consigo crer em qualquer coisa que esteja escrito nesse acordo e acho que o Irã não está sendo sincero e aproveitando-se da boa fé de Lula e da Turquia para ganhar tempo. Enquanto existir Israel, o Irã não desistirá de fazer a bomba atômica, mesmo que todo o mundo resolva conversar "olho no olho" com Ahmadinejad.

Essa história não acabou, pelo contrário, está apenas começando e aquele gol que a Dilma falou a gente ainda está por saber se foi a favor ou se foi contra.

CHAMBERLAIN DE MACAÉ


por Diogo Mainardi - Veja revista

“Um novo presidente será eleito daqui a cinco meses. Só ele poderá decidir sobre assuntos estratégicos. Em vez de atuar como um quinta-colunista da bomba nuclear iraniana, Lula deveria pensar apenas em esvaziar as gavetas de seu gabinete”

Lula foi ao baile funk de Mahmoud Ahmadinejad assim como Vagner Love foi à Rocinha. Vagner Love confraternizou com os assassinos do Comando Vermelho? Lula está confraternizando com os assassinos da Guarda Revolucionária iraniana. Vagner Love faz trabalho humanitário no morro? Lula, segundo Dilma Rousseff, faz trabalho humanitário no Golfo Pérsico. Vagner Love foi festejar os dois gols que marcou contra o Macaé? Lula está festejando os dois gols que marcou contra o Brasil.

O Brasil é uma espécie de Macaé do mundo. Isso é uma sorte. Se o Brasil fosse a Inglaterra, Lula já estaria consagrado como o nosso Chamberlain. Sempre que alguém quer guerrear, surge algum pateta tentando ser intermediário da paz. Em 1938, o primeiro-ministro da Inglaterra, Chamberlain, viajou para a Alemanha para negociar olho no olho com Hitler. Depois de alguns encontros, eles assinaram um tratado de paz, pelo qual Hitler se comprometia a ocupar apenas uma parte do território da Checoslováquia. Chamberlain voltou à Inglaterra comemorando a paz. Seis meses mais tarde, Hitler atropelou Chamberlain e ocupou o resto da Checoslováquia. Em seguida, ocupou a Europa inteira.

Se Lula é o Chamberlain de Macaé, Mahmoud Ahmadinejad só pode ser o Hitler de Macaé. Como Hitler, ele mata seus opositores. Como Hitler, ele persegue as minorias. Como Hitler, ele tem um plano para eliminar todos os judeus. Só lhe falta o poder de fogo, porque um Macaé, felizmente, é sempre um Macaé. O papel de Lula é esse: dar-lhe algum tempo para que ele possa obter uma arma nuclear. Na semana passada, um articulista do Washington Post chamou Lula de “idiota útil” de Mahmoud Ahmadinejad. O articulista está certo. Mas há outros “idiotas úteis”, além de Lula. O G15, reunido neste domingo no baile funk iraniano, conta também com a Venezuela, de Hugo Chávez, com o Zimbábue, de Robert Mugabe, e com a Indonésia, de Susilo Bambang Yudhoyono, eleito pela Time, em 2009, uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. Time é uma espécie de VEJA de Macaé.

O apoio ao programa nuclear iraniano é o maior erro que o Brasil já cometeu na área internacional. Só a vaidade de Lula ganha com isso. Ao desafiar os Estados Unidos e a Europa, tornando-se cúmplice de Mahmoud Ahmadinejad, ele pode sentir-se um tantinho maior do que realmente é. Trata-se da síndrome de Macaé. Mas alguém tem de dizer a Lula que seu tempo já se esgotou. Ele representa o passado. A esta altura, sua autoridade é meramente protocolar. Um novo presidente será eleito daqui a cinco meses. Só ele poderá decidir sobre assuntos estratégicos. Em vez de atuar como um quinta-colunista da bomba nuclear iraniana, Lula deveria pensar apenas em esvaziar as gavetas de seu gabinete. Acabou, Lula. Chega. Fim. Xô.

domingo, 16 de maio de 2010

ALÉM DO ESTREITO DE TERMÓPILAS


Lula chegou a Teerã com uma delegação de dar inveja ao "trem da alegria" de Sarney nos anos 80. Nada menos que 300 pessoas acompanharam Lula para além do estreito de Termópilas, por muito menos que isso, Sarney foi criticado durante seu governo, por ter ido à Europa com 100 acompanhantes. Mas de Lula, a imprensa não fala nada, porque será?

