terça-feira, 14 de setembro de 2010

A GUERRA DA CASA CIVIL II

As ações de Guerra:

A Casa Civil pediu carta de apresentação ao Itamaraty para que o marido da hoje ministra Erenice Guerra viajasse ao exterior representando uma empresa privada em 2007, ano em que ela ocupava a secretaria executiva e a candidata Dilma Rousseff (PT) era a titular da pasta.
Raymundo Magno, então assessor especial da Casa Civil, solicitou "nota diplomática" de pedido de visto para os EUA e para a China para José Roberto Camargo Campos, marido de Erenice que viajaria à China e, na volta, passaria por Chicago.

A forte atuação da chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, nos últimos meses, para mudar o comando dos Correios - o que ocorreu no final de julho - virou motivo de grande desconforto e preocupação no Palácio do Planalto.

Já há o reconhecimento de que Erenice operou, não só para efetuar mudanças na estatal, como, na prática, passou a controlar os Correios.

A decisão de mudar a diretoria do órgão foi tomada na última semana de julho pelo presidente Lula, com o objetivo de estancar uma crise de gerenciamento na empresa.

Na ocasião, Lula seguiu a recomendação de Erenice.

Acusada de escalar uma laranja para o seu lugar numa empresa que atuaria em segurança e arapongagem, a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi sócia direta de outras duas empresas enquanto ocupava cargos no governo Lula, a partir de 2003.

Paralelamente às funções de consultora jurídica do Ministério das Minas e Energia e de secretária-executiva da Casa Civil, ela foi dona da Razão Social Confecções e da Carvalho Guerra e Representações, firmas com sede em Brasília.

A participação de altos funcionários públicos em empresas privadas, bem como alterações significativas de patrimônio, devem obrigatoriamente ser comunicadas à Comissão de Ética Pública da Presidência, o que é uma incógnita no caso de Erenice.

Erenice é Dilma assim como Dilma é Lula, e por isso chega a ser patética a explicação dada pela candidata oficial no debate da Rede TV/Folha.

"Eu tenho, até hoje, a maior e a melhor impressão da ministra Erenice. O que se tem publicado nos jornais é uma acusação contra o filho da ministra. (...) Agora, eu quero deixar claro aqui: eu não concordo, não vou aceitar, que se julgue a minha pessoa baseado com o que aconteceu com o filho de uma ex-assessora minha".

"Às vezes você pensa que a pessoa é inimiga, e a pessoa é amiga, às vezes você pensa que a pessoa é amiga e... para ver isso não tem nada melhor do que um divórcio litigioso", já diz um desconfiado Lula.

O caso de Erenice Guerra e o escândalo da invasão criminosa de arquivos da Receita Federal, com objetivos político-eleitorais, traçam em cores fortes um cenário de degradação de uma máquina pública cada vez mais custosa para o contribuinte. E por trás de tudo está o descuido com que os tais cargos de confiança são preenchidos no governo Lula.

Serve também para concluir que o presidente da República desde o primeiro ano de governo, deixa tudo nas mãos da Casa Civil, seja quem for que estiver de plantão lá!

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