terça-feira, 25 de maio de 2010

SAMBA DO BRÁS


Se a Dilma vai dançar o rebolation como tem prometido, eu não sei, mas com certeza, hoje, ela sambou feio na sabatina promovida pela CNI aos candidatos a presidencia da República.
E quem deu o tom do tamborim, foi um José Serra afiadíssimo, conciso e seguro nas suas afirmações.

Segundo ele, há "loteamento político" no governo federal. "A Infraero está loteada. Hoje, as agências reguladoras estão divididas entre partidos. Tudo está loteado."

O tucano afirmou que o governo federal não solucionou problemas de infraestrutura do país, apesar do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). "Estão sendo resolvidos? Não duvido que haja boa intenção, mas está complicado", disse.

"Falta planejamento, qualidade de gestão e falta capacidade para fazer sequenciamento dos investimentos segundo a ordem de prioridade", reiterou.

Serra rebateu Dilma no que diz respeito à alta dos juros no país. "Não entendi a explicação da Dilma quando ela defende a política cambial e de juros. Entra governo, sai governo, continuamos com os maiores juros do mundo", disse. O tucano afirmou que o Brasil é "campeão" por ter a maior taxa de juros do mundo.

O tucano disse ainda que "sem desenvolvimento industrial poderoso, o Brasil nunca vai ser um país desenvolvido".

Segundo ele, a indústria perde espaço por distorções na política macroeconômica brasileira. "Indústria já está com R$ 7 bilhões de deficit. E não me venham dizer que é porque a economia está crescendo muito."

Serra afirmou não ter entendido o que Dilma disse a respeito de tributação. Na Constituição, se consagrava a insenção de ICMS nas importações de manufaturados e qualquer coisa. "A ex-ministra falou contra isso, mas estava no projeto que ela apoiava."

"Se a ex-ministra está preocupada com esse assunto [indústria] quando fala de estaleiros, deveria se preocupar com as indústrias já existentes. Tem desnacionalização. A indústria vai ficando cada vez mais montadora, se liquidando por causa do câmbio."

"Temos 30% a mais de alunos no ensino técnico em São Paulo do que no governo federal", disse. Ao longo de sua explanação, o tucano abusou de comparações entre as duas gestões.

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