Segundo a denúncia, o "núcleo principal da quadrilha" era composto por Delúbio, Genoino e também pelo ex-ministro José Dirceu (Casa Civil)e o ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira. O objetivo do núcleo seria negociar apoio político, pagar dívidas pretéritas do PT e custear gastos de campanha e outras despesas do partido e de aliados.
A defesa destaca que os empréstimos constam da prestação de contas do PT e estão sendo quitados. "A legalidade, a viabilidade, o cabimento das transações financeiras permaneciam a cargo do secretário de Finanças, sendo a firma do presidente do partido requisito meramente formal para a execução do empréstimo."
Probo. Delúbio, também em alegações ao STF, disse que nunca negou que o PT, por meio de empréstimos realizados pelas empresas de Marcos Valério (suposto operador do mensalão), tivesse auxiliado financeiramente os partidos a que se aliara. "Diversos pagamentos foram feitos em benefício dos representantes desses partidos. Da mesma forma que os partidos aliados foram auxiliados financeiramente, integrantes do próprio PT que pretendiam concorrer às eleições seguintes ou quitar débitos de campanhas passadas - como os deputados João Paulo Cunha e Professor Luizinho - se beneficiaram de recursos provenientes dessas empresas e nem por isso se pode alegar que eles foram corrompidos."
Por seus advogados - os criminalistas Arnaldo Malheiros Filho, Celso Villardi, Flávia Rahal, Camila Nogueira Gusmão e Camila Vargas do Amaral - , que o definem como "homem probo e pobre", o ex-tesoureiro do PT sustenta que nunca ofereceu propina aos deputados em "contraprestação" a apoio político ao governo. "Nas votações mais importantes, como a da reforma da Previdência, a aprovação da proposta governamental deveu-se, principalmente, aos votos da oposição (PSDB)."
"Ayanna não tratava de créditos", afirma Mariz
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