O Globo
A uma plateia de militantes e personalidades petistas, a presidente Dilma Rousseff disse na noite de [ontem] que ajudou a construir o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que os erros e acertos de seu antecessor são seus também.
"Uma herança é pouco, é como se fosse aquelas camadas que fundamentam o solo e que garantem que as pedras tenham vários graus de solidez. Eu estou firmada sobre uma pedra muito sólida", discursou Dilma durante o 4º Congresso Nacional do PT.
"Não é herança porque eu ajudei a construir essa pedra, eu estava lá. Os erros e acertos dela são meus erros e meus acertos", acrescentou Dilma, pouco antes de criticar a imprensa por, segundo ela, tentar caracterizar o legado de Lula como "herança que não é bendita."
Aliás, as críticas à mídia foram um ponto comum nos discursos de Dilma, Lula - que se disse vítima de "mentiras" - e do presidente do partido, Rui Falcão, que acusou a "imprensa marrom" de "caluniar, injuriar ou difamar" políticos do partido.
A presidente contestou ainda as alegações de que não teria habilidade política suficiente para exercer a Presidência. A avaliação é feita, inclusive, por alguns aliados, que alegam inabilidade da presidente na condução política do governo, mas foi creditada por Dilma à oposição.
"Especulam sobre a minha suposta inapetência política de que eu sempre fui uma gerente tecnocrata muito despreparada para o exercício da Presidência", disse.
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