O primeiro comunicado oficial do governo iraniano sobre a visita de Lula omitiu qualquer informação sobre energia nuclear, assunto sobre o qual o mundo está atento.

Mas como sempre, não dão o braço a torcer, aparece aquele membro da delegação que pedindo sigilo, sopra aos jornalistas, informações tão otimistas quanto vazias de forma e conteúdo. "O presidente continua otimista em relação às discussões," "As negociações estão progredindo para uma solução, teremos de esperar até segunda-feira antes de fazer um balanço da mediação brasileira entre as autoridades iranianas e as grandes potências", fala a fonte sigilosa e já pedindo prazo para sabermos o resultado da conversa "olho no olho" com Ahmadinejad.

Se tiver sucesso, tudo será anunciado com ribombar de tambores e aleluias e se for um fracasso, não será admitido como tal e dirão que "pelo menos Lula não foi omisso". Omisso por que? Quem pediu para ele se meter nisso?

sábado, 15 de maio de 2010

ALOPRADOS DO PSDB


No dia 13 de maio o PT apresentou um programa na televisão brasileira que deveria por lei se restringir às linhas programáticas do partido, mas não foi isso que aconteceu.
Assistimos ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva e dois ministros, Haddad, da Educação e Paulo Bernardo, do Planejamento, fazendo propaganda escancarada da candidata do PT à presidencia, Dilma Rousseff. Além disso o programa atacou o candidato Serra da oposição, ferindo o princípio da igualdade.

Segundo a Lei Complementar 64, isso pode configurar abuso do poder político com uso dos meios de comunicação, o que daria uma pena de 3 anos de inelegibilidade para o presidente Lula e seus dois ministros bem como à candidata Dilma como beneficiária das ações dos outros 3 agentes.
Muitos protestos surgiram na sociedade, principalmente nas redes de relacionamento da internet, todos na expectativa de que a oposição entrasse com representação contra o presidente, ministros e candidata oficial.

Estamos terminando a semana, ainda sem nenhuma reação da oposição e ainda com a notícia que embora os advogados do PSDB insistam numa ação contra o PT, alguém decidiu que devem fazer um programa igual ao do PT, promovendo Serra, o que seria feito próximamente no horário reservado ao DEM.

Essa notícia deixa estupefatos os eleitores de Serra que demandam por uma ação contra o PT, Lula e seus aliados. A possibilidade de se igualarem aos desrespeitadores da lei, causa nojo àqueles que sonham com uma mudança de atitude na política brasileira.

Hoje sabemos quem é o bandido e quem é o mocinho dessa eleição, mas se isso se configurar, vai ficar difícil saber quem é o bandido.

José Serra é um cidadão preparado para ser presidente, hoje no Brasil não há ninguém mais preparado do que ele e além do mais, o Brasil está necessitando de um presidente com o perfil dele. Mas, ele não precisa desses expedientes de propaganda e mais, tomara que o bom senso de Serra o livre dessa aspirações dos "aloprados" do PSDB, caso contrário, se tornará um igual à Dilma.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

REPRESENTAÇÃO PODE TORNAR DILMA INELEGÍVEL


Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avaliam que passou dos limites aceitáveis a propaganda em prol da candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff. De acordo com eles, o ápice do desrespeito às regras ocorreu na noite de quinta-feira, quando foi transmitido em rede nacional de rádio e de televisão o programa partidário do PT.

Devido ao que ministros consideram um comportamento reincidente do partido, ganha força no TSE, segundo apurou o Estado com ministros do TSE, a tese de que poderá ter sucesso no tribunal uma eventual representação da oposição acusando Dilma de abuso de poder político e uso dos meios de comunicação em prol da candidatura ao Planalto.

Previsto na lei complementar 64, esse tipo de representação pode levar à inelegibilidade do político e de quem o ajudou na prática dos atos irregulares além da cassação do registro do candidato que foi beneficiado pelo abuso de poder.

Ministros do TSE entendem que há espaço para os partidos de oposição questionarem nos próximos dias a propaganda de quinta-feira, pedindo que Dilma e o PT sejam punidos com multa. E, de acordo com a expectativa deles, se isso ocorrer, o tribunal deverá determinar uma punição ao partido e à candidata, a exemplo do que ocorreu na quinta.

