sábado, 30 de maio de 2009

CASA DA MÃE JOANA


'Alguém do governo solapar a própria posição do governo é a casa da mãe joana', ataca Minc.

'Disse a Lula que estou debaixo de pancada', diz Minc.

Apesar de dizer que não colocou "a faca no pescoço" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na conversa de anteontem sobre as sucessivas derrotas de sua pasta, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que não vai liberar a obra da BR-319 (Manaus-Porto Velho) sem o cumprimento de normas para evitar o desmatamento ao redor da estrada. "Licenciar sem os 10 pontos que eu próprio defini é pegar a cabeça, botar lá e esperar alguém cortar."
Outra questão que preocupa o ministro é a pressão de "um grupo de empresários ligados a políticos" que comprou terras na Bacia do Alto Paraguai para o plantio de cana-de-açúcar. "Se um pedacinho estiver contaminando o Pantanal, vão dizer que todo o etanol brasileiro é antiecológico e colocar uma barreira comercial com esse pretexto", disse Minc. "Expliquei a Lula e ele disse que ia decidir brevemente, mas que não podia colocar em risco o etanol brasileiro." Esses dois pontos são considerados essenciais pelo ministro, que, em entrevista ao Estado, disse que estava se sentindo enfraquecido até o encontro a sós com o presidente.
Ele disse que na conversa com o presidente criticou colegas de ministério, que segundo Minc, estariam com suas "machadinhas" esquartejando a área ambiental. Ele reclamou que combina uma coisa com os ministros e depois os colegas fazem negociações paralelas no Congresso. "Foi uma conversa a sós, tête-a-tête, olho no olho. E falei para o presidente que a área ambiental está sendo muito agredida no Parlamento e na sociedade."

Nenhum comentário:

Postar um comentário