terça-feira, 16 de junho de 2009

SARNEY FALA AO SENADO


"A crise do Senado não é minha. A crise é do Senado e é essa instituição que nós devemos preservar. Tanto quanto qualquer um aqui, ninguém tem mais interesse nisso do que eu, até porque aceitei ser presidente da Casa", afirmou Sarney em discurso no plenário.

"Isso é uma crise mundial. O que se fala aqui no Brasil do Congresso fala-se na Espanha, fala-se na Inglaterra, fala-se na Argentina, fala-se em todos os lugares", acrescentou.

Entretanto, Sarney não rebateu objetivamente as denúncias, e escorou-se em sua biografia, ex-governador do Maranhão e ex-presidente da República (1985-1990). Segundo o parlamentar, os atos secretos do Senado, que podem não ter sido devidamente publicados, são fatos do passado, responsabilidade inclusive de ex-presidentes da Casa que já morreram.

"Eu não sei o que é ato secreto. Aqui ninguém sabe o que é ato secreto", destacou, lembrando que uma comissão está investigando as suspeitas e defendendo a punição dos culpados.

"Nós não temos nada que ver com isso. Hoje, todos os atos estão na rede... Vou levar em frente, doa a quem doer".

"Acho que não posso ser julgado. É uma injustiça do país julgar um homem como eu, com tantos anos de vida pública, com a correção que tenho e vida austera e família bem composta, que tem prezado a sua vida dentro da dignidade da sua carreira", afirmou Sarney.

"A renúncia, se ele pensasse na tranquilidade dele, seria uma boa saída. Mas, acho que ele não topa", comentou o senador Pedro Simon.

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