sábado, 5 de junho de 2010

O DOSSIÊ QUEIMA COMO BRASA VIVA


O dossiê queima nas mãos de Dilma, PT e também do governo Lula.

Dilma negou, se disse injustiçada, o presidente do PT negou e até pediu uma interpelação na justiça a José Serra. Pois bem, a bomba explodiu, já se tem nomes, objetivos e até os valores contratados.

E agora, José Eduardo Dutra, presidente do PT, o que vai fazer com essa interpelação? Se ela continuar, poderá oferecer a Serra a oportunidade escancarar mais essa estupidez do PT. Sinuca de bico.

O delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa(foto) revelou detalhes que ajudam a dimensionar com maior exatidão o que se planejou nos subterrâneos do comitê petista - forçando uma intervenção direta do comando da campanha com ordens expressas de parar com tudo.

O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para es-pionar adversários e petistas rivais?

Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury (Ribeiro), o Benedito (de Oliveira, responsável pela parte financeira) e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou. Havia problemas de metodologia e direcionamento do trabalho que eles queriam.

Como assim?

Primeiro, queriam que a gente identificasse a origem de vazamentos que estavam acontecendo dentro do comitê. Havia a suspeita de que um dos coordenadores da campanha estaria sabotando o trabalho da equipe. Depois, queriam investigações sobre o governador José Serra e o deputado Marcelo Itagiba.

Que tipo de investigação?

Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais. O Lanzetta disse que eles precisavam saber tudo o que eles faziam e falavam. Grampos telefônicos...

Pediram ao senhor para grampear os telefones do ex-governador Serra?

Explicitamente, não. Mas, quando me disseram que queriam saber tudo o que se falava, ficou implícita a intenção. Ninguém é capaz de saber tudo o que se fala sobre alguém sem ouvir suas conversas. Respondendo objetivamente, é claro que eles queriam grampear o telefone do ex-governador.

Disseram exatamente que tipo de informação interessava?

Tudo o que pudesse ser usado contra ele na campanha, principalmente coisas da vida pessoal. Esse é o problema do direcionamento que eu te disse. O material não era para informação apenas. Era para ser usado na campanha. Na hora, adverti que aquilo ia acabar virando um novo escândalo dos aloprados.

Quem fez essa proposta?

Fui convidado para um encontro com Fernando Pimentel. Chegando lá no restaurante, estava o Luiz Lanzetta, que eu não conhecia, mas que se apresentou como representante do prefeito.

Ele pediu para investigar os petistas também?

Disse que estava preocupado, que tinha ocorrido uma reunião entre os seis coordenadores da campanha e que tudo o que havia sido discutido foi parar nos jornais. Havia alguém vazando informações, e ele queria saber quem era. Suspeitava do Rui Falcão.

"O Pagamento - 1,6 Milhão de reais - Seria Feito Por Benedito de Oliveira Neto, um Empresário Que enriqueceu Durante o Governo Lula".

O ex-prefeito Fernando Pimentel informou que não conhece o delegado e que Luiz Lanzetta não fala em seu nome. O jornalista, que continua trabalhando no comitê da campanha, disse que "fez uma bobagem" ao tentar criar um grupo que tinha como objetivo apenas evitar ataques dos adversários.

O líder da minoria na Câmara dos Deputados, deputado federal Gustavo Fruet (PSDB-PR), disse que encaminhará, entre terça e quarta-feira, um pedido de convocação do sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, conhecido como Dadá, e do delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza para depor na Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional.

"Queremos saber quem foram os contatos, quando foi feito, se houve algum pagamento e a origem do dinheiro para pagar isso", listou Fruet. "Esse Idalberto é uma figura conhecida, é um operador chamado quando a área de inteligência do governo precisa de atividade não oficial, com tudo o que essa expressão não oficial representa", afirmou. "Agora ele é chamado pelo comando de uma campanha."

O sargento Idalberto, conhecido como Dadá, já esteve envolvido em outros casos de espionagem e foi ouvido duas vezes em comissões da Câmara.

A primeira em 2005, no Conselho de Ética, no curso do processo de perda de mandato do deputado André Luiz, do Rio de Janeiro, que estava ligado às denúncias envolvendo o então assessor do ex-ministro José Dirceu, Waldomiro Diniz.

Em 2007, ele foi ouvido na CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, apontado como braço direito do delegado Protógenes Gueiroz, responsável pela operação Satiagraha, suspeita de ter sido realizada com uso de métodos ilegais, que levou o banqueiro Daniel Dantas à prisão. É arma pesada do governo.

Lula, naturalmente, dirá que não sabia de nada!

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