"Há na propaganda elogios à representada (Dilma) na qualidade de líder e administradora. O programa desbordou dos limites legais, ganhando nítidos contornos eleitorais. Nem acho que a propaganda foi dissimulada", afirmou o ministro Aldir Passarinho.

QUANTO VALE A PREVISÃO DE LULA


Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esbanjou otimismo, o presidente russo, Dmitry Medvedev, demonstrou nesta sexta-feira certo ceticismo em relação à possibilidade de o Irã fechar um acordo com a ONU sobre seu programa nuclear.

Medvedev destacou que, apesar de se tratar de uma difícil missão, deseja que a visita de Lula termine com sucesso. Ele alertou, no entanto, que essa pode ser a última chance para o Irã evitar a imposição de novas sanções por causa do seu programa nuclear.

"Realmente espero que a missão do presidente brasileiro termine em um sucesso. É, talvez, a última chance", disse Medvedev em entrevista coletiva conjunta com Lula em Moscou, pedindo ainda que os líderes iranianos escutem as propostas de Lula.

Perguntado qual seria a probabilidade de sucesso, Medvedev disse 30 por cento. Dizendo que o colega não estava otimista, Lula rebateu.

"Eu daria 99%", afirmou o presidente brasileiro.

"Vou tentar utilizar tudo o que eu aprendi em política nesses 30 anos para convencer o meu amigo Ahmadinejad a fazer o acordo que a agência propõe e que todo mundo quer que seja feito", disse Lula.

O amigo de Lula, disse que as sanções da ONU não valem um centavo, quanto será que ele dá para a previsão de Lula?

"LULA DESAFIA POLÍTICA EXTERNA AMERICANA"


Ás vésperas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à capital iraniana, Teerã, a viagem se tornou o foco de "esforços diplomáticos intensos, em meio à esperança brasileira de encontrar um meio termo na disputa e temores americanos de que ele (Lula) possa complicar os esforços para chegar a uma resolução estabelecendo sanções nas Nações Unidas".

"As autoridades americanas reconhecem que a tentativa brasileira de seguir um caminho diplomático próprio – assim como esforços parecidos de outras 'potências emergentes', como a Turquia – são um novo desafio para a política externa americana", diz o Financial Times.

O embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon(foto), disse que "à medida que o Brasil se torna mais afirmativo globalmente e começa a afirmar sua influência, vamos trombar com o Brasil em novos temas – como o Irã, o Oriente Médio, o Haiti".

Shannon disse que, embora "positiva de uma maneira geral", esta postura brasileira "está nos desafiando porque significa que temos de repensar a forma como entendemos nosso relacionamento".

Lula agora só tem um caminho, conseguir fazer o Irã aceitar as condições americanas, qualquer outro resultado será taxado de fracasso dele e se daí resultar uma crise, ela será creditada a Lula. Um risco desnecessário que Lula resolveu assumir para si.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

TURQUIA PULA FORA


A Turquia ainda não tomou uma decisão sobre uma eventual visita do primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan, a Teerã para tentar desbloquear, ao lado do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, a questão nuclear iraniana, informou o chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu. O país teme um desgaste político caso o encontro não resulte em acordo sobre o polêmico programa nuclear iraniano.

A decisão de Ancara dependerá do resultado dos contatos com autoridades iranianas e ocidentais, incluindo uma conversa telefônica prevista com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, destacou Davutoglu.

"O tema não é apenas ter uma reunião de três partes. Se acontecer uma reunião, queremos obter resultados", declarou.

No próximo fim de semana, o líder brasileiro vai ao Irã para uma visita que deve ser dominada pela polêmica sobre o programa atômico iraniano.

A Turquia já deixou Lula sózinho, eu não sei, mas estou sentindo cheiro de líder sul-americano queimado!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

DEBRUÇAR SOBRE A FICHA LIMPA


O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), sinalizou na tarde desta quarta-feira, 12, que não se esforçará para dar celeridade à votação do projeto Ficha Limpa, proposta para barra a candidatura de políticos condenados pela Justiça. O votação da proposta foi concluída ontem à noite pela Câmara dos Deputados e, a partir de agora, será analisada pelo Senado, antes de seguir para sanção presidencial.

O líder afirmou ainda que pretende "se debruçar" sobre o projeto e, se preciso, apresentar emendas que o alterem. Caso essas emendas sejam aprovadas, o projeto precisaria ser aprovado pelo Senado e depois voltar para uma segunda rodada de votação na Câmara dos Deputados, atrasando, assim, a possível sanção do texto pelo presidente Lula. "Nós vamos votar com tranquilidade. Eu vou me debruçar sobre o projeto e posso propor emendas", completou.

