O fotógrafo Júlio Toledo teima em lembrar aos belo-horizontinos que a sua capital, por incrível que pareça, ainda é cidade jardim – “adjetivo” atribuído a BH nos bons tempos da pacata metrópole arborizada, em que gigantescos fícus enfeitavam a Avenida Afonso Pena. Foram-se os fícus, vai-se a gentileza urbana, outdoors e prédios roubam o lugar das montanhas, mas os ipês-rosa resistem. O cidadão pode até não reparar neles, esbaforido no corre-corre cotidiano, mas essas belas árvores estão por aí, insistindo em florir.
A beleza não se resume à “paisagem aérea”. Flores no chão desenham tapetes coloridos, às vezes atropelados pela indiferença dos apressados. Os postais de Júlio Toledo também destacam detalhes do patrimônio arquitetônico da capital, com belos ângulos de prédios que a gente vê diariamente, mas nem repara neles.
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