domingo, 7 de fevereiro de 2010

VACINA CONTRA GRIPE SUÍNA


Negociações já adiantadas entre clínicas particulares de todo o país e laboratórios multinacionais trazem alívio para os grupos que ficarão fora da campanha pública de vacinação contra a gripe suína, promovida pelo Ministério da Saúde a partir de 8 de março e que deve imunizar 62 milhões de brasileiros – cerca de um terço da população. A rede privada também poderá vacinar qualquer pessoa contra o vírus influenza A (H1N1), independentemente de pertencer aos grupos considerados prioritários pelas autoridades sanitárias federais.

As doses serão negociadas diretamente entre as clínicas e os produtores, sem nenhuma interferência do governo. Instituições que quiserem promover a imunização contra a doença, que já matou 14 mil pessoas no mundo, 1,7 mil delas no Brasil, terão que importar a vacina dos dois únicos laboratórios que receberam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercializar no Brasil: Glaxo Smith Kline (GSK) e Sanofis-Pasteur.

Em Minas Gerais, as vacinas devem entrar no calendário de entidades como o Serviço Social do Comércio (Sesc), embora ainda não haja data para o início da imunização. “Estamos em fase de negociação. O Sesc é tradicional nesse tipo de alternativa para a imunização e certamente não ficaríamos de fora de uma campanha como essa. Ainda não sabemos como serão distribuídas as vacinas e muito menos o preço, mas não deve ser tão mais alto do que o da gripe sazonal, que no ano passado custou cerca de R$ 30”, explica o diretor da área de Saúde do Sesc em Minas Gerais, Antônio Carvalho Campos.

Nada menos que 128 milhões de brasileiros estão fora do calendário de vacinação definido pelo Ministério da Saúde, que beneficiará os jovens entre 20 e 29 anos, crianças de 6 meses a 2 anos, trabalhadores da área da saúde, grupos indígenas, doentes crônicos e gestantes. Porém, mesmo com o reforço representado pela rede particular de saúde, a vacinação não deve ser universal. “Não haverá doses para todos”, alerta o presidente da Sociedade Mineira de Pediatria, Paulo Poggiali.

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