Jucá ainda vetou, de antemão, a possibilidade de um acordo de líderes para dar caráter de urgência ao Projeto Ficha Limpa, como defende alguns senadores. A urgência seria necessária, uma vez que os quatro projetos que tratam do marco regulatório do pré-sal (matéria prioritária para o governo neste momento) têm prioridade na fila de votação.

Mas, porque será que o senador Romero Jucá demonstra tão pouca boa vontade com o projeto Ficha Limpa?

BOLIVIANOS FALAM DE LULA


El gran hipócrita soltó la lengua

11/05/2010

En una entrevista concedida a El País de España, Lula da Silva reveló algunas de sus maniobras políticas que le hicieron exitoso.

Como primera revelación, dijo que apuntaló el capitalismo para poder encaminarse al socialismo. ¡Gran novedad! Cómo si nadie se hubiese dado cuenta. Primero hizo que el ciudadano invierta en el país, y en la próxima etapa le robará su dinero. Esa es la fórmula progresista.

Le faltó decencia para admitirlo durante estos ocho años en que se crearon más de 14 millones de empleos, de los que se adjudicó su autoría, sólo por dejar trabajar a la gente sin inmiscuirse en sus negocios.

La progresía descubrió que la libertad económica es la generadora de riqueza. Sin embargo no puede aceptar que siendo el capitalismo el sistema perfecto para el desarrollo, éste se mantenga intocable. La ambición de dominio totalitario que tienen los socialistas, hace que una vez que se generó superávit, haya que quitárselo a quienes lo produjeron, o al estado, para avivar sus subsidios populistas.

Aclaró que su relación con la Iglesia y los curas promulgadores de la Teología de la Liberación fueron su base de apoyo para llegar a las masas.

Da Silva, el comunista, ateo, marxista, usó de los prelados para obtener popularidad. Para ser falso, oportunista y sinvergüenza, no hay como el manoseo político de la palabra divina.

Dijo que trata a todas las religiones con respeto porque Brasil es un país laico. Su cada vez más estrecha relación con los fanáticos musulmanes, seguramente es parte de su respeto sin preferencias.

Manifestó que como presidente es un ciudadano “multi-ideológico”, que se lleva bien con izquierdas y derechas por conveniencia.

Ahora que se va del gobierno, soltó la lengua y admitió que su juego fue por conveniencia. ¿Decidió mostrar franqueza o fue un acto fallido?

Entre sus declaraciones afirmó: "Gane el que gane, nadie hará ningún disparate; el pueblo quiere seguir caminando y no volver atrás. Pero déjeme decirle que yo no veo la posibilidad de que perdamos las elecciones".

¿Caminando hacia dónde señor Lula, hacia el capitalismo que sostuvo por conveniencia, o hacia el socialismo que le daría poder absoluto a su partido y su ministra?

Si dice que el PT no puede perder en las elecciones, es porque el fraude y las coimas vienen en camino. No dijo que su partido va a ganar, que serían las palabras lógicas de un presidente saliente con tamaña popularidad. Sabe que el Brasil desconfía de Rousseff, la elección de la candidata fue equivocada, pero es muy tarde para cambiar de yegua.

En la más comprometedora de sus respuestas, dijo: "Necesitamos unas Fuerzas Armadas adecuadas para garantizar la seguridad del pueblo, mantener una política de defensa respetable. No queremos invadir ningún país, pero tampoco que nos invadan a nosotros"

¿Quién lo va a invadir señor Lula? ¿Bolivia, Uruguay? ¡Ojo con Paraguay y Guyana! ¿Qué gran complot o gran mentira, entre todas las que tejió durante estos años, se encuentra detrás de semejante argumento? ¿Cuál es el programa militar que piensa desarrollar con Irán y Rusia?

Su acercamiento a Medvedev y Ahmadinejad, son las alianzas más oscuras que se están gestando en Sudamérica, sin que absolutamente nadie haya dicho una sola palabra en ningún lugar del mundo.

Un Brasil socialista es un peligro mortal para América del Sur. Pero el riesgo no es sólo para sus vecinos, sino para los brasileros, que invirtieron todo en su país, confiados en el “capitalismo temporal” que sustentó el hipócrita Lula da Silva.

www.josebrechner.com