quinta-feira, 5 de maio de 2011

CONTRADIÇÕES


Autoridades dos Estados Unidos reafirmaram na quarta-feira que houve uma troca de tiros no complexo paquistanês onde Osama bin Laden foi morto, apesar do questionamento crescente sobre a versão dos fatos do governo Obama e das revelações de que o líder da Al Qaeda não estava armado.

"É fato que tiros foram trocados durante a operação", disse um funcionário do Pentágono.

Após um informe de autoridades da inteligência e da Defesa, membros do Comitê das Forças Armadas da Câmara se recusaram a discutir detalhes do que lhes havia sito relatado.

Mas indagado sobre Bin Laden ter sido alvejado desarmado, Adam Smith, democrata da comissão, disse aos repórteres que a equipe de assalto dos EUA de fato foi recebida a tiros.

"Eles entraram de noite. Estava escuro. Havia pessoas circulando. Eles receberam disparos, acho que de mais de uma pessoa", disse Smith. "Havia armas de fogo na área. Foi uma situação rápida na qual se sentiram ameaçados e reagiram de acordo."

Citando autoridades norte-americanas, a TV NBC relatou que quatro das cinco pessoas mortas a tiros na operação que matou Bin Laden, incluindo o líder da Al Qaeda, estavam desarmadas e não dispararam sequer um tiro - relato que difere das primeiras afirmações do governo, segundo as quais a equipe de assalto se envolveu em uma longa troca de tiros.

Buck McKeon, presidente do Comitê das Forças Armadas da Câmara, disse que a identificação de Bin Laden incluiu uma comparação de seu DNA com os de sua mãe e três filhos.

"Ele foi identificado de diversas maneiras, com análise fotográfica de DNA, não há dúvida", acrescentou Smith.

O Comitê das Forças Armadas da Câmara não recebeu fotos de Bin Laden, mas alguns membros pediram para vê-las para poder dizer a seus eleitores que as viram, afirmou McKeon.

Rob Andrews, outro membro da comissão, disse que quanto mais pessoas puderem validar a morte de Bin Laden, menos provável se torna a proliferação de teorias conspiratórias. Andrews disse que gostaria de ver as fotos para ajudar a "acabar com as bobagens conspiratórias".

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