domingo, 11 de dezembro de 2011

CEIA DE NATAL SAUDÁVEL


Enganam-se os que pensam que a fartura comum às mesas de fim de ano envolve apenas ingredientes calóricos, gordurosos, cremosos ou doces demais. Quem garante é Isabel Correia, cirugiã geral, professora da Escola de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora em nutrição clínica. Além dessas credenciais, a angolana radicada no Brasil há 35 anos também é uma especialista na arte da boa mesa, com direito a diploma de pós-graduação na Cordon Bleu de Paris, uma das mais conceituadas escolas de gastronomia do mundo. A partir da especialização, tornou-se chef da Bulles, champanharia e bistrô recém-inaugurado em anexo à Maison Patachou, no Bairro Funcionários. Nos intervalo da rotina médica, ela cria o cardápio e comanda a cozinha da casa, que serve duas opções de almoço executivo de segunda a sexta-feira e petiscos no happy hour, sempre com foco na gastronomia saudável.

Fiel ao seu estilo, Isabel sugere um conceito diferente para a ceia de Natal, que pode e deve ser rica, mas também nutritiva e balanceada. Dicas são o uso de ingredientes coloridos e in natura, além da mistura de matérias-primas tradicionais da época, como frutas secas, com produtos made in Brasil: maracujá, abacaxi e banana, entre outros.

O resultado é um banquete vistoso, mas que também de fácil digestão e com pitadas de bem-estar. “Os ingredientes usados nas receitas são ricos em fibras (frutas), cálcio (queijo de minas) e minerais (nozes)”, explica. “Também é boa ideia servir farofa de maracujá no lugar do arroz, o que diminui o consumo de carboidrato em um período no qual a comilança é geral.”

Cirurgia e nutrição

A união de duas profissões tão distintas ocorreu naturalmente na vida de Isabel. A paixão pela gastronomia vem da infância, da curiosidade em torno dos preparos feitos na cozinha da família. Mais tarde, aprendeu técnicas na lida, a partir da necessidade de preparar a própria refeição. Já à medicina ela chegou por força do destino. “Viemos para o Brasil fugidos da guerra civil de Angola. Queria mesmo ser diplomata, mas não consegui, por ter ficado um tempo sem pátria. Não era naturalizada brasileira e não queria me transferir para Portugal, devido à situação política da época”, lembra.

Já formada e ambientada na carreira médica, Isabel começou a pesquisar sobre nutrição clínica. Defendeu mestrado e doutorado e sua tese acabou transformando a realidade de todos os pacientes do país no quesito terapia nutricional. “Conduzi o maior estudo de desnutrição clínica do mundo e, a partir dele, o Brasil normatizou a nutrição hospitalar.” A opção pelo curso de pós-graduação altos estudos do gosto, da gastronomia e das artes da mesa na Cordon Bleu surgiu como um hobby. “Mandei meu currículo, mesmo sem estar diretamente ligada à área, e fui aceita. Mais tarde, soube que me admitiram por eu ser professora, na expectativa de receber o aval de uma pesquisadora, de uma cientista.”

Difundida a tese, Isabel passou a ser convidada para participar de congressos internacionais. Com cerca de 60 viagens no currículo, uniu o útil ao agradável, aproveitando a oportunidade para conhecer novos ingredientes e sabores e praticar seu lado voyeur em cozinhas do mundo todo.

De um reencontro com a amiga Sandra Pires, proprietária da grife mineira Patachou, surgiu a ideia da sociedade para montar a Bulles. A casa funciona há cerca de um mês em um anexo da maison da Rua Maranhão, no Bairro Funcionários, com capacidade para 24 pessoas. O cardápio, sempre focado na gastronomia saudável, varia de acordo com a oferta de ingredientes. “Não posso e nem quero deixar minha rotina como médica, mas há tempos pensava em trabalhar também com gastronomia. Nesse sentido, a novidade veio a calhar”, conta.

