sexta-feira, 3 de julho de 2009
TORCIDA RACISTA
A acusação do zagueiro Elicarlos, do Cruzeiro, de ofensa racista pelo atacante Maxi López, do Grêmio, na semana passada, rendeu mais problemas no jogo de volta da semifinal da Copa Libertadores (2 a 2). Torcedores no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, foram vistos imitando macacos na arquibancada quando o defensor ia entrar em campo, junto com gritos.
Leonardo Silva, também do time mineiro, foi alvo das ofensas nos momentos dos segundo tempo em que não demonstrava rapidez para repor a bola no jogo. O problema foi reconhecido pelo presidente gremista Duda Kroeff. "Temos de expulsar essas pessoas daqui", diz, em entrevista ao jornal Zero Hora desta sexta-feira.
Ainda na saída de campo, Elicarlos disse ao SporTV que não se arrependeu da denúncia que fez. "Estou ciente do que fiz, isso não deve acontecer em campo". O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, diz que não vai pedir punições. "As autoridades estão vendo e tomara que façam alguma coisa. Tenho certeza de que se o Maxi pedisse desculpas, tudo seria encerrado."
A denúncia feita por Elicarlos no jogo no Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, está sendo investigada pela polícia e ainda não tem previsão de desfecho. Caso seja confirmado o crime, a pena prevista pode ser de até cinco anos de prisão.
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