sexta-feira, 30 de abril de 2010

IRRITAÇÃO COM JORNALISTAS


A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, se irritou com a presença de uma equipe de jornalistas durante gravação de programa partidário na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O incidente aconteceu na última terça-feira (27), em assentamento rural chamado Pastorinhas, na cidade de Brumadinho.

Com a agenda anunciada como vazia, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, bem que gostaria de ter passado o dia escondida na terça-feira. Mas não conseguiu. A reportagem do Estado de Minas flagrou a escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar as eleições de outubro para o Palácio do Planalto em um assentamento de trabalhadores rurais, chamado Pastorinhas, em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. O quê Dilma tentou esconder a sete chaves? A gravação de parte de um programa de televisão do PT que vai ao ar em 13 de maio.

A locação escolhida foi estratégica. A casa da lavradora Ieda Maria Oliveira Rocha, que pertence a uma das 20 famílias que vivem no assentamento, participante de dois programas do governo federal. O Luz para Todos, que fornece energia a população rural de baixa renda, e o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, que compra a produção de lavradores carentes.

Em um cenário montado dentro da casa da agricultora, como tijolos à vista e parte do esgoto correndo a céu aberto, a pré-candidata atuou como uma espécie de entrevistadora. Em uma das perguntas, Dilma quis saber como era realizado o escoamento da produção local. A comunidade utiliza um caminhão, que tem custos divididos entre os trabalhadores assentados.

Mas a ministra também foi questionada, talvez fora do script. A lavradora perguntou se o governo federal tinha algum programa para compensar reservas de mata nativa conservadas por trabalhadores rurais. Dos 156 hectares do assentamento, 142 são de Mata Atlântica e, portanto, não podem ser desmatados. Dilma respondeu que sim, mas não soube dizer o nome do programa. “Vou procurar saber e peço para lhe informar”, disse.

Dilma passou cerca de 40 minutos no assentamento, entre 16h50 e 17h30. Extremamente irritada com a presença da reportagem, não quis falar ao chegar nem quando deixou o local. O mau humor contaminou toda a produção do programa, que evitou passar qualquer informação para o repórter, e também aos moradores do assentamento. “Como vocês entraram aqui?”, perguntaram os agricultores, enquanto cercavam a equipe do Estado de Minas. Ao final, impediram por cerca de cinco minutos que o carro do jornal deixassem o local. Na estrada para o terreno, não existe sequer uma porteira. O acesso é livre, até porque, é muito utilizado por clientes que vão até o assentamento comprar verduras e hortaliças.

NÃO É BEM ISSO!


A revista "Time" negou no início da tarde desta quinta-feira (29) que tivesse colocado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o primeiro em uma lista de líderes mais influentes do mundo.

O UOL e outros sites noticiosos brasileiros e internacionais divulgaram a informação que Lula havia sido escolhido o líder mais influente do mundo. A redação do UOL Notícias entrou em contato com o departamento de Relações Públicas da revista "Time", que negou que a lista numerada era um ranking. Segundo a assessoria, "a Time não faz distinção no nível de influência das 100 pessoas que aparecem na lista."

Após os questionamentos do UOL, o site da "Time" retirou os números na lista de líderes mais influentes do mundo.

Mas, os petistas aproveitaram a confusão para divulgar a falsa informação que Lula teria sido escolhido "o líder mais influente do mundo", quando na verdade ele foi incluído numa lista de líderes influentes e não é o mais influente, claro!

Na lista está Barack Obama, será que alguém em sã consciencia dirá que Lula é mais influente que Obama?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

SERRA NO TRIANGULO MINEIRO


Uberlândia (MG) — A troca de afagos entre o pré-candidato à Presidência José Serra e o ex-governador mineiro Aécio Neves deixa claro que o PSDB não quer correr o risco de perder a disputa no segundo colégio eleitoral do país. Durante a passagem do presidenciável pela região mais paulista de Minas, os dois não se descolaram. Logo que Aécio chegou na cidade, 15 minutos depois de Serra, os ex-governadores foram para uma sala ainda no aeroporto e tiveram uma conversa reservada de cinco minutos. Aécio prometeu reforçar a campanha do ex-governador paulista no estado e no país. Garantiu que vai viajar com o pré-candidato depois de uns dias de “férias”. A agenda ainda não está fechada.

“A força da sua juventude será fundamental para a nossa caminhada”, disse Serra. Ele elogiou também o talento do mineiro para escolher a equipe de trabalho, agradando, por tabela, o atual governador Antônio Anastasia, que era vice do tucano. O paulista ainda brincou do “conceito” de Aécio com as mulheres. “Muitas me pediram para dizer a ele que tirasse a barba”. Serra não pediu, mas o ex-governador mineiro apareceu de visual novo: sem barba, bronzeado e com os cabelos mais claros.

Desde que prometeu entrar de cabeça na campanha de Serra e viajar por Minas, esta é a primeira vez que o ex-governador mineiro colocou mesmo pé na estrada. O apoio do mineiro é essencial para a campanha do partido. Segundo aliados, Aécio deve ser o fiel da balança na região.

José Serra, disse ontem, que, caso seja eleito, fará a transposição do gasoduto da Petrobras de São Carlos (SP) até Uberlândia e que tornará internacional o aeroporto uberlandense. “Trata-se de anúncio. Não se trata de promessa. A região do Triângulo Mineiro, com o mínimo de apoio, pode decolar como um foguete”, afirmou o ex-governador de São Paulo. “O aeroporto de Uberlândia precisa ser internacional, porque a cidade é o maior centro atacadista do país.”

quarta-feira, 28 de abril de 2010

"SERRA É UM BAITA QUADRO": DUDA MENDONÇA


O publicitário Duda Mendonça afirmou nesta terça-feira à noite que a campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, erra na forma que tenta apresentá-la ao eleitor. "Não adianta desvirtuar a Dilma. Tem que deixar a Dilma ser como ela é. As pessoas vão entender como ela é ou não. Pegá-la e fazer outra pessoa...Vai ficar numa vestimenta que não é confortável, vai ficar escorregando volta e meia", disse Duda.

Mostrar a Dilma como ela é não anima o PT e pode assustar até os eleitores mais corajosos. Fazê-la uma Norma Benguell também não colou, tá dificil!

"Se não fosse o Lula, seria a vez do Serra. Serra é um baita de um quadro, puta governador. Se não fosse o Lula, era a vez dele."

Duda acha que a eleição vai ser decidida em Minas Gerais, o que é bom para Serra que tem do seu lado o maior cabo eleitoral mineiro, Aécio Neves.

terça-feira, 27 de abril de 2010

DILMA É NORMA BENGUELL?


Depois dos diplomas falsos de Dilma, o PT tenta emplacar uma biografia falsa da candidata.

Trata-se de uma montagem com supostas três imagens de Dilma: quando criança, numa passeata contra a ditadura e nos dias atuais. Só tem um problema, a da passeata não é Dilma!

A personagem apresentada como Dilma Rousseff é, na verdade, a atriz Normal Bengel, participando da chamada Passeata dos Cem Mil, realizada no Rio, no dia 26 de junho de 1968. Da esquerda para a direita, aparecem na fila as atrizes Tonia Carrero, Eva Wilma, Odette Lara, Norma Bengel e Ruth Escobar.

Pegos na tramóia, os petistas ainda se justificaram dizendo que houve interpretação errada da foto. Como sempre não assumem seus erros e ainda jogam a culpa nos outros.

O episódio é vexaminoso para Dilma, PT e sua campanha. O que pensam? Que somos todos idiotas? Depois de um fato desses fica claro que os idiotas não somos nós!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

REVOLUÇÃO CIENTÍFICA DE DILMA


A candidata dp PT à presidencia da República assombrou a comunidade científica com algumas declarações. Veja abaixo e tire suas conclusões.

