A Comissão dos Direitos Humanos do Senado retomou o debate sobre o projeto da Câmara que criminaliza a homofobia. Senadores da frente Evangélica fizeram uma mobilização tão grande nesta quinta-feira, que a relatora Marta Suplicy decidiu tirar o assunto da pauta.
O clima ficou pesado na sessão, uma semana após om Supremo Tribunal Federal (STF) decidir em favor da união estável entre homossexuais. Mesmo com o adiamento das discussões, a senadora Marinor Brito (PSOL-PA) perdeu a paciência com o deputado Jair Bolsonaro, enquanto ele exibia no plenário o seu famoso panfleto, acusando o governo de estimular o homossexualismo em escolas.
“Tira isso daqui! Respeita!”, gritou a senadora. “Depois dizem que não tem homofóbico aqui! Homofóbico! Tu devias ir para a cadeia! Criminoso! Respeita!”, continuou Marinor. Diante da exaltação da colega, Marta Suplicy pediu calma, mas não foi atendida. “Eu bato, vai me bater?”, prosseguiu a senadora, chamando os panfletos de Bolsonaro de “homofobia com dinheiro público”. “Bata no meu panfleto!”, provocava Bolsonaro.
A senadora foi retirada da sessão. " Ela perdeu a razão. Eu não falei nada. Ela deu uma porrada em mim porque estava com um panfleto na mão divulgando uma cartilha do governo, que prega o homossexualismo nas escolas do primeiro grau ", disse o deputado Bolsonaro, após o episódio.
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