Lula gosta de bater no peito e dizer que "nunca na história deste país" se fez tanta coisa. Disse até que seu governo fez milagre, mal se comparando a Jesus Cristo. Se fez muita coisa e até milagre, deixou de fazer o que um governante preocupado com o futuro do país faria até por obrigação: investir em infraestrutura.
O Brasil terá de dobrar o volume de investimentos em infraestrutura se quiser manter um crescimento sustentável de 5% ao ano na próxima década. Estudo preparado pelo banco americano Morgan Stanley mostra que, se ficar no nível atual, em pouco tempo o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) será barrado pelos gargalos em portos, ferrovias, aeroportos e rodovias. Além disso, o país não conseguirá receber de forma eficiente, eventos como Copa do Mundo (2014) e Olimpíada (2016).
Nos últimos anos, o volume de investimentos em infraestrutura caiu de 5,4% do PIB, nos anos 70, para 2,1%, na década atual. A redução provocou o sucateamento de vários setores, que começaram a ser pressionados pela demanda mais forte da economia. Um exemplo são as enormes filas nos portos no período de pico da safra de soja. Sem dragagem nos canais marítimos e expansão do acesso terrestre, os terminais portuários ficaram sem capacidade para atender a demanda.
“Essa carência de investimentos tem provocado distorções graves para a produção nacional”, destaca o diretor do banco, Marcelo Carvalho, responsável pelo estudo de 64 páginas, todas dedicadas à infraestrutura. Segundo ele, a soja produzida em Mato Grosso é altamente competitiva até sair da fazenda. Mas boa parte dessa competitividade se perde no caminho, por causa dos problemas logísticos.
Portanto Lula, menos viu? Menos...
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