Dilma Rousseff, comemorou ontem o fato de os aeroportos brasileiros não terem sido fechados por causa da imensa nuvem vulcânica que paralisou a Europa.
“É mais um exemplo de sucesso do PAC”, disse a ex-ministra. Dilma não quis dar detalhes de como obras no Brasil poderiam ter evitado que cinzas espalhadas no norte da Europa chegassem ao nosso país.

Segundo ela, em breve será divulgado o relatório de “um companheiro da CUT que solta pipa desde rapazote e é uma das pessoas que mais entendem de vento que eu conheço”.

“Também diziam que não era possível desviar as águas do São Francisco, e nós fomos lá e fizemos. Agora duvidam que somos capazes de desviar o vento! A oposição ainda não se livrou do velho complexo de vira-latas!”

“Desafio qualquer brasileiro a ir até um aeroporto e não conseguir embarcar para Bacabal ou Teófilo Otoni por causa do vulcão na Islândia”, disse a petista, deixando claro que hoje mesmo teria um voo para Salvador e não estava nem um pouco preocupada, “ao contrário do Sarkozy que não pode nem ir à esquina, muito menos àquele enterro na Polônia. Pergunta se lá tem PAC.”

Para fechar a conta sugeriu que o Brasil não tem terremotos porque:
“Não quero sugerir nada, mas seria interessante que as pessoas refletissem um pouco se as sondas do pré-sal que fixamos no fundo do oceano servem apenas para achar petróleo.”

domingo, 25 de abril de 2010

EFEITO CIRO


A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff fará correção de rota na campanha. Depois da crise provocada pelo deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), que saiu da disputa escancarando a mágoa com o governo, a orientação é para que Dilma evite lugares onde a base aliada estiver dividida. A insatisfação com o comando da campanha petista chegou a ser exposta com todas as letras em reunião da Executiva Nacional do PT, na terça-feira. Àquela altura, porém, a cúpula do partido não esperava o destempero verbal de Ciro.

Dilma iria a Goiânia nesta semana, mas a viagem caiu antes de ser confirmada por causa da divisão dos partidos que apoiam sua candidatura. De um lado está o PMDB de Iris Rezende, candidato ao governo. De outro, o PR de Vanderlan Cardoso, que postula a mesma vaga.

O PT tem medo da Dilma aprontar outra confusão como a que aprontou em Minas Gerais e originou o exótico termo Dilmasia, uma aliança dela com Anastasia do PSDB em detrimento dos seus aliados.

Em São Paulo, Mercadante lançou sua campanha ao governo do estado e o fato que chamou mais atenção foi a ausencia de Lula. Lá também reina a confusão de slogans, põe slogan tira slogan. Começou com "São Paulo a favor do Brasil", mas acharam que parecia que o estado estava contra o país e cancelaram. Tentaram "Em são Paulo muito mais é possível", acharam que lembrava o Serra, cancelaram também. Ainda não tem slogan.

Ciro Gomes nocauteou toda a "inteligencia" do PT.

sábado, 24 de abril de 2010

PT CORTA AGULHA COM CIRO


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou responder às críticas de seu ex-ministro, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE). Questionado sobre Ciro quando chegava ao STF (Supremo Tribunal Federal), Lula se limitou responder: "Estou mudo".

Os coordenadores da campanha da pré-candidata Dilma Rousseff também se calaram ante as pesadas criticas de Ciro.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou: "A gente não deve responder ao Ciro, ele tem um jeito próprio. Posso dizer que o apoio dele é importante e continua sendo."

Questionado sobre as declarações do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) - de que o presidente Lula "navega na maionese" - o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, limitou-se a cantarolar a música "gota d´água", de Chico Buarque.

Tudo isso demonstra que Lula, PT e compania estão morrendo de medo de Ciro. E por que?

Será que Ciro sabe muito sobre as maquinações do Planalto e se abrir a boca pode fulminar o projeto de Lula? Ciro avisou que estão sendo preparados dossiês pelo PT para usar contra Serra e nisso já quebrou o impacto de qualquer dossiê que vier por aí.

Lideranças do PSDB endossaram ontem as palavras do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) de que o tucano José Serra é "mais preparado" para assumir a Presidência da República do que a pré-candidata petista Dilma Rousseff. Além de comemorar as farpas de Ciro disparadas a Dilma, os tucanos também se mostraram surpresos com o fato de um aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticá-lo publicamente.

Na opinião dos oposicionistas, Ciro reagiu depois de ser "escanteado" pelo presidente Lula, que optou por fazer de Dilma a sua candidata. "Ele foi cozinhado grosseiramente, depois percebeu que sequer seria candidato a governador de São Paulo. O tratamento que deram a ele não foi leal", disse o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

Uma das coisas que mais magoaram Ciro foi a ida de Zé Dirceu ao Ceará, a mando de Lula, para pressionar o governador Cid Gomes, irmão de Ciro. Dirceu disse a Cid que se Ciro saísse candidato, Lula tiraria todo o apoio do governo federal ao governo do Ceará. No dicionário tem uma palavra adequada para isso, como é mesmo?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

CIRO FORA




Ciro Gomes, deputado federal pelo PSB e até ontem possível candidato à Presidência, disparou ao ver o partido retirar apoio à sua candidatura: "Lula está navegando na maionese".

"Ele está se sentindo o Todo-Poderoso e acha que vai batizar Dilma presidente da República. Pior: ninguém chega para ele e diz 'Presidente, tenha calma'. No primeiro mandato eu cumpria esse papel de conselheiro, a Dilma, que é uma pessoa valorosa, fazia isso, o Márcio Thomaz Bastos fazia isso. Agora ninguém faz", disse.

Ciro diz que "Lula não é Deus". Sua mágoa é com a influência do presidente nas resoluções internas de seu partido. "Estou como a Tereza Batista cansada de guerra. Acompanho o partido. Não vou confrontar o Lula. Não vou confrontar a Dilma."

Para ele, a candidatura de Dilma pode sofrer revezes devido à atuação indevida de radicais no PT. "Sabe os aloprados do PT que tentaram comprar um dossiê contra os tucanos em 2006? Veremos algo assim de novo."

O deputado afirmou que pode deixar a política para viajar ou "virar intelectual" a partir da confirmação, no próximo dia 27, da retirada de sua candidatura.

O Ciro é esse mesmo. Até ontem puxava o saco de Lula, hoje já nem tanto. Foi assim com Fernando Henrique e será com todos que cruzarem seu caminho e não concordarem com ele. Agora vai fazer uma mesmo que fez nas eleições em que foi rejeitado, matricular-se em algum curso de curta duração em alguma Universidade de nome americana e depois ostentar o diploma no currículo. Tem gente que não muda nunca!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

É DILMA, NÃO TEM JEITO!



Pesquisa Ibope/Diário do Comércio, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e realizada entre o dia 13 e 18 de abril, mostra que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, tem vantagem de sete pontos porcentuais sobre a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff (PT).

Serra, ex-governador de São Paulo, tem 36% das intenções de voto, enquanto Dilma, ex-ministra-chefe da Casa Civil, soma 29%. Em terceiro lugar, estão empatados o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) e a senadora Marina Silva (PV-AC), com 8% das intenções de voto cada um. A porcentagem de votos em branco e nulos somou 10%, e os que disseram não saber em quem votarão atingiram 9%.

O último levantamento Ibope, divulgado em 17 de março e encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou o pré-candidato do PSDB a presidente com 35% das intenções, seguido pela pré-candidata do PT com 30%.

A diferença era 5 pontos, agora subiu para 7 pontos a favor de Serra. A tendencia que tanto o IBOPE quanto o DATAFOLHA apontam é o crescimento de Serra e queda da Dilma.

Isso enterra de vez o instituto Sensus e sua pesquisa contra-mão e dá razões a todas as desconfianças com relação a quaisquer pesquisas desse instituto Sensus daqui para frente.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

SERRA NAS MONTANHAS DE MINAS


O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu hoje o mandato presidencial de cinco anos sem reeleição e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também era a favor dessa ideia, mas que mudou de opinião.

