segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

CINEMA EM 2009


Um ano de recordes. O cinema registrou performance surpreendente no país, principalmente das obras nacionais. O público do filme brasileiro cresceu 76% este ano, elevando a renda da bilheteria para R$ 130 milhões, conforme dados da Filme B, empresa de pesquisa e análise do mercado cinematográfico. Ainda de acordo com a empresa, a performance aproxima a bilheteria da verba média de captação do cinema brasileiro, em torno de R$ 150 milhões. No balanço geral (que inclui os estrangeiros), outro recorde: renda de mais de R$ 1 bilhão de bilheteria no Brasil.

Como nem sempre quantidade implica qualidade, a pergunta que não quer calar: que produção nacional é esta que atraiu tanta gente para as salas de exibição? A resposta é simples e confirma tendência cultural: as comédias continuam encantando o brasileiro e lideram o ranking, conforme dados da Filme B: Se eu fosse você 2 (6.093.200 espectadores); Divã (1.831.137); A mulher invisível (1.628.257). Para quem torce o nariz para esse tipo de produção, o consolo: pelo menos as duas primeiras obras são estreladas por grandes atores; as três são menos grosseiras; e, se estão absolutas no pódio, não estão sozinhas no ranking: vêm acompanhadas de três documentários, o primeiro deles registro superimporante: Simonal – Ninguém sabe o duro que dei, com 65.846, seguido de Surf adventures 2, com 56.289; e Fiel, com 49.488.

A tendência do mercado (nacional e mundial) tem sido optar por mais do mesmo: espectadores preferem ver os números 2, 3, 4 , 5 e até 6 ou mais do mesmo filme. Continuações se tornaram, ao contrário de antigamente, apostas certeiras. Apostar no seguro tem sido a regra.
Rankings de filmes mais vistos não têm qualquer ligação com listas dos melhores filmes do ano, os tais cinco estrelas. Os melhores deste ano, por exemplo, não estão entre os 10 mais vistos. Destaques: Quem quer ser um milionário?, indiano grande vencedor do Oscar; O leitor, com Kate Winslet irrepreensível; Vicky Cristina Barcelona, do hors-concours Woody Allen; o sensível Gran Torino, de Clint Eastwood; A partida, japonês vencedor do Oscar de estrangeiro; O curioso caso de Benjamin Button, com Brad Pitt; o provocador Filmefobia, do mineiro Kiko Goifman; o brasileiro A festa da menina morta, com Daniel de Oliveira; o genial Bastardos inglórios, de Tarantino; ou o perturbador Anticristo, de Lars von Trier. O mesmo não pode ser dito das animações, as boas costumam frequentar o ranking das mais vistas. A era do gelo 3, por exemplo, encabeça a relação dos filmes mais assistidos no Brasil e está bem no resto do mundo.

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