Com a oferta de almoço executivo diariamente – duas opções de entrada, prato principal e sobremesa –, a chef e médica define o que entende por culinária saudável: “Uma dieta balanceada. Grosso modo, envolve ingredientes de cores distintas, o que indica variedade, além de produtos o mais in natura possível, característica que conserva os nutrientes de frutas, verduras, legumes”. Outra regra é jamais usar óleo no preparo da refeição e nem incluir frituras: “Os alimentos são cozidos na própria gordura”. Isabel indica ainda o consumo de pelo menos três porções de fontes de fibras, vitaminas e sais minerais diariamente, geralmente em forma de frutas ou sucos. “As fibras presentes nas frutas diminuem a absorção de gordura pelo organismo, o que é ideal principalmente no fim de ano, quando há muita oferta”, diz. E prega o consumo comedido: “Uma grande quantidade de azeite também é calórica”, alfineta.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

RANCHEIROS AMERICANOS, CHORAI!


Hoje foi um dia especialmente desagradável para os fazendeiros norte-americanos, que junto com WWF, Greenpeace e AVAAZ, numa aliança inédita, investiram em Marina Silva para barrar a aprovação do Novo Código Florestal.
Se deram mal! A derrota acachapante no Senado, provou que Marina Silva tem pouca liderança no Brasil e que nossos parlamentares não estão dispostos a abrir mão da soberania nacional para interesses externos ao país.
Diferentes razões provocaram a união de rancheiros norte-americanos com ambientalistas internacionais. Os rancheiros pretendiam minar a produção agrícola brasileira que é sua principal concorrente no mercado internacional. WWF e compania, pretendiam fazer no Brasil, o que não fizeram na Europa e na América do Norte: reserva florestal.
O Brasil tem as maiores reservas florestais do mundo, e paralelamente, a maior produção de alimentos do planeta. Junto com seu modelo energético, baseado na hidrelétricas, produz energia limpa e barata. Isso torna o Brasil, independente do tipo de governo de plantão, a nação mais produtiva e sustentável do mundo! O que causa inveja e temores no mercado internacional, que reage tentando fustigar a escalada brasileira, usando de má fé. A ladainha das ongs internacionais, plantando mentiras na mídia, como as, recém desmentidas, pela revista Veja, no vídeo da ong Gota D'Água, que expuseram atores nacionais ao ridículo, lhes passando informações truncadas e de má fé.
5 milhões de proprietários de terra do Brasil, comemoram hoje o Novo Código Florestal, que trará justiça, paz e liberdade no campo. É incrível, mas até a liberdade, esteve ameaçada na investida desses "ambientalistas" e rancheiros americanos. A liberdade do homem do campo viver e produzir na sua terra, estava sujeita a grilhões de uma lei que o sujeitava, multava e podia até prendê-lo, sem direito à fiança. Um assassino confesso tem direito à fiança, o homem do campo, colocado na ilegalidade por um emaranhado de leis superpostas, não teria esse direito. Agora isso acabou!
As pessoas sugestionadas por essas ongs, e que só acreditam no que elas dizem, deviam começar por mudar seu estilo de vida.
Deviam deixar de viajar para os EUA e a Europa, porque lá estão as duas regiões que mais desmataram no planeta!
Deviam deixar seus trabalhos e desligar seus computadores. Sim, porque trabalhar consome energia elétrica, roupas e requer alimentação, produtos que no Brasil, segundo as ongs, provocam o desmatamento.
Deviam fazer um experimento e ir viver lá no fundo do Xingu, como os antigos índios faziam.
Começar abrindo uma clareira na floresta, plantando mandioca e fazendo farinha. Pescando e caçando, até esgotar a fauna e o peixe do lugar. Mudando-se em seguida, mais para frente, abrindo outra clareira na floresta, plantando, pescando e caçando, de novo até esgotar esses recursos do lugar, mudar de novo, numa espiral indeterminada.
Eu disse "antigos índios", porque os atuais não vivem assim. Mesmo mantendo suas comunidades com a organização tradicional, os índios gostam do conforto da vida moderna, da energia elétrica, da televisão, do computador e do alimento farto e barato oferecido no comércio.
É importante a analogia de como viviam os antigos índios, no seu nomadismo predatório, onde usavam os recursos naturais até seu completo esgotamento e a moderna agricultura, onde as técnicas de produção, em constante mutação, conseguem fazer uma mesma área produzir cada vez mais, conservando o solo e a água. As pesquisas na área de piscicultura, trouxeram de volta com abundancia, peixes como o dourado de água doce e o pintado real. Pode-se dizer hoje, com toda segurança, que nenhum peixe brasileiro será ameaçado de extinção.
Voltar à idade da pedra não é a solução!
O Brasil vai dar lições ao mundo e a quem mais quiser aprender, de como abastecer esse planeta de comida farta, a preço bom e ainda ser o maior contribuinte da conservação da Mãe Terra!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O ROMÁRIO É O MAIS CRAQUE DOS EX-CRAQUES