Serra disse que levará essa questão para o Congresso, caso seja eleito em outubro. Mas afirmou também que, se os deputados e senadores refutarem o mandato de cinco anos, "paciência".

As declarações do tucano foram dadas em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, onde o ex-governador está em campanha nesta segunda. Sem dizer a época, ele disse que já tinha conversado com Lula sobre o mandato de cinco anos quando indagado sobre as reformas que estão para ser feitas.

"Eu conversei com o Lula, ele estava de acordo, mas depois ele mudou de ideia. Eu espero que ele mude de novo, porque o Lula, mesmo fora do governo, vai ter um peso político muito grande e eu pretendo manter o diálogo com ele. Sem dúvida nenhuma", disse Serra.

O pré-candidato à Presidência disse que "aquele que foi seu antecessor não é inimigo". "Para mim é alguém que ocupou o cargo, que tem experiência e terá coisas para dizer. Nesse sentido, pretendo conversar com ele e com o PT", disse Serra, pregando esse entendimento para as tratar das "causas nacionais".

Um ato grandioso marcará a abertura da pré-campanha, nesta segunda-feira, com a presença de cerca de 300 dos 856 prefeitos de Minas. Tudo estratégia de Aécio para solidificar o apoio de Minas a Serra.

Convencido de que o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "fecharam o cerco" para derrotá-lo, Aécio trabalha nos bastidores com uma meta: alcançar 2 milhões de votos de frente sobre a adversária petista Dilma Rousseff em Minas Gerais Em uma disputa polarizada, que pode ser liquidada no primeiro turno de votação, a vantagem em Minas
pode conferir a Aécio o título de portador da vitória nacional.


domingo, 18 de abril de 2010

"ONCOTÔ, PONCOVÔ?"

Animation2.gifCalma Dilma é só uma pesquisa do Datafolha! rsrsrsrs...
A do Ibope tá vindo aí, no meio da semana que vem!

O título "ONCOTÔ, PONCOVÔ", é uma expressão mineira que quer dizer: "ONDE ESTOU, PARA ONDE VOU?", o texto dará o entendimento do título.

Dilma tal como seu chefe e guru, Lula, está virando um personagem mais de humor do que de política nessa eleição. Incensada por Lula e pelo PT, como uma mulher competente e capaz de assumir a presidencia do país, ela vem desmentindo tudo isso em palavras, atos e omissões.

Dona de um discurso enfadonho, recheado de números, consegue chatear até o público petista, que, coitados, tem a obrigação de ouvi-la. Não raro, se enrola no raciocínio e inverte o que pretendia dizer e frequentemente comete redundancias.

“O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável e isso significa que é uma ameaça para o futuro do nosso planeta e dos nossos países”, disse em Copenhagen.

Em viagem a Minas, gerou controvérsias porque desagradou o candidato a governador do PMDB, Hélio Costa, ao propor a chapa "Dilmasia", uma aliança pirata com o governador tucano Antonio Anastasia, candidato à reeleição. A petista também foi criticada por posar sorrindo ao lado do túmulo do presidente Tancredo Neves, que nunca teve apoio do PT. Seu comentário de que o senador Osmar Dias (PDT) era "tchutchuca" com Lula e "tigrão" com o PT, no Paraná, também foi considerado um desastre. O pedetista considerou uma ofensa à sua masculinidade.

Com ironia, serristas falam em adotar a tática "siga a Dilma". Ou seja, deixar a candidata chegar primeiro aos estados para depois faturar os desgastes de eventuais trombadas com aliados difíceis.

“Esse país está mudando. E Rondônia está mudando mais depressa”. Isso foi dito por Dilma em Roraima, justamente no estado onde Lula perdeu na eleição, a 1.500 km de Rondônia.

Recentemente, durante um discurso, Dilma exaltou o fato de que ela, por ter participado da guerrilha e ser uma ex-presa política, nunca teria fugido à luta e sempre encarou as consequências dos seus atos, em uma óbvia insinuação ao fato de que José Serra por ter buscado a proteção do exílio durante o período da ditadura militar, teria sido covarde. Esqueceu que não foi só Serra que buscou exílio, e ela mesma não teve essa chance porque estava no xadrez.

Vai durar ainda algum tempo até que a oposição se esqueça da mancada de Dilma Rousseff saudando, em discurso na cidade de Governador Valadares, a população de Juiz de Fora. O presente levado à tribuna pelo tucano Marcos Pestana, um GPS para orientar a ministra em suas andanças pelo Estado, foi entregue ao deputado Padre João, líder do PT.

Enfim, a impressão que a candidata passa é mesmo a de necessitar de um gps que não só lhe indique posições geográficas( oncotô, poncovô?), mas que consiga lhe orientar também o discurso.

sábado, 17 de abril de 2010

SERRA NA FRENTE DE DILMA


Duvidei da pesquisa CNT/Sensus que dava empate entre Serra e Dilma, logo depois do lançamento oficial da candidatura Serra, que rendeu ao candidato uma larga divulgação na mídia, o que sinalizava para um crescimento nas pesquisas. Mas aí, veio a pesquisa CNT/Sensus na contra-mão, indicando muito mais uma estratégia política pró-Dilma do que pesquisa verdadeira.
E o desmentido não demorou, através da pesquisa Datafolha, que coerente com os fatos, dá 10 pontos de frente para Serra, com crescimento de 1 ponto em relação à pesquisa anterior.

Pesquisa Datafolha mostra José Serra (PSDB) com 38% das intenções de voto ante 28% de Dilma Rousseff (PT). É a primeira enquete após o lançamento da candidatura tucana, no sábado passado. No fim de março, Serra e Dilma tinham, respectivamente, 36% e 27%.

Pela primeira vez Marina Silva (PV) aparece numericamente na frente de Ciro Gomes (PSB), embora do ponto de vista estatístico ambos estejam empatados.

A pesquisa, registrada sob o número 8.383/2010, foi realizada nos dias 15 e 16 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Editoria de Arte/Folha Imagem

sexta-feira, 16 de abril de 2010

POR ONDE VOU?


Em julho de 2008, a SECOM – Secretaria de Comunicação da Presidência da República, chefiada por Franklin Martins, com status de ministro, contratou por R$ 15 milhões anuais o Grupo CDN, uma das maiores empresas de comunicação do país, para cuidar da imagem do Lula exterior, embora no contrato reze que a imagem a ser cuidada deveria ser do Brasil.

Associada à Fleishman-Hillard, outra gigante das relações públicas internacionais, com mais de 80 escritórios no mundo, a empresa contratou:

7 (sete) jornalistas sênior, com salários mensais na casa dos R$ 20 mil, fluentes em inglês, espanhol e francês.

Finalidade:

1º – Criar a marca “LULA ESTADISTA”;

2º- Colocar a marca “LULA ESTADISTA” em destaque na mídia mundial.

Segundo opinião de especialista em marketing, não se sabe da existência de outro estadista no mundo a contar com tal estrutura, por esse motivo, os gastos não param por ai.

Uma das incumbências da empresa contratada consiste em convidar jornalistas de renomados jornais mundo a fora a visitarem o Brasil.

Aos jornalistas convidados, o pacote de agrados incluía, até onde se sabe, de passagem aéreas gratuitas à hospedagem 5 estrelas, de bons restaurantes a locomoções dentro do Brasil.

Os resultados foram simplesmente espetaculares. Em 2009, Lula concedeu 114 entrevistas, das quais 43 exclusivas para as maiores redes de comunicação internacionais e para os maiores jornais e revistas, oferecidas tanto no Brasil quanto no exterior.

Agora fica fácil entender o motivo de tantas homenagens diante uma crise mundial em que Lula aparecia como se tivesse reinventado Brasil.

“Os países que mais incensaram Lula foram os Estados Unidos da América, onde Obama o chamou de meu cara. A Espanha, cujo maior jornal elegeu o presidente brasileiro Homem do Ano, assim como a França, onde o periódico mais importante escolheu Lula como o personagem de 2009. E também teve a Inglaterra, onde o Financial Times identificou o brasileiro como um dos líderes que moldaram a década.”

