terça-feira, 23 de novembro de 2010

NÃO É SÓ O BAÚ, TEM MAIS PEPINO


Já existem fortes temores no mercado financeiro a respeito da saúde dos bancos brasileiros de porte médio, porque continuam insondáveis as verdadeiras dimensões do rombo no Banco PanAmericano.

O governo Lula meteu-se numa armadilha ao entrar de sócio no banco de Silvio Santos, ao autorizar a compra de 49% do seu controle por parte da Caixa Federal.

O governo Lula já tinha feito algo semelhante no caso do Banco Votorantim, mas neste caso a vítima foi o Banco do Brasil.

Na época, foram duas operações típicas de socorro a bancos privados. Eles receberam dinheiro público, mas seus donos privados prosseguiram fazendo e acontecendo. O governo decidiu intervir diretamente. No governo FHC, foi o Banco Central quem coordenou todo o programa do Proer.

Ao contrário do governo FHC, que percebeu o risco sistêmico oferecido pelos defaults do Banco da Bahia, Nacional e Bamerindus e criou o Proer, o governo do PT parece não se dar conta da gravidade do poblema atual e tenta transferir dinheiro público para bancos privados em crise, sem mandar o Banco Central vasculhar e diagnosticar o alcance de tudo o que está acontecendo no sistema financeiro brasileiro.

Os problemas na banca internacional, com ênfase para Estados Unidos e Europa, inclusive com a quebradeira generalizada de bancos americanos, mostraram que a festa com créditos fáceis pode acabar mal. Nos EUA foi o caso dos créditos imobiliários, mas no Brasil o problema pode ter começado com os créditos consignados.

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