quarta-feira, 25 de novembro de 2009

ONDE ISSO VAI PARAR?


Durante a aplicação de uma prova, terça-feira, Antônio Daniel Fernandes Coelho, de 42 anos, professor do curso de veterinária da Universidade Presidente Antônio Carlos (Unipac), em Juiz de Fora, na Zona da Mata, levou um soco no rosto do estudante Silvério Geraldo França, de 28, de acordo com registro feito pela Polícia Militar. A agressão reforça dados da pesquisa divulgada pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG). Intitulado Rede particular: vida de professor e violências na escola, o estudo mostra que ataques verbais e ameaças também fazem parte da realidade das escolas privadas, da educação infantil ao ensino superior.

São, geralmente, atos violentos praticados por jovens, aqueles mesmos donos da responsabilidade de ser o futuro da nação. Os mesmos jovens vítimas de violência, como o estudante da PUC Minas baleado segunda-feira depois de sair da faculdade. A vulnerabilidade dessas pessoas à violência também fora da escola é tão grave que foi foco de relatório divulgado terça-feira pelo Ministério da Justiça.

É a primeira vez que as portas de instituições particulares de ensino se abrem para o tema violência, comprovando que esse cenário não se restringe às escolas públicas. Sessenta e dois por cento dos professores entrevistados disseram ter presenciado agressão verbal em estabelecimentos de ensino. Quase um quarto revelou ter visto agressão física, como a do professor da Unipac. Mais de um terço deles já viu situações de intimidação e ameaças. Um quinto dos profissionais comprovaram a existência de tráfico de drogas nas escolas. Mais da metade já testemunhou episódios de danos ao patrimônio da escola e um quinto presenciou danos ao patrimônio pessoal.

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