sábado, 13 de novembro de 2010

SEGUUUURA PEÔA!!!

da revista Exame

Oito dias depois da vitória de Dilma Rousseff nas eleições, o mercado de juros futuros duvida da capacidade da presidente eleita de conter a inflação.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro com vencimento em 2015 está subindo mais do que a taxa do contrato para 2011. Com isso, a diferença entre os dois aumentou para 123 pontos-base, a maior em cinco meses. Essa diferença sinaliza que o Banco Central terá que elevar o juro básico nos próximos anos para controlar a inflação. Desde 29 de outubro, último dia de negócios antes do segundo turno, a diferença aumentou 24 pontos- base, ou 0,24 ponto percentual.

Existe um receio crescente de que Dilma não vai conter os gastos públicos para ajudar o Banco Central a manter a inflação na meta. A presidente eleita disse em 3 de novembro que pretende aumentar o salário mínimo mais do que o planejado. A declaração veio três dias depois de afirmar em seu discurso de vitória que a população não tolera mais governos que gastam em níveis “insustentáveis”.

“O que tem ficado claro é que não existe nenhum plano de ajuste fiscal”, disse Marina Santos, economista da Squanto Investimentos em São Paulo. “Sem o ajuste fiscal, a inflação vai aumentar e parece que o novo governo terá uma tolerância com inflação mais alta. Um dia ela diz uma coisa, no seguinte, outra. Investidores estão exigindo um prêmio maior por causa da incerteza.”

A taxa dos contratos de DI para 2015 aumentou 12 pontos- base para 11,88 por cento ontem depois de uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo afirmando que Dilma pode substituir Henrique Meirelles na presidência do Banco Central e pressionar por um corte no juro básico na primeira reunião de política monetária em 2011.

“O Banco Central se pronuncia apenas por meio dos seus documentos oficiais e não faz análises extemporâneas de conjutura”, disse ontem o BC em nota enviada por e-mail.

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