sábado, 4 de setembro de 2010
DAQUI NÃO PASSARÃO!
A ponte Afonso Pena, construída pelo presidente Afonso Pena, em 1909, foi comprada inteira, na Inglaterra, transportada de navio até o Brasil, do porto a Uberlandia de trem e depois peça por peça transportada por carros de boi de Uberlandia até à divisa de Minas Gerais com Goiás, no rio Paranaíba.
Às margens do rio Paranaíba, mineiros e goianos se confrontaram na Revolução de 1930. Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul apoiavam Getúlio Vargas na tentativa bem-sucedida de depor o presidente Washington Luís. O Triângulo Mineiro ficava entre dois estados inimigos, São Paulo e Goiás. As tropas voluntárias mineiras, em menor número, enfrentavam com espingardas winchester os soldados goianos, famosos pela excelente pontaria, e armados com fuzis.
Para desequilibrar a luta os mineiros construíram um canhão, em Uberlandia, chamado "Emílio". “O papai pegou um tubo de oxigênio, ele era agente da White Martins, serrou e colocou o tubo de aço dentro do outro e encheu de chumbo para fazer um lastro, porque senão, quando a bala saísse, o canhão poderia ser jogado para trás”, disse o filho do inventor. Como não havia chumbo ou estanho suficiente para ser inserido na culatra do canhão, o capitão José Percival, que comandava militarmente as tropas revolucionárias no Triângulo Mineiro, requisitou os metais das tipografias uberlandenses.
Antes de seguir de caminhão até a frente de batalha na ponte Afonso Pena, divisa de Minas Gerais com Goiás, na localidade ainda denominada de Alvorada, atualmente Araporã, o canhão “Emílio” foi testado em Uberlândia, na região onde hoje fica o bairro Roosevelt.
Os testes serviam para verificar a pontaria e a capacidade de lançar as balas. O rio tinha cerca de 400 metros de largura e a distância entre os acampamentos goiano e mineiro era de aproximadamente 600 metros.
Dois tiros do canhão “Emílio” ajudaram a alterar a desigualdade numérica e de arsenal, desfavorável aos mineiros, no fronte de batalha no rio Paranaíba. O primeiro tiro para acertar a mira atingiu a igreja de Itumbiara. Itumbiara chamava Santa Rita do Paranaíba e a igreja era de Santa Rita dos Impossíveis ou dos Milagres. O tiro derrubou uma das duas torres da igreja. E o segundo tiro acertou o cabo de aço da ponte pênsil. A ponte arriou e o pessoal de Goiás levantou bandeira branca.
Quem passar pela ponte Afonso Pena, ainda hoje, verá as marcas de bala de fuzil nas chapas de aço britanico. A ponte foi relocada para 5 km do local de origem, sem nenhum prejuízo ao Patrimônio Histórico.
Portanto, que fiquem avisados os que atentarem contra a democracia no Brasil, daqui não passarão, avisa a História do Brasil!
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Caro Waldeir, parabéns pelo blog!
ResponderExcluirJá virou mania acessar seu blog todos os dias. Concordo com tudo o que escreve ai, até o melhor time de futebol que é o cruzeiro você soube escolher. Já votei no Serra, no Alkimin e vou votar novamente no Serra. Sem nenhuma dúvia, vai ser o melhor para o Brasil. O que me deixa indignado são as tais pesquisas que publicam por ai, e não acredito em nehuma delas.
Vamos em frente!
BLZ e muito obrigado!
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