terça-feira, 6 de setembro de 2011

COVARDIA PARA QUEM?


O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, criticou [ontem] o fim da CPMF e a falta de recursos para a Saúde. A queixa foi feita ao chegar ao Ministério da Fazenda para uma reunião com o ministro Guido Mantega.

- Foi uma covardia a extinção da CPMF - afirmou.

Covardia para quem? Só se for para políticos como ele e Lula, que tratam a Saúde como se fosse uma despesa nova e que precisasse de uma fonte de recursos, também, nova! Ora a Saúde e a Educação devem ser tratadas com prioridade na aplicação de recursos dos impostos existentes, as outras despesas, como gastos excessivos com pessoal e desvios nas licitações, que esperem sobrar dinheiro.

Para Cabral, o fim do tributo - cuja prorrogação até 2011 foi derrubada pelo Senado no fim de 2007 - fez muito mal não ao governo do ex-presidente Lula, mas ao povo brasileiro. Ele afirmou que assinará a carta dos governadores à presidente Dilma que pedirá novas fontes de financiamento da Saúde, ou seja, a criação de um tributo que seria destinado à área.

- O Brasil assumiu um modelo de atendimento à população, a meu ver correto: o universalizado, no qual a população tem direito à saúde ampla e irrestrita.

Cabral argumentou que no Rio de Janeiro, por exemplo, há hospitais públicos que eram referência nas décadas de 70 e 80, mas não o são mais por falta de dinheiro.

O governador do Rio foi questionado por repórteres se não haveria condições de o governo destinar mais recursos à Saúde apenas com melhor administração da arrecadação, que já é recorde. Cabral respondeu que, no orçamento atual, o governo tem preocupação com a política econômica para obter estabilidade inflacionária e garantir o crescimento.

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