terça-feira, 2 de junho de 2009

TRES MINEIROS NO VOO 447


Dos 228 passageiros a bordo do voo 447 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro no domingo com destino a Paris e está desaparecido desde a madrugada de segunda-feira, segundo a companhia aérea, entre os que tiveram a nacionalidade identificada haveria 61 franceses, 57 brasileiros, 26 alemães, nove chineses, nove italianos, seis suíços, cinco britânicos, cinco libaneses, quatro húngaros, três irlandeses, três noruegueses, três eslovacos, dois norte-americanos, dois espanhóis, dois marroquinos, dois poloneses, um argentino, um austríaco, um belga, um canadense, um croata, um dinamarquês, um holandês, um estoniano, um filipino, um islandês, um gambiano, um romeno, um russo, um sul-africano, um sueco e um turco.
Entre os brasileiros, três eram de Minas Gerais. A advogada Júlia Chaves de Miranda Schmidt, de 27 anos, de Belo Horizonte, voltava para a Alemanha, onde fazia pós-graduação. Já o engenheiro Hilton Jadir Silveira Souza, de 50 anos, natural de Montes Claros, funcionário da Petrobras, ia a Berlim a trabalho. Marco Antônio Camargos Mendonça, outro engenheiro, de 44 anos, diretor de Manganês e Ligas da mineradora Vale, estava a caminho de Dubai, nos Emirados Árabes, em busca de um prêmio pelo reconhecimento de seu trabalho.
"Estou embarcando, fica com Deus.” Até a segunda-feira, essas foram as últimas palavras do diretor de Manganês e Ligas da mineradora Vale, Marco Antônio Camargos Mendonça, de 44 anos, à sua mulher, Lúcia. Minutos antes de embarcar no voo 447 da Air France, Marco telefonou a ela, como sempre faz nas inúmeras viagens que faz ao redor do mundo a trabalho.
Outro passageiro do voo AF 447 da Air France é o engenheiro Hilton Jadir Silveira Souza(foto acima), de 50 anos, mineiro de Montes Claros (Norte de Minas), onde sua família passou o dia cheia de angústia na segunda-feira, em busca de notícias sobre o avião. Funcionário da Petrobras, Hilton mora no Rio de Janeiro há cerca de 20 anos, mas sempre mantém contato com a terra natal, visitando a família constantemente.“Mãe, fique tranquila que, logo que voltar da viagem, vou a Montes Claros visitar a senhora e o pessoal aí", teriam sido as últimas palavras do engenheiro, ao se despedir por telefone. Ele esteve na terra natal pela última vez em março, quando participou de um churrasco com a família e amigos. Uma semana depois, assistiu a uma partida de seu time do coração, Cruzeiro, contra o Estudiantes, no Mineirão, em Belo Horizonte.

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