terça-feira, 20 de setembro de 2011

PARABÉNS CINELANDIA


Terminou na noite desta terça-feira (20) o protesto contra a corrupção feito na Cinelândia, no Centro do Rio. Manifestantes se reuniram no fim da tarde na Praça Floriano para o protesto "Todos contra a corrupção". Alguns integrantes do movimento Rio de Paz levaram vassouras para "varrer a corrupção". Muitos optaram por vestir fantasias para protestar.

Os manifestantes encerraram o movimento cantando o hino nacional.

No local do protesto, os integrantes do Contra Corrupção tentaram comandar o público a partir de um carro de som, de onde listavam suas reivindicações e frisavam o caráter apartidário do protesto.

Essa visão não foi compartilhada pelo grupo mais ruidoso do protesto, concentrado nas escadarias da Câmara de Vereadores com vassouras na mão e faixas pedindo a queda do governador Sérgio Cabral (PMDB) e chamando a presidente Dilma Rousseff de "faxineira incompetenta", numa brincadeira com o fato de ela preferir ser chamada "presidenta". Um grupo de bombeiros reivindicando aumento salarial reforçava o coro contra Cabral.

Entre os manifestantes estava o aposentado João Alfredo, 64, que trouxe narizes de palhaço para distribuir para os manifestantes. "[Uso o nariz de palhaço] porque é como eu me sinto diante da corrupção, da impunidade, do voto secreto dos parlamentares. Eu convidei minha mulher para vir ao protesto, mas ela disse que isso é coisa de jovem. Eu posso não ser jovem mas continuo cidadão."

Com uma vassoura na mão, a estudante Sara da Silva Santos, 12, explicava sua indignação. "São muitos safados fazendo coisa que não presta."

Ao microfone do carro de som, Eudes Santos, um dos responsáveis pela convocação do protesto na internet, listava as reivindicações que surgiram a partir dos debates na internet: redução dos cargos comissionados no serviço público, fim do foro privilegiado na Justiça para autoridades, fim do sigilo bancário dos ocupantes de cargos públicos, critério técnico para nomeação dos ministros do Tribunal de Contas da União e aprovação de projetos de combate à corrupção engavetados no Congresso Nacional.

"A gente não quer nada mais do que transparência. Nós não somos contra os políticos, mas contra suas práticas. Nós somos um movimento democrático, cada um pode protestar contra o que quiser", afirmou Santos.

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