sábado, 30 de abril de 2011

O BRASIL ESTÁ MORTO!

Raphael Curvo - Prosa e Política

A não ser que aconteçam vigorosas reviravoltas na composição da população política brasileira, nosso País está morto. Esta mudança impactante só será possível com a formação de um novo quadro de homens na condução da política do Brasil.

O que se apresenta no momento é algo avassalador para a ética e a moralidade do governo. Estamos sem rumo no Congresso Nacional, no Executivo e até mesmo no Judiciário que, pelo que se observa, tem membros compromissados com padrinhos. Não é difícil entender que a nau política está à deriva. Eleições estão sendo decididas no “tapetão” do Supremo Tribunal Federal. A reforma é coisa de Tiririca.

Corruptos comprovados e alardeados por falta de decoro, ética e outros crimes, ocupam em maioria o Conselho de Ética. São os Lobões da vida cuidando das ovelhas. Tiririca, analfabeto e “abestado” está na Comissão da Educação. O Presidente do Senado envolvido por todos os lados em escândalos sendo o último com as digitais no perdão, pela Caixa Econômica Federal, da dívida monstruosa de 1,9 bilhões de reais para o grupo Bozano e Banco Santander, em relação à privatização do Banco Meridional (ver revista Época de 18/04/11). O perdão foi autorizado e assinado pelo Diretor Fábio Lenza, apadrinhado de Sarney, que disse “conhecê-lo apenas superficialmente”.

Além de íntimos familiarmente, a irmã de Fábio Lenza, Olga, é Secretaria de Educação do Governo do Maranhão onde Roseana Sarney é governadora.

Grassam por todos os lados as mentiras e enganações que levam a pobreza intelectual, cultural e social a pensar que estamos no mais alto dos patamares da vida econômica mundial. O grave é que para grande parte desses grupos elas são consentidas. Apesar de alardear crescimento, de 1995 até 2009 a participação brasileira no PIB mundial teve queda de 3,1% para 2,9%, o que leva o Brasil a ter o menor índice de expansão econômica anual dos Brics.

O jornal inglês “The Economist” publicou, há pouco, pesquisa em que somos o 47º colocado, entre 165 países, no Índice de Democracia, ou seja, no exercício de princípios democráticos como regime político. Os critérios da pesquisa levam em conta a base nos processos eleitorais, na cultura política e liberdades civis considerando quatro tipos de regime: democracias plenas, democracias imperfeitas, regimes híbridos e regimes autoritários. Este último, o caso da Venezuela que tanto Lulla elogia.

A dívida interna brasileira em 2002 estava na casa de 640 bilhões de reais e a externa em 212 bilhões. Após as eleições de 2006, o governo Lulla propagou a todos os rincões o pagamento da dívida externa e a dívida interna pulou para 1,4 trilhões, ou seja, pagou com a dívida interna. Foram oito anos de pouco investimento na infra-estrutura e na melhoria da preparação de mão de obra e da educação no Brasil. A prova está na mídia todos os dias. Em um País com mais de 190 milhões de pessoas, apenas 6 milhões (5,7%) detém curso universitário e mesmo assim o governo passa à população que estamos marchando firme para nos tornarmos, em breve, uma força econômica no cenário mundial.

Ativa o consumo com índice de crescimento sem informar, entretanto, que o dinheiro para financiar isso aumentou a dívida interna em 2010 para 1,9 trilhões e destes, 240 bilhões são da nova dívida externa. É dinheiro que foi para o bolsa família e outros programas sociais e os alucinantes gastos de custeio da máquina pública para aumentar consumo e que agora estão precisando do aporte de dinheiro externo sacrificando o parque industrial do Brasil. Solapa a nossa economia com a alta dos juros para facilitar entrada de dólares e com isso a aumentar a arrecadação.
Como disse em artigo anterior, a inflação pousou. Foi difícil para o governo reconhecer que o perigo é grande, não consiste em marolinhas. Para enfrentá-la, terá que existir uma política de contenção de despesas e para isto não parece ter o governo, uma estratégia. Por enquanto o caminho está na entrada de dólares e nas commodities que sobem vertiginosamente de preços, o que pode refletir em desajustes e conseqüente queda dos preços e volumes. Os empresários estão aceitando tudo de forma passiva porque é do seu interesse o “status quo”. Estão ganhando mais com os dólares obtidos a 0,5% no exterior e aplicá-los no Brasil, a mais de 12%, do que com a produção de suas indústrias. O IOF só serve para o governo arrecadar.

Já me preocupam os estádios destruídos antes mesmo de projetos concluídos como foi o Maracanã. As empreiteiras agiram rápido como forma de não ter volta. Está na cara que o dinheiro é pouco e que aditivos de reajustes terão que rolar. Com a quantidade de eventos naturais previstos para os próximos anos, já coloco em dúvida a realização da Copa do Mundo com tudo concluído. Para um setor já está garantida a não conclusão: os aeroportos. Uns estádios estão “na chão” e outros ainda no capinzal. Creio que a presidente tem conhecimento amplo da situação, mas se não se desincorporar daquele que não consegue se desencarnar, o Brasil está morto.

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