quinta-feira, 4 de novembro de 2010

XÔ CPMF

"Tenho muita preocupação com a criação de imposto. Preferia que a gente tivesse outros mecanismos. Agora, tenho visto uma mobilização dos governadores nessa direção e não posso fingir que não vi.

Está em questão a regulamentação da Emenda 29. Para a União, é mais fácil. Para os estados e municípios, é mais difícil. Então, é necessário com os governadores eleitos que se abra um debate.

Eu não pretendo enviar ao Congresso a recomposição da CPMF.

Do ponto de vista do governo federal, não há necessidade premente. Agora, do ponto de vista dos governadores, eu sei que há esse processo. Não posso ir além disto".

Essa é a posição da presidente eleita Dilma com relação à volta da famigerada CPMF, ou seja, ela não mostra simpatia com a volta do tributo, mas já se sente pressionada políticamente.

Lula fez sua pressão em público, em plena entrevista, ao lado de Dilma, pregando em frente às cameras de tv a volta do imposto que foi sua maior derrota no Congresso. Trata-se de um capricho pessoal de Lula, uma vingança, nem que seja tardia, contra a oposição. Esquece ele, de propósito, que a oposição não tinha maioria para derrubar a CPMF e isso só aconteceu porque aliados da sua base votaram junto com a oposição.

"Não esqueço nunca que, por conta disso (da oposição), essas pessoas tiraram R$ 40 bilhões anuais da saúde". Diz Lula rancoroso, mas porque não reclama da sua base, principalmente do PMDB, de onde saíram votos para derrubar seu amado imposto?

Dilma sabe, que a PEC 29 é bastante para recuperar a saúde no país e Lula foi intrometido e deselegante com a presidente eleita ao pressioná-la públicamente em favor de seu capricho pessoal. Está mais do que na hora de Lula calar a boca.

A oposição e a sociedade brasileira devem reagir contra a volta desse imposto em cascata e inflacionário, reeditando a campanha "XÔ CPMF", pressionar a presidente eleita e se contrapor à pressão dos políticos insaciáveis de impostos.

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