sexta-feira, 17 de junho de 2011

EM REGIME DE CORRUPÇÃO

Os deputados Vanderlei Macris (SP) e Rui Palmeira (AL) consideram a incapacidade do governo federal o combustível para o pessimismo da população em relação à infraestrutura para a Copa do Mundo de 2014. Levantamento da GFK, quarta maior empresa de pesquisa do mundo, mostra que 68% dos brasileiros não acreditam que as obras do país estarão prontas até o início do torneio.

Quanto ao responsável pelo sucesso ou fracasso do mundial, o governo federal lidera disparado o ranking, com 42%. A percepção de que os preparativos seguem atrasados está distribuída por todas as faixas etárias. Na divisão por gênero, a visão é mais negativa entre as mulheres: 71% consideram que não haverá tempo, contra 63% dos homens.

Na avaliação de Macris, a pesquisa reforça que o Executivo foi desatento e irresponsável. O Brasil sabe que sediará o evento há três anos, mas nenhuma providência foi tomada. Para o tucano, por falta da capacidade de gestão, levantam-se diversas suspeitas sobre se o evento será realizado com a estrutura e condições necessárias para atender os visitantes.

“Tudo será feito de última hora, as obras ficarão mais caras e quem pagará mais uma vez é o brasileiro. Isso é um absurdo. Já é parte do DNA do governo: fazer tudo de maneira mal feita para custar mais caro e, assim, ter maiores benefícios”, afirmou.

O tucano criticou a aprovação do regime especial de licitação, que permitirá sigilo nos certames e não dará transparência para contratação de empresas. “Com a aprovação dessa lei, tudo será feito de maneira rápida e escondida. O governo trabalha contra os interesses do país.”

Rui Palmeira acrescenta que o problema com os aeroportos é o mais preocupante. “O próprio Ipea disse que, mesmo com a iniciativa privada, os terminais não ficarão prontos. Isso mostra total incompetência do governo. Ficou esperando e agora flexibiliza a lei de licitações da pior maneira possível”, ressaltou.

O deputado espera que as obras fiquem prontas até o início do evento, mas teme o encarecimento em função da falta de planejamento. “Se a decisão da privatização tivesse saído antes, já teríamos alguns aeroportos prontos. As obras ficarão prontas, porém, com um custo elevadíssimo para o contribuinte brasileiro”, concluiu.

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