Nesse vídeo Fernando Gabeira fala, honestamente sobre sua atuação na guerrilha. Deixa claro, que tanto ele quanto os outros que pegaram em armas contra a ditadura militar, não podem dizer que lutavam pela democracia. Gabeira diz que muitas pessoas estavam fazendo resistencia pela democracia no Brasil, mas eles do movimento armado não. A orientação era pegar em armas para lutar pela ditadura do proletariado!
Ao contrário de Gabeira, Dilma sempre afirmou que lutava pela democracia e se julga uma heroína. Porém, no caso de Dilma, os documentos que podem esclarecer com detalhes sua atividade guerrilheira, estão indisponíveis, trancados num cofre do Supremo Tribunal Militar.
É inconstitucional a decisão do presidente do Superior Tribunal Militar, ministro Carlos Alberto
Marques Soares, de colocar em um cofre o processo que levou Dilma Rousseff à cadeia. Segundo o procurador do Estado doRio de Janeiro e professor-adjunto de Direito Administrativo da
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e de pós-graduação da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas, Gustavo Binenbojm, o artigo 5º, inciso XIV, da Constituição, garante o acesso à informação. “Processos, salvo quando estão em segredo de Justiça, são públicos para qualquer
cidadão, portanto, a decisão do Superior Tribunal Militar fere esse direito”, comenta.
É inconcebível, o trancamento desses documentos, diante da iminente eleição de Dilma, pairando suspeitas em ações como: o cofre de Adhemar de Barros e a morte do soldado Mario Kosel, destacadas entre outras.Segundo entrevista à Folha, de Silvio Carriço, ex-agente da ditadura militar acha que Dilma "nasceu para mandar, não para ser mandada" e acredita que "Lula vai se enganar com ela"
Não se pode dizer o mesmo de Sílvio Carriço Ribeiro, 69, ex-agente da chamada "comunidade de informações" na ditadura (1964-1985) e ex-coronel da Brigada Militar: continua morando perto da casa em que Dilma viveu, na Vila Assunção, na zona sul de Porto Alegre, região onde mantinha campana para investigar a "subversiva".
O bairro de Vila Assunção cresceu espremido entre o rio Guaíba e os vizinhos Cristal e Tristeza, na zona sul de Porto Alegre. É de lá que Ribeiro assiste a Dilma na propaganda eleitoral gratuita, sorridente, tranquila, sem óculos, cabelos arrumados e com um discurso suave.
O ex-coronel relembra a Dilma que vigiou: cabelos armados, óculos de lente grossa, com personalidade forte para intervir em discussões entre esquerdistas e fazer valer sua opinião.
"Pessoas desse tipo são duras, amargas. Ela é uma mulher amarga. Não é aquilo que está aparecendo na televisão. É lobo em pele de cordeiro", diz ele.
Em 1972, depois que Dilma saiu da prisão em São Paulo, onde foi torturada por agentes da repressão por pertencer a grupos clandestinos de resistência à ditadura, a hoje candidata do PT mudou-se para Porto Alegre, onde seu segundo marido, Carlos Araújo (dirigente da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, que se definia como "organização marxista-leninista de guerra revolucionária") estava preso.
À época, fazia quatro anos que Ribeiro entrara para a "comunidade de informações", forma como seus integrantes se referem aos órgãos de espionagem do regime militar. Teve como missão manter Dilma sob vigilância.
"A informação que a gente tinha é que ela era contato, esse é o termo. Mantinha contatos com gente de Minas, São Paulo, Rio. Se a polícia estava em cima de fulano, eles decidiam mandá-lo para o Sul. "Baixar" o fulano era a expressão que usavam. A Dilma acolhia essas pessoas."
Lotado no Departamento Central de Informações (DCI), o serviço secreto da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Ribeiro afirma que Dilma começava àquela época a atuar "mais como militante política do que como guerrilheira", sendo este último o período que vai de 1965 a 1970, quando ela foi presa.
Mas todas essas informações só poderão ser confirmadas ou não com os documentos que estão no cofre do STM, sem isso, ficarão no território das lendas.
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