quinta-feira, 6 de maio de 2010

SERRA REJEITA HUGO CHÁVEZ E AHMADINEJAD


O presidenciável do PSDB, José Serra, ironizou nesta quarta-feira a declaração de apoio do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Em entrevista ao Grupo RBS, em Porto Alegre, o tucano criticou a interferência de Chávez nos meios de comunicação daquele país e disse que a entrada da Venezuela no Mercosul enfraqueceria o grupo. "Chávez começou na vida pública encabeçando um golpe", disse Serra. "Só depois foi eleito."

Lembrado pelos entrevistadores que o venezuelano declarou torcer por Dilma nestas eleições, Serra respondeu: "Quero te dizer uma coisa, até acho muito bom, no meu caso." O tucano disse ver necessidade de mudanças no Mercosul. "Não reformar o Mercosul compromete sua existência. Você admitir parceiro por razão política é inacreditável."

Serra também opinou sobre a relação entre Brasil e Irã e deu o seguinte conselho ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Sugiro a Lula que dê uma declaração à imprensa internacional pedindo ao (presidente iraniano, Mahmoud) Ahmadinejad que modere na repressão àqueles que se opõem a ele."

O tucano afirmou que, se fosse presidente, não receberia Ahmadinejad no Brasil. "Manteria as relações comerciais. Agora outra coisa é ter uma relação de carinho, afeto", disse. "Ele nega o massacre de judeus na Europa, manda quem se manifesta contra ele para a forca." Segundo Serra é preciso respeitar a "autodeterminação dos povos", mas "sempre que puder, ajudar nos direitos humanos".

O presidenciável disse ainda ser contra a proliferação de armas nucleares. "Devemos sempre ser contra a bomba", afirmou. "Você não pode raciocinar que, se eu, a Rússia e os EUA têm todos tem de ter. Se você ajudar a proliferar, você dificulta o controle."

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