sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O NOVO MINISTRO GASTÃO VIEIRA CONDENAVA O MENSALÃO. E AGORA?


Filipe Coutinho e Fernando Mello, Folha de S. Paulo

O novo ministro do Turismo, Gastão Vieira (PMDB), classificou em discursos feitos na Câmara o esquema do mensalão como um caso de corrupção "sem paralelo" na história brasileira.

Vieira tomará posse hoje em substituição a Pedro Novais, que deixou o cargo depois de a Folha revelar que ele usava funcionários pagos com dinheiro público em atividades particulares.

Em 2005, quando estourou o mensalão, Vieira era deputado pelo PMDB do Maranhão e integrou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou o caso.

Enquanto a cúpula petista e o então presidente Lula se esforçavam na tentativa de desqualificar o escândalo, o novo ministro foi à tribuna dizer que o mensalão era um caso "deliberadamente e estrategicamente" montado para comprar deputados.

Em seus pronunciamentos feitos à época, ele disse que o mensalão partiu do Executivo e o governo, em vez de aproveitar a popularidade de Lula, preferiu "comprar partidos e cooptar deputados".

"A crise tem origem no Executivo, que poderia usar a força dos votos que trouxe Lula para a Presidência e fazer as reformas com nossa adesão."

Vieira chegou a considerar que Lula corria risco de sofrer impeachment.

"Devemos eleger um presidente para a Câmara independentemente do tamanho de bancada, que não provoque o impeachment do presidente Lula, mas esteja pronto para fazê-lo se as circunstâncias assim o determinarem", discursou no plenário, três meses após o mensalão ser revelado pela Folha.

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