sábado, 8 de maio de 2010

PMDB-RS APÓIA SERRA



No Rio Grande do Sul, berço político da presidenciável Dilma Rousseff, a petista vem sendo isolada pela possibilidade do voto "Zé-Zé" --como é chamada a dobradinha do tucano José Serra para a Presidência com o peemedebista José Fogaça para o governo do Estado.

No plano nacional, PT e PMDB negociam uma aliança que pode fazer de Michel Temer o vice de Dilma. No Rio Grande do Sul, o PMDB é muito próximo a José Serra.

O voto Zé-Zé está surgindo da combinação do desgaste da governadora Yeda Crusius (PSDB) com a cristalização de Fogaça nas pesquisas eleitorais como o nome mais viável para bater o petista Tarso Genro na sucessão estadual.

Segundo o Datafolha, havia empate técnico entre Tarso (31%) e Fogaça (30%) no final de março. Yeda tinha 9%. A pesquisa, encomendada pelo Grupo RBS, apontava que Serra tinha 45% das intenções de voto dos gaúchos contra 27% de Dilma.

Na terça e na quarta-feira, Serra cumpriu agenda no RS e emitiu vários sinais de que Fogaça pode se tornar o seu parceiro preferencial no Estado. Além de circular pelo interior na companhia de peemedebistas, Serra disse que subiria "com gosto" em dois palanques e afagou Fogaça.

Fogaça evita falar sobre que presidenciável subirá em seu palanque, mas responde positivamente às sinalizações do tucano. "Sou do PMDB do Rio Grande do Sul e vou seguir o PMDB do Rio Grande do Sul, que eu não sei se irá ou não acompanhar a decisão nacional", declarou à Rádio Gaúcha.

Cicerone de Serra no Estado, o deputado Osmar Terra (PMDB) explicou a química do voto Zé-Zé: segundo ele, é difícil reproduzir a aliança nacional no RS porque lá PT e PMDB são rivais históricos. "As disputas entre PT e PMDB sempre são muito acirradas. O pessoal daqui precisaria ser muito zen e ter muita meditação transcendental para ficar ouvindo desaforo e ainda pedir voto para o 13 [número do PT]", disse o deputado.

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