terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

PISOU NA BOLA

No dia em que resolveu sair de cena, Ronaldo revelou que sofre de hipotireoidismo, a baixa produção de hormônios pela tireoide, descoberto durante a passagem pelo Milan, e que o impediu de se manter em forma nos últimos anos.

Alegou que o tratamento seria considerado doping, hipótese refutada pela comunidade médica. Para os especialistas, a reposição hormonal de tiroxina (T4) é simples: basta um comprimido tomado em jejum, geralmente pelo resto da vida.

Com a doença controlada, qualquer um realiza suas atividades, inclusive esportes de alto nível. E o ganho de peso no hipotireoidismo não controlado é a queixa que menos preocupa, pois ficar sem o remédio pode ter consequências graves, inclusive para o coração.

Daí a surpresa quando Ronaldo diz que não está tomando remédios, alegando que poderia cair em teste antidoping, e que engordou devido à doença.

O médico Eduardo de Rose, membro-fundador da Agência Mundial Antidoping e responsável pela área de controle antidoping do COB, afirma que a droga para hipotireoidismo não é proibida. E isso não precisaria ser comunicado.

- Mesmo que fosse, quando há recomendação médica, o atleta pode tomar o que for preciso, desde que avise à Federação Internacional.

A médica Gisah Carvalho, presidenta da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-PR), confirma que o comprimido para controlar o déficit de hormônio da tireoide não é doping.

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