Muito estranho – Há no anúncio da morte de Osama Bin Laden inúmeras dúvidas deixadas pelo governo dos Estados Unidos. Depois de quase dez anos fugindo de uma caçada implacável deflagrada pelo então presidente George W. Bush, o saudita Bin Laden, que se escondeu durante longo tempo em uma caverna encravada nas montanhas do Afeganistão, não se deixaria capturar de forma tão imprudente e infantil, instalado em uma mansão localizada a 50 km de Islamabad, capital do Paquistão. O imóvel, avaliado em US$ 1 milhão e registrado em nome de alguém sem posses, não tinha serviço de telefonia fixa e de internet, o que teria chamado a atenção do serviço secreto paquistanês.
Diferentemente do que ocorreu com Saddam Hussein, que foi preso em um esconderijo subterrâneo e cujas imagens foram divulgadas com largueza por todos os meios de comunicação do planeta, a morte de Osama Bin Laden ainda não teve qualquer fotografia oficial divulgada. E há a possibilidade de isso jamais ocorrer, pois se a morte aconteceu de forma brutal, a reação da comunidade islâmica pode ser uma tsunami ideológica que levará boa parte do planeta ao caos. Fora isso, tão logo a notícia sobre a morte de Bin Laden correu o mundo na noite de domingo (1), noticiou-se que o corpo seria levado para os Estados Unidos, o que não aconteceu.
Por outro lado, mas ainda comparando o episódio ao caso de Saddam Hussein, que foi preso, julgado e enforcado, Bin Laden, após os ritos religiosos do Islã, teve o corpo lançado ao mar. No mínimo uma atitude estranha para um povo que saiu às ruas para comemorar a morte de alguém que era considerado o inimigo número um e poderia se transformar em troféu. É relevante destacar que o próprio Saddam tinha dois ou três sósias, os quais eram acionados para participar de eventos públicos e também confundir os serviços de espionagem dos inimigos do então ditador do Iraque. O mesmo pode ter ocorrido com Osama Bin Laden.
Para alimentar ainda mais a fogueira das polêmicas, uma foto que seria de Osama Bin Laden já morto por integrantes da tropa de elite da Marinha norte-americana foi divulgada com alarde, mas horas depois foi considerada fraudulenta.
Independentemente da morte de Osama Bin Laden, a Al-Qaeda continua plena e intacta, pois o chefe da organização era uma espécie de fonte de inspiração para os integrantes do grupo que planejavam e participavam dos ataques terroristas. Mas é preciso considerar que a morte de Bin Laden, que para a opinião pública ianque é um misto de alívio e vitória, na prática representa o pavio de um barril de pólvora que pode ir pelos ares qualquer momento. Sem contar que será ainda maior a resistência dos governantes dos países árabes que enfrentam crises políticas.
Fato é que esse assunto merecerá em breve um silencioso sepultamento na imprensa mundial, pois a ninguém interessa manter o tema em voga, pois nos bastidores do poder global há um sem fim de interesses que misturam poder e dinheiro a rodo.
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