terça-feira, 15 de setembro de 2009
ATÉ QUE ENFIM, UM POUCO DE BOM SENSO
O proprietário de uma área rural poderá colher sementes, castanhas e frutos, pegar lenha para uso doméstico e usar madeira para construir benfeitorias dentro de sua reserva legal. Nessa área, também poderá fazer o manejo florestal sustentável, ou seja, cortar algumas árvores de forma alternada.
As medidas integram uma instrução normativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) que regula o uso sustentável das reservas legais localizadas dentro das propriedades rurais. Com as regras, o MMA quer dar uma resposta aos ruralistas, que reclamam da quantidade de áreas protegidas ambientalmente, sustentando que elas dificultam a sobrevivência dos produtores, principalmente dos pequenos.
Pelo Código Florestal, que data de 1934, as reservas legais são as áreas dentro das posses rurais necessárias ao uso sustentável dos recursos naturais e servem, também, para abrigar e proteger fauna e flora.
Em geral, por lei, a reserva precisa ocupar 20% da área total da propriedade. Na Amazônia, porém, precisa ser de 80%.
"Já havia a previsão do uso sustentável da reserva legal no Código Florestal. Mas, na prática, ninguém conseguia utilizá-la e todos interpretavam a área como indisponível", afirma João de Deus Medeiros, diretor do Departamento de Florestas do MMA. Até multas eram dadas a quem utilizava a reserva.
Agora, a norma permite a abertura de trilhas para ecoturismo nas reservas, além de pequenas vias de acesso para retirada de produtos florestais. Mas a cobertura vegetal da área não pode ser descaracterizada nem sua função ambiental, prejudicada. A Área de Preservação Permanente (APP), como margens de rios e topos de morros, continua intocável.
A ação é uma tentativa de mostrar que não há necessidade de mudar radicalmente a legislação ambiental, tendo em vista a intenção de ruralistas de alterar o Código Florestal. Uns defendem até a sua revogação.
De acordo com Medeiros, muitas dificuldades apresentadas pelo setor rural não são problemas do Código Florestal, mas, sim, da falta de regulamentação. O diretor afirma que a instrução normativa publicada na quarta-feira passada no Diário Oficial da União é "fruto de consenso com diferentes movimentos" da sociedade.
Enquanto se paga indenizações milionárias aos "esquerdistas" que pegaram em armas, assaltaram bancos, sequestraram e assassinaram em nome de uma resistencia que levasse o Brasil a um governo modelo cubano nos anos 1970, os produtores rurais brasileiros que ajudam a produzir o superávit da balança de pagamentos, são constrangidos e multados por um bando de eco-xiitas instalados nos órgãos governamentais de meio ambiente.
Essa pequena concessão ainda é muito pouco. Os produtores rurais merecem ser indenizados pelos reflorestamentos que estão fazendo em suas propriedades, devem receber pela manutenção das nascentes.
O melhor aliado que o governo pode ter na preservação do meio ambiente é o dono legal da terra. No dia que o governo enxergar isso e tratá-lo como aliado e não como delinquente, como faz o atual governo, teremos uma revolução na preservação ambiental.
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