EM termos práticos, o que o Brasil ganhou com isso? Os Estados Unidos compraram 45% menos produtos e serviços brasileiros no ano que passou. A Espanha reduziu as suas compras em 34%. A França importou menos 33%. E a Inglaterra cortou em 9% as compras do Brasil. O resultado final é que os países que transformaram Lula em sucesso global compraram U$ 15 bilhões a menos em 2009.

E no final, a amizade com Ahmadinejad, acabou levando Lula a um isolamento por parte dos seus incensadores(EUA e União Européia).

quinta-feira, 15 de abril de 2010

ERA UMA VEZ O "CARA"...


Após ouvir a proposta de Lula defendendo a negociação com o Irã, o presidente americano, Barack Obama, insistiu na defesa de sanções duras e imediatas da ONU contra o país persa devido a seu programa nuclear. A conversa ocorreu às margens da Cúpula de Segurança Nuclear, que reuniu 47 líderes mundiais em Washington.

Obama não se mostrou disposto a atender a proposta. "O que eu acho grave é que, até agora, o presidente Obama não conversou com o Irã. Nenhum presidente do Conselho de Segurança da ONU conversou com o Irã", disse Lula, na contra-mão.

Lula disse que manterá sua visita ao Teerã, em maio, e que vai conversar com Ahmadinejad sobre o assunto. "Eu vou conversar olho no olho com o presidente e, se ele disser que vai construir (uma arma nuclear), vai arcar com as consequências do seu gesto".

Como disse Hillary Clinton, Lula chega a ser "ingenuamente risivel", será que ele acredita que nessa tal conversa "olho no olho" o Ahmadinejad vai dizer que vai fazer uma bomba atômica?

Tudo indica que Obama já retirou tudo o que disse sobre Lula, o tal "cara". Percebeu que tem gente com quem não se pode nem brincar.

SERRA NÃO TEM PROBLEMA COM O PASSADO


O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, negou nesta quinta-feira que tente descolar sua imagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Serra seguiu a estratégia de evitar críticas diretas ao presidente Lula. Apontou deficiências no País nas áreas da segurança, da prevenção de tragédias, da infraestrutura e na questão tributária e repetiu o slogan: "O Brasil pode mais". "Nos últimos 25 anos, o Brasil avançou. Lula também colocou muita coisa por diante. Sou de acordo com ele de que devemos dar os créditos a quem fez. E podemos fazer mais."

Nessa linha, o tucano prometeu, mais um vez, que, se eleito, manterá o programa de transferência de renda Bolsa-Família, uma das bandeiras do governo Lula. "Eu vou manter e reforçar o Bolsa-Família porque é uma coisa que funcionou", afirmou. "O programa juntou bolsas do passado. Uma delas eu criei quando era ministro da Saúde, a bolsa alimentação para mães que amamentam e para crianças pequenas."

O pré-candidato disse ainda que pretende manter o nível no debate da campanha eleitoral. "Uma coisa é responder ao que dizem a meu respeito. Outra é baixar o nível. Isso não vou fazer."

quarta-feira, 14 de abril de 2010

PRONTO PARA A PRESIDENCIA


O senador Artur Virgílio, PSDB-AM, disse que o Serra de 2002 perderia eleição para o Serra de 2010, porque ele está hoje mais maduro e mais preparado para ser presidente.

“Aprendi com a derrota. Aprendi com a reflexão. Aprendi com a prefeitura. Aprendi com o governo de São Paulo. Eu me considerava preparado em 2002. Mas hoje estou mais preparado”, disse Serra.

José Serra começa sua nona campanha eleitoral – a segunda em que disputa a Presidência da República – com a confiança em alta. O embate contra a ex-ministra Dilma Rousseff, a candidata do PT, escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, promete ser dificílimo. Mas Serra exibia, dois dias antes de ser aclamado como o candidato do PSDB, a segurança dos políticos calejados.
Essa confiança é alimentada pelas pesquisas eleitorais. Elas apontam uma preferência sólida de 35% do eleitorado, praticamente inalterada desde o ano passado.Alimenta-se também da longa trajetória de quem começou como líder estudantil e chegou a governador de São Paulo – último de seus cargos – e já enfrentou todo tipo de situação numa carreira de quase 50 anos. “Eu me considero preparado para esse desafio. É algo para o qual eu talvez tenha me preparado a vida inteira. Mas você se candidatar e chegar à Presidência, além de uma decisão pessoal, envolve muito destino.

Eu já disse mais de uma vez que carrego comigo tudo aquilo que eu fui. Eu trago as pessoas de minha época em meu imaginário. Eu não tenho nenhum mal-entendido com meu passado. Eu carrego comigo a infância, numa vila operária, meu pai trabalhando todos os dias do ano, exceto no dia 1º de janeiro. Era uma vida modesta. Era filho único, o que me permitiu estudar. Depois, vivi a minha vida universitária e a política estudantil com muita intensidade, pois era um momento agitado da vida brasileira. Na época da UNE, tive uma convivência estreita com a grande política do país e conheci todo o Brasil. Depois, foram 14 anos afastados do Brasil, 13 no exílio. Do exílio, via o Brasil como um todo. Tive minha formação acadêmica, minha vida de professor e pesquisador. Diga-se de passagem, eu vivi dois exílios: o do Brasil e o do Chile, porque lá eu fui preso e acabei sendo exilado ao quadrado. Eu voltei para o Brasil ainda a tempo de participar da batalha da redemocratização. E aí tem essa trajetória que você aponta: secretário, deputado constituinte, coordenador do programa de governo do Tancredo. Então eu acho que colhi ao longo da vida muita experiência política administrativa e, ao mesmo tempo, muita vivência daquilo que é o Brasil.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A GANGUE DA MARCHA RÉ


Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo

Lula é um "reality show" permanente. Lula está em "fremente lua de mel consigo mesmo", como dizia Nelson Rodrigues.

Mas, em sua viagem narcisista começam os sintomas do erro. A sensatez do velho sindicalista virou deslumbramento. Um dia, abraça o Collor, no outro, está com o Hamas e Irã.

Freud (não o Freud Godoy dos "aloprados"...) tem um trabalho clássico, O Fracasso Após o Triunfo, no qual mostra que há indivíduos que lutam e vencem, e, depois da vitória, se destroem, porque muitos carregam no inconsciente complexos inibidores do pleno sucesso. Quanto mais medíocre é o dirigente, mais ele despreza a inteligência e a cultura e se transforma numa ilha cercada de medíocres.

Será que foi por isso que Lula escolheu uma senhora sem tempero, uma gaffeuse sem prática, com "olhos de vingança", como me disse um taxista? Parece um sintoma.

A grande ironia é que Lula foi reeleito por FHC. Sem o Plano Real, o governo Lula seria o pior desastre de nossa História. E, ajudado também pela economia mundial em bonança compradora, ele hoje diz que é responsável pelos bons índices econômicos que o governo anterior organizou. E não cai um raio do céu em cima...

Afinal, o que fez o governo Lula, além de se aproveitar do que chamava de "herança maldita", além do Bolsa-Família expandido e dos show de TV? Os primeiros dois anos foram gastos no "assembleísmo" vacilante dos "Conselhos" que ele nunca ouviu, depois a briga com a "gangue" dos quatro do PT, expulsos. Depois, a aventura da quadrilha de corruptos "revolucionários" que Roberto Jefferson desbaratou ? para sua e nossa sorte ?, livrando-o do Dirceu e de seus comunas mais ativos. Aí, Lula pôde voltar ao seu populismo personalista.

Lula continua o símbolo do "povo" que chegou ao poder, mascote dos desvalidos e símbolo sexual da Academia. Lula descobriu que a economia anda sozinha, que basta imitar o Jânio Quadros, o inventor da "política do espetáculo", e propagar aos berros o tal PAC, esse plano virtual dos palanques. Lula tem a aura sagrada, "cristã" do mito de operário ignorante e, por isso, intocável. Poucos têm coragem de desmentir esse dogma, como a virgindade de Nossa Senhora...

