Prova dos nove – Quando, no final de 2008, Luiz Inácio da Silva, preocupado com os efeitos da crise financeira internacional, pediu aos brasileiros para que mantivessem em alta o consumo, os jornalistas do ucho.info alertaram para a irresponsabilidade da ação, pois o endividamento recorde das famílias brasileiras seria uma questão de tempo.
Na ocasião, o messiânico Lula, abusando de seu discurso populista, disse que o ucho.info torcia contra o Brasil. Pouco mais de dois anos depois, a realidade dos fatos prova que em momento algum torcemos contra o Brasil, mas nos preocupamos com a armadilha que fora armada pelo Palácio do Planalto no caminho dos incautos brasileiros.
De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio, 64,8% das famílias brasileiras estão endividadas. Os resultados da pesquisa “Endividamento e Inadimplência do Consumidor”, que entrevistou 17.800 consumidores em todo o País, o número de famílias endividadas recuou no mês de março, em comparação com fevereiro. O levantamento aponta que o índice de famílias que se consideram endividadas passou de 65,3% em fevereiro para 64,8% em março. Por outro lado, o número de famílias endividadas em março deste ano é maior que o apurado no mesmo mês de 2010, quando o índice atingiu 63%. Para complicar o quadro, o índice de famílias endividadas sem condições de quitar seus compromissos saltou de 7,7%, em fevereiro, para 8,4% em março.
Como era de se esperar, cartões de crédito, carnês e financiamento de automóveis lideram as dívidas. O cenário deve continuar na seara das incertezas, pois enquanto o Palácio do Planalto luta para combater a inflação, reduzindo o consumo, bancos e financeiras invadem os meios de comunicação oferecendo ao consumidor as mais distintas modalidades de crédito. E mesmo com juros mais altos e prazos de pagamento mais curtos, os brasileiros continuam procurando crédito.
Foi dessa maneira irresponsável e chicaneira, com crédito fácil e consumo superaquecido, que Luiz Inácio da Silva, que contou com o apoio da atual presidente Dilma Rousseff, conseguiu o milagre econômico de arremessar na classe média brasileira, da noite para o dia, nada menos que 36 milhões de cidadãos. E esse inchaço da classe média serviu para rechear o discurso feito pelo desavisado Barack Hussein Obama no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no último domingo (20), a um seleto grupo de convidados.
Certa vez, Lula, para provocar os partidos de oposição, ousou dizer “nunca antes na história deste país”, como se ele fosse a versão tropical de Aladim, o folclórico gênio da lâmpada maravilhosa.
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