sexta-feira, 7 de agosto de 2009

QUE BELEZA!


Irritado com a insistência da oposição em pedir o afastamento de Sarney, o líder do PMDB, Renan Calheiros (PMDB-AL), transformou a leitura da representação contra Virgílio em um discurso recheado de provocações e ameaças à oposição, dirigidas principalmente à bancada tucana. No fim do discurso aconteceu o bate-boca.

Quando o senador Tasso Jereissati (PMDB-CE) pediu a Sarney que retirasse da tribuna de convidados um homem que provocava os tucanos e apoiava as ironias de Renan, o senador alagoano criticou "a expulsão do cidadão que participa de uma sessão histórica". Apontou então o dedo para Tasso e disse que a crise ocorre porque há "uma minoria (oposição) com complexo de maioria".

O dedo em riste de Renan e a frase foram o estopim. "Não aponte esse dedo sujo pra cima de mim. Estou cansado de suas ameaças", atacou Tasso. Renan retrucou: "São os dedos dos jatinhos que o Senado pagou."

Em abril, reportagem do jornal Folha de S. Paulo revelou que entre 2005 e 2007 Tasso gastou R$ 335 mil com o fretamento de jatinhos pago com recursos da cota de passagens do Senado - as despesas foram registradas depois, mas sem seu nome. Outros senadores admitiram que também utilizaram parte da verba oficial de passagens aéreas para fretar jatinhos.

O início do bate-boca descambou para agressões e uso de palavras de baixo calão. Renan qualificou Tasso de "coronel", Tasso classificou Renan de "cangaceiro de terceira categoria" e, fora do microfone, o senador alagoano chamou o colega cearense de "seu merda".

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