Por isso, vivemos um importante momento histórico, que pode marcar o Brasil por muitos anos. Agora, com as eleições, vai explodir a guerra com o sindicalismo enquistado no Estado: 200 mil contratados com a voracidade militante de uma porcada magra que não quer largar o batatal. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos, alianças com a direita mais maléfica, tudo para manter o terrível "patrimonialismo de Estado". Não esqueçamos que o PT combateu o Plano Real até no STF, como fez com a Lei de Responsabilidade Fiscal, assim como não assinou a Constituição de 88. Este é o PT que quer ficar na era pós-Lula. Seu lema parece ser: "Em vez de burgueses reacionários mamando na viúva, nós, do povo, nela mamaremos."

Os "companheiros" trabalham sincronizados como um formigueiro. O sujeito pode até bater na mãe que continua "companheiro". Só deixa de sê-lo se criticar o partido, como o Paulo Venceslau, que ousou denunciar roubos nas prefeituras, que depois se confirmaram na tragédia de Celso Daniel.

FHC resumiu bem: se continuar o "lulismo" com sua tarefeira Dilma, "sobrará um subperonismo contagiando os dóceis fragmentos partidários, uma burocracia sindical aninhada no Estado e, como base do bloco de poder, a força dos fundos de pensão".

Ou seja, o velho Brasil volta ao seu pior formato tradicional, renascendo como rabo de lagarto. O País tem um movimento "regressista" natural, uma vocação populista automática. Será o início da grande marcha à ré...

Com a eventual vitória do programa do PT, teremos a reestatização da economia, o inchamento maior ainda da máquina pública, a destruição das Agências Reguladoras, da Lei de Responsabilidade Fiscal, em busca de um getulismo tardio, uma visão do Estado como centro de tudo, com desprezo pelas reformas, horror pela administração e amor aos mecanismos de "controle" da sociedade, essa "massa atrasada" inferior aos "revolucionários". A esquerda psicótica continua fixada na ideia de "unidade", de "centro", de Estado-pai, de apagamento de diferenças, ignorando a intrincada sociedade com bilhões de desejos e contradições.

A tarefa principal da campanha de Serra será explicar qual é o "pensamento tucano". Como ensinar a população ignorante que só um choque democrático e empresarial pode enxugar a máquina podre das oligarquias enquistadas no Estado? Como explicar um programa de "mudanças possíveis" na infraestrutura e na educação, contraposto a esse marketing salvacionista de Lula? Esse é o desafio da campanha do PSDB.

Aécio Neves fez bem em se indignar com a demagogia de Dilma no túmulo de Tancredo ? ele nos lembrou que o PT não apenas não apoiou Tancredo em 85, como expulsou seus três deputados que votaram nas eleições pela democracia.

A maior realização deste governo foi a desmontagem da Razão. Podemos decifrar, analisar, comprovar crimes ou roubos, mas nada acontece. Ninguém tem palavras para exprimir indignação, ou melhor, ninguém tem mais indignação para exprimir em palavras.

Aécio Neves devia ir além e ser vice, sim. Seria um gesto histórico que lhe daria riquíssimos frutos, para além do interesse pessoal de uma política imediata. Aécio ganharia uma rara grandeza na história do País. Seu avô aprovaria.

Só uma alternância de poder, fundamental na democracia, pode desfazer a sinistra política que topa tudo pelo poder e que planeja, com descaro, transformar-se numa espécie do PRI mexicano, que ficou 70 anos no poder, desde 1929. Durante o poder do PRI, as eleições eram uma simulação de aparente democracia, incluindo repressão e violência contra os eleitores. Em 1990, o escritor peruano Mario Vargas Llosa chamou o governo mexicano, sob o PRI, de uma "ditadura perfeita". Será que isso nos espera?

domingo, 11 de abril de 2010

OPOSIÇÃO COM DISCURSO


Da Coluna de Augusto Nunes-Veja.com

Seis discursos, três dos quais de improviso, e nenhum plural exterminado, nenhum pontapé na gramática, nenhum raciocínio esganado pelo cérebro baldio, nenhuma frase perdida no deserto de neurônios - nenhuma agressão à lógica e ao idioma. Tanto bastaria para que se saudasse com fanfarras e fogos de artifício a festa de lançamento da candidatura presidencial de José Serra. Mas o conteúdo superou a forma, e a celebração política ocorrida em Brasília neste sábado excitou o Brasil que pensa com a sensação de que pode estar perto do fim a Era da Mediocridade instituída há mais de sete anos.

O presidente Lula atravessou o verão com Dilma Rousseff no colo e um par de certezas na cabeça: a oposição iria passar a campanha sem discurso e tentando esconder Fernando Henrique Cardoso. Acaba de descobrir que flutuou na estratosfera. Aplaudido de pé pela multidão, FHC foi louvado por todos os oradores, finalmente despertados para a evidência de que o ex-presidente só é impopular entre milicianos petistas e cabeças contaminadas por versões companheiras da história do Brasil. A segunda fantasia foi rasgada ao longo do encontro e ficou em frangalhos com o pronunciamento de José Serra. A oposição tem discurso de sobra.

Na convenção do PT, a sucessora que Lula inventou produziu só mais um capítulo do Discurso sobre o Nada. Reverenciou seu Senhor particular mais de 60 vezes e prometeu que, se virar presidente, vai seguir disciplinadamente o caminho que ele ensinou — sejam quais forem o traçado e o destino. Neste sábado, em menos de uma hora, Serra escancarou o abismo que separa um político com história pessoal, biografia política e currículo administrativo de uma principiante de passado fosco, presente bisonho e futuro escurecido pelo perigo.

Desprovida de ideias próprias ou expropriadas, estreante em disputas eleitorais, Dilma anda produzindo platitudes, obviedades ou maluquices em quantidade suficiente para matar de tédio a mais gentil das plateias. Reduzida a apêndice de Lula, terá de enfrentar um adversário com sólida formação política, ampla autonomia de voo, larga milhagem em comícios, testado em muitas disputas eleitorais e capaz de dizer o que pretende com clareza e consistência.

Não é um panorama alentador para quem só precisou de uma viagem a Minas para oferecer a Aécio Neves a provocação que faltava para cimentar a parceria eleitoral com Serra com um discurso que, simultaneamente, implodiu outro equívoco de Lula. Convencido de que Aécio reprisaria a performance ambígua das eleições presidenciais anteriores, o Grande Estrategista decidiu que Dilma visitaria o túmulo de Tancredo Neves em São João del Rey e, no meio de alguma entrevista, proporia ao neto do homenageado a aliança promíscua.

Deu tudo errado, deixou claro Aécio neste sábado. Incisivo, contundente, lendo na memória o texto com requintes mineiríssimos, o melhor orador da festa lembrou os piores momentos da feroz oposição feita pela companheirada a Tancredo Neves, Itamar Franco e Fernando Henrique. Depois de cumprimentar Lula por ter mantido as linhas gerais da política econômica do antecessor, informou que o PT sempre colocou os interesses partidários acima dos interesses do país. Cumpre à oposição fazer o contrário.

Foi um discurso sem volta. Ainda que insista em disputar o Senado, Aécio vai comandar a campanha de Serra em Minas com a energia que faltou em 2002 e 2006. O neto de Tancredo aparentemente compreendeu que, desta vez, o triunfo individual talvez seja insuficiente para preservar o sonho de chegar ao cargo que o avô não pôde assumir.


sábado, 10 de abril de 2010

"O BRASIL NÃO TEM DONO"


Ao lançar sua campanha à Presidência da República, o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), não poupou críticas indiretas a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em várias áreas e voltou a repetir seu slogan de que o "Brasil pode mais", que tem sido rejeitado por petistas.

Em seu discurso, Serra criticou a divisão do país em classes e regiões e ainda provocou seus adversários ao dizer que" o Brasil não tem dono" e que a oposição está preparada para "quanto mais mentiras disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles".

