por Vera Magalhães
Duas coisas chamaram a atenção de governadores e senadores do PT que estiveram com Dilma Rousseff nesta semana: o cansaço físico aparentado pela presidente, que se recupera de uma pneumonia, e sua pouquíssima paciência para a negociação política.
Passado o encantamento inicial do governo, quando todos eram unânimes em apontar a melhora do traquejo político de Dilma, agora são recorrentes as queixas ao fato de que ela não gosta de ouvir quando promove reuniões com aliados e que corta abruptamente qualquer tentativa de se falar de temas como nomeações e conflitos partidários nos Estados.
"O assunto aqui hoje é Código Florestal", tratou de esclarecer uma abatida e impaciente Dilma aos senadores petistas no almoço de quinta-feira.
Ela também se mostrou muito contrariada com vazamentos de informações do governo, e deu a entender que vai apurar para saber se setores do governo estão ajudando a colocar lenha na fogueira de Antonio Palocci.
"A Dilma não me pareceu nada bem. Fiquei preocupado", resumiu um senador após o almoço.
O início de decepção com o modo como Dilma conduz a política contrasta com o clima festivo dos encontros de Lula durante a semana, sempre fazendo questão de posar para fotos às gargalhadas, mostrando intimidade com os peemedebistas que começam a dar dor de cabeça para a presidente.
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