O Baixinho, cracaço de bola, tem muitos defeitos, como todos nós, mas vem surpreendendo com sua postura diante da realização dessa Copa 2014. Como deputado federal tem se mostrado alerta diante da possível e monstruosa roubalheira que acontecerá.
Pelé, foi o maior craque e é um excelente ser humano. Mas é ingênuo e manipulável, políticamente.
Ronaldo Fenômeno Gordo, grande goleador, virou um predador capitalista. Diz que a Copa se faz com estádios e não com hospitais e ainda que a Copa não é do governo, nem da CBF e nem da FIFA, é do povo! Então, manda abrir os portões e proiba o povo de adoecer! Na sua entrevista, podia-se ver o reluzir de cifrões nos seus olhos.
Romário aprontou muita bobagem, mas pagou e vem pagando por todos os seus erros. Se é verdade que Deus o chamou e disse que era o Cara, Deus também lhe deu carga para carregar e ele vem se portando decentemente, liderando movimentos pró-autistas.
Siga em frente, Peixe, não faça como o Gordo!

Romário responde:

- Você foi recebido com preconceito em Brasília?

Olha, vou ser claro para quem ler entender como as coisas são. Há o burro, aquele que não entende o que acontece ao redor. E há o ignorante, que não teve tempo de aprender. Não houve preconceito comigo porque não sou nem uma coisa nem outra. Mesmo tendo a rotina de um grande jogador que fui, nunca deixei de me informar, estudar. Vim de uma família muito humilde. Nasci na favela. Meu pai, que está no céu, e minha mãe ralaram para me dar além de comida, educação. Consciência das coisas... Não só joguei futebol. Frequentei dois anos de faculdade de Educação Física. E dois de moda. Sim, moda. Sempre gostei de roupa, de me vestir bem. Queria entender como as roupas eram feitas. Mas isso é o de menos. O que importa é que esta sede de conhecimento me deu preparo para ser uma pessoa consciente... Preparada para a vida. E insisto em uma tese em Brasília, com os outros deputados. O Brasil só vai deixar de ser um país tão atrasado quando a educação for valorizada. O professor é uma das classes que menos ganha e é a mais importante. O Brasil cria gerações de pessoas ignorantes porque não valoriza a Educação. E seus professores. Não há interesse de que a população brasileira deixe de ser ignorante. Há quem se beneficie disso. As pessoas que comandam o País precisam passar a enxergar isso. A Saúde é importante? Lógico que é. Mas a Educação de um povo é muito mais.

- Essa ignorância ajuda a corrupção? Por exemplo, que legado deixou o Pan do Rio?

Você não tenha dúvidas que a ignorância é parceira da corrupção. Os gastos previstos para o Pan do Rio eram de, no máximo, R$ 400 milhões. Foram gastos R$ 3,5 bilhões. Vou dar um testemunho que nunca dei. Comprei alguns apartamentos na Vila Panamericana do Rio como investimento. A melhor coisa que fiz foi vender esses apartamentos rapidamente. Sabe por quê? A Vila do Pan foi construída em cima de um pântano. Está afundando. O Velódromo caríssimo está abandonado. Assim como o Complexo Aquático Maria Lenk... É um escândalo! Uma vergonha! Todos fingem não enxergar. Alguém ganhou muito dinheiro com o Panamericano do Rio. A ignorância da população é que deixa essa gente safada sossegada. Sabe que ninguém vai cobrar nada das autoridades. A população não sabe da força que tem. Por isso que defendo os professores. Não temos base cultural nem para entender o que acontece ao nosso lado. E muito menos para perceber a força que temos. Para que gente poderosa vai querer a população consciente? O Pan do Rio custou quatro vezes mais do que este do México. Não deixou legado algum e ninguém abre a boca para reclamar.