Segundo Serra, é "deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil".

Serra arrancou aplausos dos militantes ao dizer que o Brasil precisa de "coragem para construir o Brasil melhor, o Brasil da União". "Ninguém deve esperar que joguemos o governo contra a oposição, porque não o faremos. Jamais rotularemos os adversários como inimigos da pátria ou do povo. Em meio século de militância política nunca fiz isso. E não vou fazer. Eu quero todos juntos, cada um com sua identidade, em nome do bem", disse.

"Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão. Pode haver uma desavença aqui outra acolá, como em qualquer família. Mas vamos trabalhar somando, agregando. Nunca dividindo. Nunca excluindo", afirmou.

Serra gastou parte do seu discurso criticando a falta de ações na área da Saúde durante o governo Lula após lembrar seus feitos à frente do Ministério da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso.

"Criamos a Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Saúde, a implantação dos genéricos, a proibição do fumo nos aviões e da propaganda de cigarros e a regulamentação dos planos de saúde".

Serra afirmou que boa parte da criminalidade do país é motivada pela certeza de "impunidade". 'Um país só poderá atingir a paz se se existir a garantia de que a atitude criminosa não ficará sem castigo.Quero que meus netos cresçam num país onde a lei será aplicada a todos. No país, nenhum brasileiro vai estar acima da lei. Com segurança na Justiça o Brasil pode mais".

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou às lágrimas quando Serra dedicou parte de seu discurso de lançamento de pré-candidatura ao Palácio do Planalto para homenagear a ex-primeira-dama, Ruth Cardoso.

O ALERTA DE VEREZA


* de Carlos Vereza - ator da Globo

Não é necessário ser profeta para revelar antecipadamente o que será o ano eleitoral de 2010. Ou existe alguém com tamanha ingenuidade para acreditar que o “fascismo galopante” que aparelhou o estado brasileiro, vá, pacificamente, entregar a um outro presidente, que não seja do esquema lulista, os cargos, as benesses, os fundos de pensão, o nepotismo, enfim, a mais deslavada corrupção jamais vista no Brasil?Lula, já declarou que (sic) “2010 vai pegar fogo!”. Entenda-se por mais esta delicadeza gramatical, golpes abaixo da cintura: Dossiês falsos, PCC “em rebelião”, MST convulsionando o país… Que a lei de Godwin me perdoe - mas assistiremos em versão tupiniquim, a Kristallnacht, A Noite dos Cristais que marcou em 1938 o trágico início do nazismo na Alemanha.E os “judeus” serão todos os democratas, os meios de comunicação não cooptados (verificar mais uma tentativa de cercear a liberdade de expressão no país: em texto aprovado pelo diretório nacional do PT, é proposto o controle público dos meios de comunicação e mecanismos de sanção à imprensa). Tudo isso para a perpetuação no poder de um partido que traiu um discurso de ética e moralidade ao longo de mais de 25 anos e, gradativamente, impõe ao país um assustador viés autoritário. Não se surpreendam: Há todo um lobby nacional e internacional visando à manutenção de Lula no poder.Prêmios, como por exemplo, o Chatham House, em Londres, que contou com “patrocínios” de estatais como Petrobras, BNDS e Banco do Brasil, sem, até agora, uma explicação convincente por parte dos “patrocinadores”; matérias em revistas estrangeiras, enaltecendo o “mantenedor da estabilidade na América Latina”. Ou seja: a montagem virtual de um grande estadista…Na verdade, Lula, é o übermensch dos especuladores que lucram como “nunca na história deste país”.Sendo assim, quem, em perfeito juízo, pode supor que este ególatra passará, democraticamente, a faixa presidencial para, por exemplo, José Serra, ou mesmo Aécio Neves?Pelo que já vimos de “inaugurações” de obras que sequer foram iniciadas, de desrespeito às leis eleitorais, do boicote às CPIs, como o da Petrobras, do MST e tantos outros “deslizes”, temos o suficiente para imaginar o que será a “disputa” eleitoral em 2010.E tem mais, o PT está comprando com o nosso dinheiro, Políticos, Intelectuais, juizes, Militares, o povo humilde com bolsa esmola e formando milicias com o MST, PCC, Sindicatos, ONGS, Traficantes e outros, que recebem milhões e milhões de reais, para apoiar o PT e as falcatruas do Governo lula.Não podemos nem pensar em colocar como Presidente do Brasil, uma mulher Terrorista, que passou a vida assaltando bancos, matando pessoas inocentes, arrombando casas, roubando e matando as pessoas. Só uma pessoa internada num manicomio, seria capaz de votar numa BANDIDA para presidente de um País. Confiram.
Carlos Vereza

sexta-feira, 9 de abril de 2010

A TRAGÉDIA VISTA POR ELES


"Nosso apelo é para que as pessoas permaneçam em casa, não saiam de casa, não levem seus filhos ao colégio". Eduardo Paes, PMDB, prefeito do Rio.
"Todas as vias importantes da cidade estão interrompidas por alagamentos. É um risco enorme para qualquer pessoa tentar atravessar alagamentos". Idem.


"Os problemas que estamos... vendo são estruturais, e compete à prefeitura resolvê-los. Não adianta vir aqui e dizer que são heranças históricas". Governador Sérgio Cabral, PMDB, sobre as áreas de risco.


"Todas as enchentes atingem mais as pessoas pobres, que moram em regiões inadequadas. Não é mais possível permitir que as pessoas ocupem áreas irregulares. É preciso que os administradores públicos antevejam isso." Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"A única coisa que a gente pode fazer, num momento como este, é pedir a Deus que a chuva pare um pouco para as coisas melhorarem e voltarem à normalidade." Idem. O presidente estava no Copacabana Palace.

E para passar a régua Lula disse: "Quando uma desgraça acontece, acontece..."

quinta-feira, 8 de abril de 2010

QUER OLHAR O PASSADO?


Editorial da Folha de São Paulo do dia 07/04/10-

A candidata oficial erra ao voltar-se para o passado com o intuito de forjar uma revanche na disputa particular de FHC e Lula


EM SEU PRIMEIRO discurso depois de deixar a Casa Civil, a candidata Dilma Rousseff insistiu na tentativa de comparar o atual governo com o anterior.
Não se sabe o que pesa mais nessa estratégia enviesada, se a obsessão íntima do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de se medir com o antecessor Fernando Henrique Cardoso ou a percepção de que é mais vantajoso para a representante da situação transformar eleições que decidem o futuro do país em avaliação de fatos passados.
Não é demais lembrar que um brasileiro com 18 anos completados em 2010 comemorava 10 ao término do governo FHC -e era uma criança de dois anos quando o sociólogo tucano assumiu.
Esse hipotético cidadão não terá idade para lembrar em que país se vivia no início da década de 90. Mas, se procurar informações, saberá que coube a FHC, na sequência do impeachment de Fernando Collor, e ainda no governo de Itamar Franco, lançar um plano -depois de várias tentativas frustradas- capaz de superar o perverso ciclo hiperinflacionário que havia anos dilapidava a economia popular e impedia o desenvolvimento do país.
Se pretende incursionar pelo passado, poderia a candidata lembrar a seus potenciais eleitores que o Partido dos Trabalhadores negou sustentação ao presidente Itamar Franco e bombardeou o Plano Real. Ou seja, opôs-se de maneira pueril e ideológica a uma das mais notáveis conquistas econômicas da história moderna do país, que propiciou aos brasileiros pobres benefícios inestimáveis, sob a forma de imediato aumento do poder aquisitivo e inédito acesso ao sistema bancário.
Sabe bem a ex-ministra que se alguém nesses anos mudou de pele foi antes o PT do que o PSDB. O que terá sido a famosa "Carta aos Brasileiros" senão uma providencial e pública troca de vestimenta ideológica do candidato Lula -que, eleito, sob aplausos do mundo financeiro, indicou um tucano para o Banco Central (agora no PMDB) e um ex-trotskista com plumagem neoliberal para a Fazenda?
É um exercício vão buscar comparações e escolhas plebiscitárias entre gestões que se encadeiam no tempo. Os avanços e problemas de uma transformam-se em acúmulo ou em fatos acabados na outra. Ou será que faz sentido questionar como teria sido a gestão lulista se tivesse de formular um plano para vencer a hiperinflação, precisasse sanear instituições financeiras públicas e se visse obrigada a estancar uma crise sistêmica dos bancos privados nacionais?
O Brasil precisa pensar e agir com olhos no futuro. Nada tem a ganhar com a tentativa da candidatura governista de forjar uma revanche de disputas pretéritas. Se o presidente Lula não venceu a contenda com Fernando Henrique Cardoso em 1994 não será agora que o fará -pelo simples motivo de que nenhum dos dois é candidato. O governo que se encerra neste ano teve méritos inegáveis, mas muitos deles, é forçoso reconhecer, nasceram de sementes plantadas no passado.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

