sexta-feira, 18 de junho de 2010

TEMER NÃO CONTROLA PMDB

O presidente do PMDB, Michel Temer quer apelar pela neutralidade onde o partido estiver rachado na eleição presidencial, mas será uma tarefa ingrata. O PMDB está muito longe da unidade.

Vice na chapa presidencial da petista Dilma Rousseff, deputado Michel Temer (SP), não terá palanque eletrônico em São Paulo para pedir votos no programa eleitoral gratuito de rádio e televisão. O candidato da oposição à Presidência, José Serra, é quem vai usar os minutos do PMDB paulista na TV e não o presidente do partido, que disputará o Palácio do Planalto em parceria com o PT.

O PMDB está fazendo uma ofensiva para "segurar" o palanque eletrônico nos Estados em que o cenário é de racha partidário entre os presidenciáveis do governo e da oposição. A cúpula partidária instruiu alguns interlocutores a apelar pela neutralidade do palanque eletrônico onde não houver chance de fechar o apoio majoritário a Dilma.

É a única maneira para impedir que o tempo de televisão do partido seja consumido pelo adversário tucano José Serra, ao longo dos 45 dias de propaganda eleitoral gratuita. Mesmo assim, Temer já sabe que seus correligionários também vão pedir voto para o candidato do PSDB a presidente em Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Difícil de conseguir.

Também é o caso do Rio Grande do Sul, onde a briga com o PT é intensa. A grande maioria do PMDB gaúcho se recusa a pedir voto para Dilma e não admite a presidenciável no programa eleitoral do partido. Neste caso, a neutralidade é única alternativa para evitar que o palanque eletrônico repita o palanque real, em que vários peemedebistas já trabalham para eleger Serra.

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