Apontado como bode expiatório no episódio do suposto dossiê contra o pré-candidato José Serra, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) não era o único que sabia das denúncias.
Toda a cúpula petista que integra a coordenação de campanha da pré-candidata Dilma Rousseff tinha conhecimento, desde o fim de 2009, da existência de um farto material investigativo contra o tucano e sua filha, Verônica Serra.
Nesta segunda-feira, dois jornalistas envolvidos no caso negaram a versão do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo das Graças Sousa, de que o comitê petista desejou contratar serviços de espionagem.
Segundo relatos feitos ao GLOBO por dirigentes do PT, o partido esperava que aliados do ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) usassem o material durante o processo de disputa interna no PSDB para a escolha do presidenciável tucano.
Como isso não ocorreu, contou um integrante da campanha petista, houve a decisão coletiva de se ter acesso a esse material, que estava sendo investigado pelo jornalista Amaury Ribeiro Junior. Na ocasião, Amaury acabara de sair do jornal "O Estado de Minas".
Na coordenação de campanha de Dilma, o dossiê passou a ser usado internamente como "arma secreta", para ser usada, se necessário.
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