Um estudo feito por um especialista da Uerj e divulgado domingo pelo "Fantástico", da TV Globo, constatou que a água de um rio, a lama e o ar de Nova Friburgo, a cidade mais atingida pela enxurrada, estão altamente contaminados e oferecem risco à população.
Mais de uma semana após a tragédia, Gandhi Giordano viajou ao município para apontar as principais doenças a que os moradores estão expostos. O primeiro item testado foi a água do Rio Bengalas, que corta o município.
- Na água, analisamos a concentração de Escherichia coli, bactéria presente no intestino das pessoas. O limite dela permitido é de 800 unidades por cem mililitros, que é um copo pequeno de água. Lá, há 68 mil unidades - diz o professor.
O número encontrado é 85 vezes maior que o limite. Amostras de lama e poeira também foram coletadas para teste, além da água fornecida pela rede de abastecimento da cidade.
Na lama, foram encontrados 92 mil coliformes fecais a cada cem mililitros: 115 vezes mais que o tolerado. No ar, havia mais de duas mil bactérias por metro cúbico. Uma pessoa respira dois metros cúbicos de ar por hora. Dessa forma, os moradores de Nova Friburgo estão inspirando cerca de quatro mil bactérias e quatro mil fungos por hora.
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