"Tentar atingir com mentiras e calúnias uma mulher da qualidade como Dilma Rousseff é praticar um crime contra o Brasil, especialmente contra a mulher brasileira. Por isso, peço equilíbrio a esses que atingem a Dilma, movidos pelo desespero, pelo preconceito contra as mulheres e também contra o Brasil", disse Lula, no programa de TV da Dilma.
Acusou Serra de estar "desesperado", mas quem assiste de fora, não vê nenhum sinal de desespero em Serra, pelo contrário, em todas as suas aparições, tem sido equilibrado, sereno, embora seja enfático no que diz.
Ao contrário, quem viu Lula falar últimamente, vociferando ao microfone, tem a impressão que ele anda muito nervoso, tem passado esse nervosismo para os que o cercam e se há sinais de desespero, estes vêm mais das suas hostes do que da oposição.
Inverter os fatos como Lula vem fazendo, não contribui para campanha de Dilma e muito menos para a democracia. Não faço parte dos que acreditam que Lula tem poder para levantar as ruas com suas declarações, porque andando pelas ruas não se vê nenhuma militancia popular em torno do nome do presidente. As pessoas estão preocupadas com seu dia a dia. Mas, um presidente da República tem que ter um comportamento institucional adequado, não pode ficar berrando sua vontade pessoal em detrimento da liturgia do cargo, que passa primeiramente pelo respeito constitucional.
Constituição, essa, que foi arranhada no caso da quebra de sigilos, por gente ligada ao governo Lula e a seu partido, o PT. Serra não mentiu e nem caluniou. Serra e sua família são vítimas e não algozes. Serra acusou a campanha de Dilma de fazer a quebra de sigilo para prejudicá-lo e tem todo o direito de fazê-lo.
Mas daí, o presidente da República dizer que Serra cometeu um crime contra o Brasil e a mulher brasileira, é um total absurdo e um desrespeito à inteligencia do povo. Desde quando a vítima é responsabilizada pelo crime cometido contra ela?
Outro absurdo é falar de preconceito contra a mulher, pelo fato da sua candidata ser do sexo feminino. Dilma é vista com desconfiança, principalmente pelo eleitorado feminino, e não é diríamos, um auto-preconceito das mulheres, mas sim, detalhes do complexo universo feminino que escapam aos homens, mas as mulheres não perdoam em outras mulheres.
Esperneando assim, Lula vai arrastar sua candidata para a derrota, que antes parecia tão distante, agora fica a cada destempero do presidente, muito real e próxima.
Afinal, o próprio Lula disse que o eleitor não gosta de gente nervosa.
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