Hortaliças antes passadas de geração em geração, como a araruta e a azedinha, que gradativamente foram perdendo espaço com o crescimento das cidades, estão ao alcance de associações, escolas, prefeituras e outras instituições que quiserem produzí-las. Uma parceria entre a Embrapa e a Emater-MG vai permitir a implantação de hortas com estas hortaliças não-convencionais em cidades de quatro regiões de Minas: em Juiz de Fora, na Zona da Mata, em Varzelândia, no Norte de Minas; em Três Marias e Sete Lagoas, na região Central e em cidades às margens da usina de Irapé, no Vale do Jequitinhonha. As hortas devem estar implantadas até o fim do ano.
O primeiro plantio for realizado no começo de Setembro em um dia de campo com alunos da Universidade Federal de São João Del Rei. Foram plantados 17 tipos diferentes de hortaliças que não são comuns nos sistemas convencionais de produção e comercialização. O objetivo é resgatar a cultura do consumo desses vegetais cada vez mais raros, ainda encontrados em algumas hortas do interior do estado.
As mudas e sementes, assim como as intruções para plantio e reprodução, são repassadas depois de preenchido um cadastro com os dados da instituição e um termo de cessão de materias. A prioridade é para entidades capazes de montar um viveiro para produzir e multiplicar as hortaliças em sua região.
Receita com a planta peixinho da horta ou lambari de folha, nomes populares de uma planta da familia da sálvia, usada no interior, como tira-gosto. A planta tem sabor de peixe. |
Os agricultores de hortas comunitárias de Sete Lagoas já tem as hortaliças para consumo próprio e venda. Até o fim do ano a Embrapa vai montar uma cartilha destinada a agricultores, um manual de cultivo e um livro de receitas testadas, todas feitas com as raridades.
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