A presidente Dilma Rousseff assumiu o governo federal com o montante recorde de contas a pagar do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os estoques de restos a pagar, que são os compromissos assumidos em anos anteriores que se acumularam para os exercícios seguintes, totalizaram R$ 137,5 bilhões no Orçamento Geral da União.
Os números fazem parte de um levantamento realizado pela ONG Contas Abertas com base nos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi).
O volume de restos a pagar neste ano considera despesas correntes (R$ 63,8 bilhões), investimentos (R$ 57 bilhões), inversões financeiras (R$ 12,9 bilhões), gastos com pessoal (R$ 2,1 bilhões), além de outras despesas pequenas.
O levantamento não incluiu os dispêndios das empresas estatais, dos Estados, municípios e da iniciativa privada, que não são contabilizados no sistema de receitas e despesas da União.
O Contas Abertas chama atenção para o fato de que os R$ 137,5 bilhões representam o dobro de tudo o que o governo pretende gastar com investimentos neste ano (R$ 64 bilhões) e o triplo do previsto para o Programa de Aceleração do Crescimento (R$ 40 bilhões).
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