GOVERNO LULA CONTRA PROJETO FICHA LIMPA


O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), disse hoje que a base governista pretende engavetar o projeto ficha limpa --que proíbe a candidatura de políticos condenados em primeira instância. Os líderes partidários se reúnem hoje para discutir se o projeto será levado a plenário.

"Está em trânsito uma manobra para não votar o projeto ficha limpa". "Querem evitar a urgência do ficha limpa para devolvê-lo à Comissão de Constituição e Justiça e com isso engavetá-lo."

"Democratas é sim ao projeto ficha limpa. Governistas são maioria na CCJ e pretendem engavetar o projeto", afirmou Caiado.

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), admitiu ontem que terá dificuldades para viabilizar a votação, em plenário, do projeto. Como há resistência de parte dos parlamentares as regras fixadas no texto, a proposta deve voltar para análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

O projeto é considerado polêmico porque estabelece a inelegibilidade para políticos condenados em primeira instância --desde que a decisão tenha sido tomada por um colegiado de juízes. Para ser analisado em plenário, são necessários 257 votos favoráveis ao pedido de urgência assinado pelos líderes partidário.

terça-feira, 6 de abril de 2010

"A SORTE ESTÁ LANÇADA"


No Twitter, o ex-governador comentou a saída do cargo com seguidores. "Quase toda a minha vida foi feita de incertezas e acasos. A sensação é de "alea jacta est" [em latim, a sorte está lançada]... e seja o que Deus quiser", publicou, às 3h25 de sábado.

A frase é atribuída ao imperador romano Júlio César ao tomar uma de suas decisões mais difíceis, a de iniciar uma guerra para tomar o poder.

Em outro comentário, publicado às 2h10 de 1º de abril, o ex-governador respondeu a um seguidor: "Há batalhas que a gente escolhe, mas há outras que nos escolhem". Logo em seguida, citou um antigo ditado: "Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece".

Com observações postadas quase sempre de madrugada, o tucano vem utilizando o Twitter para comentar sua agenda e indicar livros, filmes e músicas. Nos últimos dias, já fora do governo, aproveitou para prestar contas e relatar ações de sua gestão.

Na madrugada de domingo, Serra escreveu que tirou o final de semana para "reorganizar a vida e voltar para casa". Citou uma expressão que ouviu de um amigo: "Ótima pra esses momentos: freio de arrumação = hora de parar tudo e acertar as coisas".

Serra é o pré-candidato ao Planalto mais ativo no Twitter. Até ontem, seus seguidores chegavam a 187.589.

domingo, 4 de abril de 2010

A HORA É AGORA


A visão de futuro mostra quem é verdadeiramente líder. No auge das lutas pela volta às eleições diretas e pelo fim do autoritarismo, três personagens, cada qual à sua maneira, foram decisivos para que conseguíssemos mudar o rumo do país. Não foram os únicos. Muita gente se empenhou desde a campanha das Diretas Já com o mesmo propósito. Nem se deve esquecer o papel desempenhado pelas grandes greves do ABC e por seus líderes. Mas, a partir da derrota da emenda Dante de Oliveira, quando se colocou a possibilidade de derrotar o candidato do Sistema utilizando-se o próprio Colégio Eleitoral, a condução do processo passou a depender de Ulysses Guimarães, Franco Montoro e Tancredo Neves.

Houve hesitação sobre o que fazer. Fiz um discurso no Senado trocando o lema Diretas Já por Mudanças Já, com a convicção de que poderíamos derrotar os donos do poder. Foi difícil para Ulysses Guimarães tragar a dose e aceitar as eleições indiretas, ele que fora o anticandidato em 1974 e cujo nome se identificava com as eleições diretas. Foi mais difícil ainda, uma vez deslanchado o processo de conquista de votos no Congresso, unir a oposição em torno de um nome.

Ulysses até aquele momento fora o condutor indiscutido das oposições democráticas. Entretanto, pela dureza das posições que assumira na crítica ao regime autoritário, teria dificuldades em granjear votos entre os que, diante do desgaste do poder, da crítica de uma imprensa mais livre, dos movimentos de protesto em massa e das dificuldades econômicas, se predispunham a mudar de posição. Sem o apoio destes, a derrota era garantida. Na época, presidente do MDB de São Paulo e muito próximo a Ulysses Guimarães, disse-lhe com muito pesar, pela enorme admiração e respeito que nutria por ele, que a vez seria de outro.

Roberto Gusmão, chefe da Casa Civil do governo Montoro, havia declarado nas páginas amarelas da Veja que São Paulo se uniria a Tancredo Neves para a conquista da Presidência. Ulysses fez questão de ouvir a decisão da voz do governador de São Paulo. Acompanhei-o ao Palácio dos Bandeirantes em um encontro com o governador Montoro e com Roberto Gusmão. Montoro poderia pretender legitimamente a candidatura à Presidência: ganhara as eleições diretas em São Paulo com votação consagradora. Percebeu, entretanto, que no caso das eleições indiretas Tancredo teria melhores oportunidades. Reafirmou este ponto de vista a Ulysses. Mais do que os méritos e as ambições de cada um, contava o momento histórico. Ou nos uníamos e ampliávamos a frente contra o autoritarismo ou este permaneceria por mais tempo, esmaecido que fosse, com a eleição de Paulo Maluf, candidato da Arena. A visão de futuro e o interesse nacional contavam mais do que as biografias. Tiveram grandeza. São Paulo se uniu a Minas para que o Brasil avançasse e Ulysses chefiou a campanha pela eleição de Tancredo.

Passados 25 anos, nos encontramos frente a circunstâncias históricas que novamente requerem grandeza dos líderes e unidade de todos. Não está em jogo o admirar ou não o presidente Lula, nem mesmo as qualidades de liderança (ou a falta delas) de sua candidata Dilma Rousseff. Por trás das duas candidaturas polares há um embate maior. A tendência que vem marcando os últimos 18 meses do atual governo nos levará, pouco a pouco, para um modelo de sociedade que se baseia na predominância de uma forma de capitalismo na qual governo e algumas grandes corporações, especialmente públicas, unem-se sob a tutela de uma burocracia permeada por interesses corporativos e partidários. Especialmente de um partido cujo programa recente se descola da tradição democrática brasileira, para dizer o mínimo. Cada vez mais nos aproximamos de uma forma de organização política inspirada em um capitalismo com forte influência burocrática e predomínio de um partido. Tudo sob uma liderança habilidosa que ajeita interesses contraditórios e camufla a reorganização política que se está esboçando.

Agora, com as eleições presidenciais se aproximando, as alianças são feitas sem preocupação com a coerência político-ideológica: o que conta é ganhar as eleições. Depois, a força do Executivo se encarregará de diluir eventuais resistências de governadores e parlamentares que se opuserem à marcha do processo em curso, e transformará os aliados em vassalos. Mais recentemente, tem surgido a dúvida: será que a candidata petista, sem ser Lula, terá força para arbitrar entre os interesses do partido, os dos aliados e os da sociedade? Não sei avaliar, mas o resultado será o mesmo: pouco a pouco, o "pensamento único", agora sim, esmagará os anseios dos que sustentam uma visão aberta da sociedade e se opõem ao capitalismo de Estado controlado por forças partidárias quase únicas infiltradas na burocracia do Estado.

