de Paulo BornhausenO contribuinte brasileiro não está mais deitado eternamente em berço esplêndido. O gigante da letra do Hino Nacional não vai aceitar que, sorrateiramente, lhe imponham mais um imposto. Não adianta irem contra sua própria natureza: CPMF, nunca mais! Esses governadores que ainda não tomaram posse precisam estar atentos, como estão Raimundo Colombo, aqui, e Rosalba Ciarlini, no Rio Grande do Norte. E Alckmin, em São Paulo, e tantos outros. É importante que releiam suas propostas e seus discursos de campanha antes de aceitar serem laranjas da frustração do presidente que está indo embora.
Da última quinta-feira para cá, a sociedade já deu o seu alerta. O setor produtivo e o consumidor estão dizendo não a esta ideia nefasta. A volta da CPMF, venha travestida do que vier, não está na agenda da sociedade – e por isso não está na minha agenda.
O povo elegeu novos governantes e novos representantes no Legislativo para melhorar de vida. Mesmo quem optou pelo mesmo grupo, foi levado por discursos de mudança, de aperfeiçoamento, e não de retrocesso. Nenhum desses que, hoje, têm a desfaçatez de falar na criação de mais impostos teve a coragem de dizer, durante a campanha: “Se eleito, vou propor a volta da CPMF para dar um jeito na saúde”.
Ninguém fez isso porque sabia que não seria eleito. Vir, agora, com essa proposta é trair o eleitor.
O povo brasileiro deu um recado claro aos políticos quando derrubou a CPMF. Mostrou que sabe que é explorado pela mais alta carga tributária do mundo e resolveu reagir. E não vai voltar atrás. Porque não abre mão de sua cidadania. Porque não vai trair a própria consciência. Porque não vai aceitar mais ser traído. Santa Catarina deflagrou o movimento contra a CPMF em 2007. Agora, vamos às ruas novamente.
Os lojistas, parceiros de primeira hora, já deram seu grito em todo o país. A luta continua. Xô, CPMF!
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