A oposição reagiu indignada ao anúncio da aprovação de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Minas apenas para municípios administrados pelo PT e outros partidos da base aliada. Das 9 cidades que receberão R$ 556 milhões em investimentos em saneamento, drenagem urbana e remanejamento das águas da chuva, seis têm prefeitos do PT (Betim, Contagem, Coronel Fabriciano, Governador Valadares, Nova Lima e Pouso Alegre), uma tem como vice-prefeito um petista (Belo Horizonte), e duas são administradas por partidos da base (o PMDB em Uberaba e o PP em Muriaé).
“É um absurdo que desmerece o presidente Lula, que está se aproveitando da popularidade para fazer uma política ultrapassada. O PAC vai mal, não deslanchou e vem sendo manchado por privilegiar a base de apoio do governo”, criticou o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Para ele, ao excluir prefeituras administradas pela oposição, a política do governo Lula se aproxima da do presidente Hugo Chávez, da Venezuela. “Queríamos que fosse Lula a influenciar Chávez, e não o contrário”, ironizou.
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