Os líderes oposicionistas atuais terão a visão de grandeza dos que os antecederam e perceberão que está em jogo a própria concepção do que seja democracia? Há quem defenda um outro estilo de sociedade. Há quem acredite que certo autoritarismo burocrático com poder econômico-financeiro pode favorecer o crescimento econômico. A China está aí para demonstrar que isso é possível. Mas é isso o que queremos para nós? A força governista ignora os limites da lei e tudo que decorre dessa atitude, desde a leniência com a corrupção até a arrogância do poder e o abuso publicitário antes do início legal das campanhas. É imperativo, pois, que as oposições se unam. A aliança entre Minas e São Paulo – que se pode dar de forma variada – salvou-nos do autoritarismo no passado. Uma candidatura que fale a todo o país, que represente a união das oposições e busque o consenso na sociedade é o melhor caminho para assegurar a vitória. José Serra e Aécio Neves estiveram ao lado dos que permitiram derrotar o regime autoritário. Cabe-lhes agora conduzir-nos para uma vitória que nos dê esperança de dias melhores. Tenho certeza de que não nos decepcionarão.


Por Fernando Henrique Cardoso

sexta-feira, 2 de abril de 2010

"ERA UMA VEZ..."


Quem é ela?
O pai dela - Pétar Russév (mudado para Pedro Roussef) -, filiado ao Partido Comunista búlgaro, deixou um filho (Luben) lá na Bulgária e veio dar com os costados em Salvador, depois Buenos Aires e, ao fim, fez negócios em São Paulo.
Encantou-se com a professorinha de 20 aninhos, Dilma Jane da Silva (rica, filha de fazendeiro), e com ela casou e viveu em Belo Horizonte, tendo três filhos: Igor, Dilma e Lúcia.
Igor morreu em 1977.
Família classe A, com casa enorme, 3 empregadas e refeições servidas à francesa, com guarnições e talheres específicos. Tinham piano e professora particular de francês. ...
Dilma entrou primeiro numa escola de freiras - Colégio Sion - e, depois, no renomado Estadual Central. Nas férias, iam de avião para Guarapari/ES e
ficavam no Hotel Cassino Radium.
Dilma, ainda jovem, entrou para o POLOP - Política Operária - e depois mudou-se para o COLINA - Comando de Libertação Nacional.
Casou-se com Cláudio Galeno Linhares, especialista em fazer bombas com os pós e líquidos da farmácia de manipulação do seu pai.
Sua primeira aula de marxismo foi-lhe dada por Apolo Heringer e, pouco depois, estava em suas mãos o livro: "Revolução na Revolução", de Régis Debray, francês que mudou-se para Cuba e ficou amigo do Fidel e mais tarde, acompanhando Guevara, foi preso na Bolívia.
Aos 21 anos, Dilma partiu para o RJ a fim de se esconder dos militares, após o frustrado assalto ao Banco da Lavoura de Sabará. No Rio, ainda casada, apaixonou-se por Carlos Franklin Paixão de Araújo, o chefe da dissidência do Partidão; então, chegou, de chofer, e disse para o marido: "Estou com o Carlos!". Carlos vivia antes com a geógrafa Vânia Arantes e, sedutor, já havia tido outras sete mulheres, aos 31 de idade.
Com ele, Dilma participou da fusão COLINA/VPR (esta do Lamarca), que deu origem, em Mongaguá, à Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares,
cujo estatuto dizia:
Art.1º - A Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares é uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a
cumprir todas as tarefas da guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de tomar o poder e construir o socialismo
Foi em Mongaguá, litoral paulista, que se traçou o plano da "Grande Ação", que se deu em 18 de julho de 1969, com o assalto e roubo do cofre da casa da amante do Ademar de Barros, em Santa Teresa/RJ, que rendeu-lhes 2,5 milhões de dólares, cofre aberto em Porto Alegre, a maçarico, pelo metalúrgico Delci

Mas a organização se dividiu entre "basistas" - que defendiam o trabalho das "massas" e junto às "bases", e os "militaristas", que priorizavam a imediata e constante luta armada comunista.
A disputa pelo butim dolarizado foi ferrenha! Dilma era chamada de "Joana D'Arc da subversão". Então foi para São Paulo onde dividia um quarto com Maria Celeste Martins, hoje sua assessora imediata no Planalto. Dedurada por José Olavo Leite Ribeiro - mantinha com ela três contatos semanais.
Depois de vários ataques, foi presa, armada, em um bar da Rua Augusta,juntamente com Antônio de Pádua Perosa; depois, entregou à polícia seu amigo Natael Custódio Barbosa.
Enquanto isso, o Carlos Araújo teve um romance tórrido com a atriz Bete Mendes, da TV Globo.
Dilma saiu do presídio em 1973 e foi para Porto Alegre, reatar com o Carlos infiel. Mas hoje, Carlos Araújo mora sozinho com dois vira-latas (Amarelo e Negrão), numa casinha às margens da lagoa do Guaíba, em Porto Alegre. Ele tem enfisema pulmonar e está com 71 anos.
Diz que é feliz, mesmo com a ex-esposa como Ministra e candidata.

ARRANCA RABO


Nada fica escondido aos olhos de Deus. Lembram-se do episódio da "pressão alta" de Lula que o impediu de viajar e teve que ser internado por conta disso? Pois bem, a internet explica. Corre na rede a seguinte versão:

As causas-
1) A tensão começou com um "arranca rabo" sério com d. Marisa em Brasília. 'Tá virando rotina, comentam. De Brasília até Recife, tomou as birinaites de sempre para se acalmar...
2) Parou no Recife para encontro com o Governador e com Ciro Gomes. Tentou demover Ciro da idéia de candidatar-se a PRESIDENTE.
3) Ciro, apoiado pel Governador disse-lhe um sonoro NÃO!!!!!!! e tentou argumentar. Lulla ficou nervoso e elevou o tom de voz... Ciro idem.
4) De fora ouvia-se a sucessão de palavrões entre os dois, Governador etc.
5) Lulla abriu a porta ainda aos gritos e foi embora muito nervoso.
6) Foi para o Aeroporto, embarcou e, ao entrar no AERO LULLA, aos berros foi logo falando: "Arranje uísque para mim. Hoje vou tomar todas nessa porra aqui..."
7) Aí passou mal... O médico dele, Cel Cleber, endureceu o jogo e determinou o cancelamento da viagem... O restante todos sabem...

A versão oficial do planalto foi que Lula passou mal por causa de trabalhar muito.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

"O BRASIL PODE MAIS!"


No Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, Serra fez um balanço de seu governo num ato que contou com a presença de 5.000 servidores e correligionários. Sem mencionar nomes, Serra criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a pré-candidata do PT. "Já fui governo e já fui oposição, mas de um lado ou de outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas", disse Serra.

Ele também criticou o aparelhamento da máquina do Estado pelo partido --a oposição acusa o governo Lula de apadrinhar sindicalistas e aliados. "O nosso governo serve ao interesse público, e não à máquina partidária. Nós governamos para o povo", disse. "Repudiamos sempre a espetacularização, a busca pela notícia fácil, o protagonismo sem substância", disse.

Cercado de secretários, deputados e prefeitos de partidos aliados, Serra afirmou que está preparado para sua nova missão. "Vamos juntos que o Brasil pode mais", conclamou ele. "Por tudo que fizemos, sinto ganhar bastante força para esta etapa seguinte que nos espera. Vou ingressar nesta etapa com muita disposição, muita força, muita confiança, muita sinceridade e muito trabalho."

"Eu estou convencido que o governo, como as pessoas, tem que ter honra. E assim falo não apenas porque aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o mal feito", afirmou.