- Se o Pan foi assim, a Copa do Mundo no Brasil será uma festa para os corruptos...

Vou te dar um dado assustador. A presidente Dilma havia afirmado quando assumiu que a Copa custaria R$ 42 bilhões. Já está em R$ 72 bilhões. E ninguém sabe onde os gastos vão parar. Ningúem. Com exceção de São Paulo, Rio, Minas, Rio Grande do Sul e olhe lá...Pernambuco... Todas as outras sete arenas não terão o uso constante. E não havia nem a necessidade de serem construídas. Eu vi onze das doze... Estive em onze sedes da Copa e posso afirmar sem medo. Tem muita coisa errada. E de propósito para beneficiar poucas pessoas. Por que o Brasil teve de fazer 12 sedes e não oito como sempre acontecia nos outros países? Basta pensar. Quem se beneficia com tantas arenas construídas que servirão apenas para três jogos da Copa? É revoltante. Não há a mínima coerência na ! organização da Copa no Brasil.

- São Paulo acaba de ser confirmado como a sede da abertura da Copa. Você concorda?

Como posso concordar? Colocaram lá três tijolinhos em Itaquera e pronto... E a sede da abertura é lá. Quem pode garantir que o estádio ficará pronto a tempo? Não é por ser São Paulo, mas eu não concordaria com essa situação em lugar nenhum do País. Quando as pessoas poderosas querem é assim que funcionam as coisas no Brasil. No Maracanã também vão gastar uma fortuna, mais de um bilhão. E ninguém tem certeza dos gastos. Nem terá. Prometem, falam, garantem mas não há transparência. Minha luta é para que as obras não fiquem atrasadas de propósito. E depois aceleradas com gastos que ninguém controla.

- O que você acha de um estádio de mais de R$ 1 bilhão construído com recursos públicos. E entregue para um clube particular.

Você está falando do estádio do Corinthians, não é? Não vou concordar nunca. Os incentivos públicos para um estádio particular são imorais. Seja de que clube for. De que cidade for. Não há meio de uma população consciente aceitar. Não deveria haver conversa de politico que convencesse a todos a aceitar. Por isso repito que falta compreensão à população do que está acontecendo no Brasil para a Copa.

- A Fifa vai fazer o que quer com o Brasil?

Infelizmente, tudo indica que sim. Vai lucrar de R$ 3 a R$ 4 bilhões e não vai colocar um tostão no Brasil. É revoltante. Deveria dar apenas 10% para ajudar na Educação. Iria fazer um bem absurdo ao Brasil. Mas cadê coragem de cobrar alguma coisa da Fifa. Ela vai colocar o preço mais baixo dos ingressos da Copa a R$ 240,00. Só porque estamos brigando pela manutenção da meia entrada. É uma palhaçada! As classes C, D e E não vão ver a Copa no estádio. O Mundial é para a elite. Não é para o brasileiro comum assistir.

- Ricardo Teixeira tem condições de comandar o processo do Mundial de 2014?

Não tem de saúde. Eu falei há mais de quatro meses que ele não suportaria a pressão. Ser presidente da CBF e do Comitê Organizador Local é demais para qualquer um. Ainda mais com a idade que ele tem. Não deu outra. Caiu no hospital. E ainda diz que vai levar esse processo até o final. Eu acho um absurdo.

- Muito além da saúde de Ricardo Teixeira. Você acha que pelas várias denúncias, investigações da Polícia Federal... Ele tem condições morais de comandar a organização Copa no Brasil?

Não. O Ricardo Teixeira não tem condições morais de organizar a Copa. Não até provar que é inocente. Que não tem cabimento nenhuma das denúncias. Até lá, não tem condições morais de estar no comando de todo o processo. Muito menos do futebol brasileiro...

Entrevista concedida ao repórter Cosme Rímoli.