domingo, 6 de setembro de 2009

MACAQUINHOS NO SÓTÃO


Uma semana depois de fazer um discurso pró-estatista e defender maior presença do governo no controle dos negócios com o petróleo do pré-sal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje um pronunciamento em cadeia de rádio e TV pedindo que os brasileiros se "mobilizem" e pressionem deputados e senadores para que os "interesses menores" da oposição não vençam no Congresso e "retardem ou desviem a marcha do futuro".

O pronunciamento alusivo aos 187 anos da Independência foi integralmente usado para fazer um alerta em tom de ameaça: se o Congresso não apoiar o modelo da partilha na exploração do pré-sal, proposto para aprovação do Congresso em quatro projetos de lei, a "riqueza do pré-sal" vai "escapar das mãos dos brasileiros" e deixar de ser um instrumento "para pagar a imensa dívida que o País tem com a educação e a pobreza".

Seria "um erro grave", disse Lula, usar no pré-sal o modelo da concessão, adotado em 1997, "quando não sabíamos da existência de grandes reservas e o País não tinha recursos para explorar seu petróleo". A partilha, acrescentou, "garante que o Estado e o povo continuem donos da maior parte do petróleo e do gás mesmo depois da extração". O modelo novo "impede que qualquer governante gaste de forma irresponsável os recursos" do pré-sal, afirmou o presidente, repetindo que o dinheiro irá para "a educação, ciência e tecnologia, cultura, defesa do meio ambiente e combate à pobreza".

O "messias" Lula sempre usa esse tom quando discordam das suas posições. Ninguém é contra o pré-sal, Lula está criando fantasmas para justificar a sua fisiologia política.
A oposição foi muito clara. Estão contra o caráter de urgencia proposto por Renam Calheiros e adotada por Lula. Para que urgencia num assunto que só vai se iniciar num prazo mínimo de 10 anos? Porque não dar mais prazo para uma discussão madura que leve a regras mais seguras para o uso das riquezas do Pré-Sal? A preocupação de Lula não é o Pré-sal, é a eleição da sua candidata que não parece mais tão certa assim.

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