O homem que ia pagar o dossiê da Dilma tem negócios muito pouco transparentes com o governo Lula. Dono da Dialog Serviços de Comunicação e Eventos e da Gráfica Brasil, Bené, é privilegiado em contratos com o governo de Luis Inácio.
A Controladoria-Geral da União detectou 11 indícios de irregularidades num dos principais contratos da empresa Dialog Serviços de Comunicação e Eventos, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, como o governo.
Até semana passada, Bené vinha atuando como espécie de gerente informal da pré-campanha da petista Dilma Rousseff.
Em análise preliminar, os auditores constataram, por exemplo, que a empresa recebeu por serviços não executados. A auditoria da CGU foi iniciada ano passado, quando ainda não eram conhecidos publicamente os laços de Bené com o PT.
A investigação foi instaurada a partir de suspeitas de irregularidades num contrato da Dialog com o Ministério das Cidades, em 2007. Graças a uma brecha na Lei de Licitações, esse contrato permitiu que a empresa estendesse seus negócios, sem licitação, para vários outros ministérios.
Nos últimos quatro anos, os pagamentos do governo à Dialog somam R$ 76,3 milhões. Outra empresa administrada por Bené, a Gráfica e Editora Brasil – registrada formalmente em nome do pai e de um irmão do empresário – recorreu ao mesmo procedimento da Dialog para obter contratos na Esplanada dos Ministérios.
Os contratos da Dialog e da Gráfica Brasil com o governo somam R$ 214 milhões de 2006 até este ano.
O que são R$ 1,6 milhão por um dossiê contra adversários?
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