sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O COBERTOR CHINES VAI FICAR CURTO


Os novos sinais de desaquecimento da economia chinesa, que divulgou uma redução de seu superávit comercial (saldo entre exportações e importações) em setembro, pelo segundo mês seguido, reacendeu debates sobre a fraqueza da economia mundial e os riscos de contágio no Brasil.

Com importações e exportações mais baixas que o previsto pelo mercado, a China registrou um saldo comercial positivo de US$ 14,5 bilhões no mês passado, 18,3% menor que os US$ 17,8 bilhões apresentados em agosto e menos da metade dos US$ 31,5 bilhões de julho deste ano.

Especialistas divergem sobre as proporções do impacto dessa desaceleração do comércio chinês sobre a economia brasileira. Mas alertam que nossas exportações nunca foram tão dependentes do país asiático. Em setembro, a China foi o destino de US$ 1 em cada US$ 5 (ou 20%) dos embarques no país, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento (Mdic). Em 2010, essa relação era de 15,25%. Em 2003, de 4%.

Para André Perfeito, da Gradual Investimentos, a desaceleração chinesa vai afetar o crescimento do Brasil. Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos por um país) brasileiro deve avançar 3,9% no próximo ano, abaixo da dinâmica interna da economia (4,5%), que consiste no consumo das famílias, gastos do governo e investimentos. Essa diferença será o peso do mercado externo.

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