quinta-feira, 9 de junho de 2011

CONTINUA SUSPEITO


de Lucia Hipolyto

Estava escrito nas estrelas.

Antonio Palocci gastou mais uma de suas sete vidas.

Saiu do governo pela porta dos fundos, como da outra vez.

Mas muita coisa precisa ainda ser esclarecida.

1. A Consultoria Projeto teria funcionado como a SMP&B de Marcus Valério, captando recursos para distribuir para a base aliada, como no mensalão?

2. por que alguém que tem recursos para comprar um apartamento de mais de R$ 6 milhões de reais continua morando de aluguel, pagando quase R$ 20 mil por mês, entre locação, IPTU, condomínio e outros tributos?

3. a confusão de laranjas, empresas de fachada, CNPJs duplicados e endereços falsos não faz supor que o apartamento supostamente alugado não seria, na verdade, de propriedade de Palocci?

4. o que fazer, agora que a própria Caixa Econômica Federal declarou que o gabinete do então ministro da Fazenda Antonio Palocci foi o responsável pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo?

5. por que Antonio Palocci apresentou à Justiça Eleitoral em 2006 dois CPFs diferentes? Como alguém que foi ministro da Fazenda pode desconsiderar a lei a este ponto?

6. como um deputado federal, membro da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara pode alegar que montou uma consultoria em que ganhava milhões de reais supostamente aconselhando empresas que ou tinham ou teriam negócios com o governo ou que ele, como deputado, poderia ter que examinar?

7. depois da eleição de Dilma, o PT enviou em 4 de novembro de 2010, uma carta a empresários e banqueiros solicitando uma contribuição “voluntária” para zerar as despesas da campanha de Dilma. A carta era assinada pelo coordenador financeiro da campanha, José de Filippi.

8. Pergunta: nesse período, a consultoria de Palocci “captou” R$ 10 milhões de reais. Quanto das contribuições “voluntárias” de empresários e banqueiros teriam ido para a conta da consultoria de Palocci?

Enfim, a lista é longa. As perguntas são muitas.

Aceito sugestões.

Vamos à luta!

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