No debate organizado pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) nesta quinta-feira (23), os presidenciáveis baixaram o tom das críticas das últimas semanas e evocaram valores cristãos diante do público católico.
Na morna discussão, o destaque dos blocos iniciais se deu quando a líder nas pesquisas, Dilma Rousseff (PT), foi perguntada por um aluno de faculdade católica se ela levaria políticos ficha suja para seu governo. Dilma fechou a expressão, incomodada, e ao que se preparava para responder, o mediador do debate a interrompeu para repetir a pergunta, sob pretexto de que o microfone do aluno estava baixo.
Depois de refeita a pergunta e diante de uma manifestação da platéia, Dilma mostrou-se nervosa e engasgou com a palavra ficha, que teimava em não sair de sua boca, numa situação constrangedora, que foi notada e de novo a platéia se manifestou.
Foi possível notar na expressão facial de Dilma, seu desconforto com a pergunta e com a manifestação do público.“Não, eu não permitirei. Além disso, eu considero que essa questão é muito séria. Principalmente neste momento, porque sei que as entidades que participam aqui são responsáveis pelo projeto”, respondeu ela.
Em outra pergunta Plínio aproveitou para alfinetar Dilma. Falando sobre corrupção Plínio disse que Dilma se encontrava numa situação difícil porque quando o partido se desvia dos seus princípios, a ética vai junto. Ela negou que estivesse em situação dificil. Podia-se ouvir a respiração de Dima, quase ofegante, parecia não estar bem.
Mesmo nos temas espinhosos, como aborto, os presidenciáveis se limitaram a repetir posições declaradas anteriormente, condenando a prática pessoalmente, mas admitindo a hipótese por “questão de saúde pública”. Marina, que defende um plebiscito sobre o assunto, voltou a discordar de Serra. Dilma repetiu que o “aborto é uma violência final”. O ela quer dizer com isso?
Na entrada do auditório onde foi realizado o debate, um grupo de cristãos católicos e evangélicos estendeu uma faixa com a inscrição "Dilma anticristo, nós cristãos não matamos". Segundo as 15 pessoas que comandaram o protesto, Dilma seria a favor do aborto.
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